Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Sexta-feira, 17 de Maio de 2013
Benefícios da Vitamina C
Quando se trata de um resfriado comum, a vitamina C não funciona como uma cura. Entretanto, alguns estudos mostram que tomá-la para gripes e resfriados pode reduzir o risco de desenvolver pneumonia e infecções pulmonares. De acordo com Daniela, a vitamina C está relacionada com a redução da gravidade dos sintomas e dos dias de duração da doença.

"O poder da vitamina C foi ressaltado pelo pesquisador Linus Pauling, duas vezes ganhador do Prêmio Nobel, em 1954 e 1962", conta a nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella. Ele pregava que altas doses da vitamina agia contra gripes e resfriados. Desde então, o assunto é controverso, mas Roberta lembra que a vitamina C é um nutriente que, em conjunto com diversos outros, faz parte do sistema imunológico, sendo essencial para o nosso sistema de defesa.

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Uma pesquisa alemã mostrou que a vitamina C é benéfica para os indivíduos cujo sistema imunológico foi enfraquecido devido ao estresse - complicação muito comum em nossa sociedade. 

Os pesquisadores submeteram 120 pessoas a momentos estressantes: falar em público e resolver problemas de matemática. Metade delas receberam 1.000 mg de vitamina C. Como resultado, os principais sinais de estresse, como os níveis elevados de do hormônio cortisol e da pressão arterial, foram significativamente maiores naqueles que não receberam o suplemento vitamínico. 

Já os participantes que receberam a vitamina C relataram que se sentiram menos estressados. Isso acontece porque a vitamina cessa a secreção de cortisol, que é o hormônio liberado pela glândula adrenal - em resposta ao estresse - e responsável por transmitir essa "notícia" do estresse para todas as partes do corpo. 

Além disso, a nutróloga Daniela Hueb explica que a vitamina melhora o humor, uma vez que estimula a produção de triptofano, precursor da serotonina, hormônio responsável pelo bem-estar e pela disposição. 
A Vitamina C também traz benéficos às células no interior e no exterior do corpo. Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition examinou as relações entre a ingestão de nutrientes e o envelhecimento da pele em 4.025 mulheres, com idade entre 40 e 74 anos. Foi constatado que a ingestão de vitamina C mais elevada estava associada a uma menor probabilidade de ter uma aparência enrugada e a pele ressecada. 

Segundo a especialista Daniela Hueb, o ácido ascórbico - substância contida na vitamina C - é um excelente antioxidante, que combate os radicais livres e previne o envelhecimento das células, além de ter um efeito clareador sobre a pele. 

A vitamina C pode vir em formas manipuladas como hidratantes para o rosto, com filtro solar que ajuda a prevenir eventuais manchas na pele. Ela também pode ser ingerida em forma de cápsula, gelatinas ou shakes. "É importante, antes de escolher como incluir a vitamina C em sua rotina, não esquecer que ela está presente em alimentos ricos nessa fonte e que devem ser consumidos diariamente e, claro, sempre com acompanhamento médico", adverte a nutróloga. 
Um estudo publicado pela revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences analisou os efeitos da Vitamina C em tumores cancerosos, e concluiu que ela pode desempenhar um papel fundamental na redução do crescimento desses tumores. 

A pesquisa mostrou que, quando ingerida em altas doses, a vitamina pode apresentar um efeito de pró-oxidação, diferente do seu efeito mais conhecido que é a atividade antioxidante. Essa constatação levantou a hipótese de que o efeito pró-oxidante pode gerar radicais livres e peróxido de hidrogênio, o que provocaria a eliminação das células do tumor. 
Esse nutriente é capaz de aumentar a absorção de ferro, obtido pelos alimentos de origem vegetal - como verduras e feijões -, prevenindo a anemia. De acordo com a nutricionista Roberta Stella, devido à sua característica antioxidante, a vitamina C consegue modificar a estrutura química do mineral para uma forma mais fácil de ser absorvida pelo organismo. 

Roberta afirma que a recomendação diária de vitamina C é de 90 mg para os homens e 75 mg para as mulheres. Ela é facilmente obtida quando a alimentação é adequada. Confira a quantidade do nutriente em alguns alimentos: 

Uma fatia grande de abacaxi = 115,9 mg 
Uma acerola = 164,3 mg 
Uma unidade grande de chuchu = 74,4 mg 
Uma unidade média de mamão papaya = 142,6 mg 
Uma laranja grande = 135,8 mg  
Um estudo americano, feito pelo National Institutes of Health, descobriu que certas vitaminas e sais minerais, quando consumidos em conjunto diariamente, podem ajudar a evitar a perda de visão relacionada à idade. Este coquetel é composto por vitamina C (500 mg), vitamina E (400 UI), betacaroteno (15 mg), zinco (80 mg) e cobre (2 mg). 
Pessoas com maiores concentrações de vitamina C no sangue podem ter um risco menor de acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition. Os participantes que tinham esse nutriente em grandes quantidades tiveram um risco 42% menor do que aqueles com baixas concentrações no organismo. 

Segundo os autores, as razões para isso não estão completamente esclarecidas, mas eles afirmam que pessoas que comem muitas frutas e verduras têm níveis sanguíneos elevados de vitamina C, o que pode aumentar a prevenção contra 

Fonte: MinhaVida.com.br


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Quarta-feira, 15 de Maio de 2013
“Vermelho e Negro”
João Moura (cavaleiro)
A cabeça do "Ferrolho" na parede.
João Moura: Este cavalo foi o cavalo mais célebre que eu tive, e o que mais me ajudou na minha carreia, foi o "Ferrolho".

Mesa feita com as patas do "Ferrolho"
[Narração] Mas tem outras recordações do "Ferrolho", a cauda, a pele, e até das patas fez esta original mesa. Noutra sala tem mais trofeus.

Decoração de outra sala na casa de João Moura.
JM: São touros que toureei em Madrid, onde... cortei-lhe as orelhas que são os máximos trofeus e  que sai pela porta grande.

Jornalista: E matou-os?

JM: Sim, foram mortos em Madrid.

Jornalista:
 E porque é que guarda as cabeças?

JM:
 São... são touros importantes porque sair pela porta grande de Madrid é o sonho de qualquer toureiro.

[Narração] (..) para continuar com a tradição familiar conta agora com o filho de 14 anos.

João Moura Júnior:
  É uma grande responsabilidade...ser filho de uma... uma grande figura... do toureio mundial...é muito custoso... desde pequeno... que... gostei sempre de touros e cavalos, e o meu sonho é... ser toureiro. Estudar até... ao nono ano e... depois começar a tourear...

Jornalista:
 Mais do que o nono ano, não?

JMJ:
 Não...

[Narração] Sónia Matias não tinha na família ninguém ligado às touradas, apesar disso um dia foi ao campo pequeno e gostou tanto que decidiu ser toureira. Tinha 12 anos.

Jornalista:
 O que é que os seus pais disseram?

Sónia Matias (Toureira): 
Que eu não ‘tava bem da cabeça. É mesmo esta a expressão que eles me utilizaram(...)

[Narração]
 Mas apesar do ar feminino, Sónia garante que é tão capaz de tourear como qualquer homem, e conta que até já matou touros das três vezes que actuou a Espanha.

Manuel Gonçalves (Empresário Tauromáquico)
Manuel Gonçalves: Os toureiros é uma classe média/alta, em questão económica.

MG:
 Um toureiro pode ganhar até 10.000 contos por corrida. (...) São... são bem pagos.

[Narração] É o mais antigo empresário tauromáquico português (...) mas diz que os tempos já são como dantes.

MG:
 Neste momento é mais fácil perder 5.000 contos do que ganhar 500 contos. O público é o elemento essencial de qualquer espectáculo. (..) numa praça de touros de 10.000 lugares, estarem lá 1.000... não há ambiente, e o espectáculo morre um bocadinho por isso.

[Narração]
 Numa tourada os touros são os únicos que tudo perdem e nada ganham.

Hélder Queiroz (Forcados do Aposento da Moita)
[Narração] Diz que encara o touro na arena pelo espírito de aventura(...)
Nos grupos de forcados as mulheres também não são bem-vindas.


Hélder Queiroz: (...)Acho que o lugar das mulheres é ‘tarem ao nosso lado... noutro, noutro... separados, acompanharem-nos, ‘tarem connosco no jantar, nos apoiar-nos em casa, darem-nos força, e desejarem-nos sorte, acho que isso é o lugar principal da mulher para os forcados.(...)”

Os touros

[Narração] Sem eles não haveria forcados, nem toureiros, nem tourada, são os actores principais num espectáculo que para eles é sempre uma corrida para a morte.
[Narração] João Moura e o filho praticam quase diariamente com bezerras, esta tem cerca de um ano.
Antes de entrar na arena cortaram-lhe tanto os cornos que o animal não parou de sangrar, e o facto de ser apenas uma bezerra não a impediu de ser cravada com várias bandarilhas durante o treino.
As pessoas ligadas à tauromaquia ficam incomodadas quando se fala em crueldade contra os animais.


MG: “Minha senhora, minha senhora, minha senhora, o touro existe, só e exclusivamente para as touradas, é um animal que existe só para isto!”

Jornalista:
 Não acha que é um espectáculo cruel?

José Pedro Pires da Costa: 
Não, de maneira nenhuma.

Jornalista:
 Não acha que é cruel para com o touro?

JPPC:
 Claro que não!

Jornalista:
 Porquê?

JPPC: 
Porquê? Porque... porque... sei lá, é complicado agora estar a responder...

Jornalista:
 Gostas de animais?

JMJ:
 Gosto... cavalos, de toiros.

Jornalista:
 Achas que gostas de toiros?

JMJ:
 Gosto, gosto de toiros.

Jornalista:
 Mas estás disposto a andar a... a espetá-los. E eventualmente a matá-los.

JMJ: 
Pois, a matá-los também.

Jornalista:
 Achas que isso é maneira de gostar?

JMJ:
 Ah, não sei. Mas é a profissão, tem de ser assim.

Jornalista:
 Nunca teve pena de um toiro?

SM:
 Não [risos] Não, acho que não. [mp3]

Luís Rouxinol:
 O touro é... nasce com... com a finalidade em ser toureado.

João Moura:
 É um touro bravo que é criado só para ser toureado.

Hélder Queiroz:
 Os touros não sofrem naquela altura, podem sofrer mais tarde...

Jornalista:
 Por que é que diz isso?

HQ:
 Porque... essa... a raça desse touro foi lidada para isso, este touro foi criado para isso, não... não... ele foi, a genética dele não faz com que ele sofra dentro da praça...

JPPC:
 As pessoas que não gostam de corridas de touros deviam de se informar, informaracerca do que é uma corrida de touros.

SM:
 Nós somos livres de gostar do que gostamos, só vai à arena quem gosta.

MG:
 Deus criou o Homem e criou os animais, para que os animais servissem o homem, não é para que o homem sirva os animais.

JPPC:
 Não há ninguém que goste mais dos animais do que eu.

A Tourada

[Narração] Dentro dos curros os animais estão agitados, pior estariam se soubessem o que lhes vai acontecer.
Os touros são conduzidos para este pequeno compartimento e imobilizados com um barrote e com cordas, só depois os curraleiros lhes cortam as pontas dos cornos. No final põem-lhes protecções de cabedal.
 [mp3]

[Narração] (...)numa coisa todos os toureios são iguais nenhum sai para uma corrida sem pedir protecção divina

SM: 
Sempre que venho para as corridas trago estes santinhos que me acompanham, sempre que chego ao hotel a primeira coisa que eu faço é colocá-los, neste caso foi nesta mesinha (...) para depois antes de ir para a corrida fazer as minhas rezas... e quando voltar agradecer.

Jornalista: 
Traz sempre os mesmos?

SM:
 Sim, trago sempre os mesmos. Por vezes tenho... tenho excepções, vou por exemplo, mostrar aqui a nossa senhora dos toureiros que é a Macarena, que é uma das santinhas que eu nunca me esqueço em casa, embora os outros também não esqueça, mas esta é tipo indispensável, também uso na casaca.

[Narração] (..) na praça ninguém quer saber dos sentimentos do touro, e muitos nem imaginam que mal saem da arena os animais têm de passar por outro mau bocado. Voltam a ser amarrados para que os curraleiros lhes retirem as bandarilhas. O director de corrida não nos deixou fazer imagens, alegou que seria demasiado impressionantes para o público. Aqui fica o som do protesto dos touros enquanto os homens lhes cortam a carne para retira a farpa. [mp3]
Entretanto nas bancadas o público vibra com as estucadas dos cavaleiros, mas emoção a sério é quando alguma coisa corre mal.
Duas horas depois a corrida chega ao fim. Todos se saíram bem, forcados e cavaleiros já só sonham com o descanso, e com o banho.


LR:
 (...)Depois daqui corrida vou tomar o meu banhinho e jantar descansado com a minha família.

[Narração] Nos curros, os touros não têm direito a jantar nem a água, nem sequer a um desinfectante que lhe alivie as feridas. Vão ter que esperar que abra o matadouro mais próximo para então serem mortos. Se a corrida for a um sábado só são abatidos segunda de manhã. Às vezes, quando algum touro se destaca pela bravura, o ganadeiro decide poupar-lhe a vida e usá-lo como reprodutor. Mas a verdade é que nenhum dos animais desta corrida mereceu a clemência dos homens.


in “Vermelho e Negro”, reportagem exibida na SIC na semana de 9 de Junho de 2003
Jornalista (e narração da reportagem): Cristina Boavida
Imagem: Odacir JúniorEdição: Marco Carrasqueira



“Vermelho e Negro”

Assista ao vídeo e reportagem:
As touradas: Violência e Maltrato dos Animais


publicado por Maluvfx às 09:18
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Cavalos e Pessoas II
Por:  Dr. Vasco Reis (médico veterinário aposentado)

Caras companheiras e caros companheiros,
Durante mais de 10 anos (1973-84), na Suíça e na Alemanha, fui cavaleiro de concurso hípico completo (provas de dressage, saltos de obstáculos e de corta mato) com os meus 2 cavalos PALOMBO e SEETEUFEL. Eu cuidava deles pessoalmente.
Esta informação serve para vos mostrar que tenho obrigação de saber de cavalos e de os compreender.
Confesso que exagerei algo do que exigi destes magníficos animais, tendo sido mais um cavaleiro ambicioso, o que lastimo agora sem mais remédio, mas tentando ajudar outros cavalos em risco.
Estou a dar-vos a minha convicção sobre o que suportam os cavalos explorados no toureio, pois creio que é importante tentar identificarmo-nos com estes seres sencientes e conscientes, extremamente explorados para o "espectáculo".
Consta que lhes operam as cordas vocais, para que não possam relinchar audivelmente durante a tourada. Por outro lado a música "pasodobleada" não dá oportunidade de escutar as suas vozes.
Creio que isto não deve ser silenciado.


Resumindo, o percurso do cavalo usado para toureio:
Como animal de fuga que é, procuraria a segurança, pondo-se à distância daquilo de que desconfia ou que considera ser perigoso.
No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio; bridão - com accção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior– barbela), coisas muito castigadoras. É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas hipocritamente de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.

Ele é impelido para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro ou a ser parado por tracção nas rédeas.

Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso. É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem estar.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.


Já agora:

Muito sofrem cavalos sob violência, azelhice, ambição, exibicionismo de cavaleiros. Claro, que para além do bem estar físico, o bem estar emocional dos cavalos sofre imenso. São bastante excepcionais os cavaleiros que não usam de violência para os cavalos, principalmente em competição.
A violência física actua, principalmente, sobre a boca - gengivas e língua (ferros: freio e bridão - com acção de alavanca - e barbela - corrente apertando os ferros contra o maxilar inferior) e, também, no ventre dos cavalos (esporas) .
A acção violenta sobre a boca repercute-se muito sobre a coluna cervical, a coluna lombar, os membros e sobre os andamentos.
O desporto de competição e o trabalho sacrifica muitos cavalos, obviamente também pelo esforço exagerado exigido.
Cavalos de trabalho têm frequentemente uma vida muito difícil, sendo mal tratados, mal alimentados.
Cavalos explorados para toureio são obrigados com violência a suportar grande tensão emocional (capaz de lhes provocar a morte por colapso cardíaco), a suportar grande esforço físico, a arriscar ferimento e a morte.
Por outro lado, felizmente, muitos cavaleiros dos tempos livres, em maior número do sexo feminino, dedicam amizade, carinho e companheirismo sem exigir demasiado aos seus cavalos, concedendo-lhes bom alojamento, boa alimentação, cuidados higiénicos para com o pelo e os cascos, etc (habitualmente gostam de ser escovados).
Garantem-lhes exercício e alegria em encontros e passeios no seio da natureza.

Um abraço
Vasco


Foto:  Começa a ser um CRIME permitir que isto aconteça! Mas ninguém tem coragem para o dizer... e a muitos convém!

 A utilização de martingalas, in blog tauromáquico


publicado por Maluvfx às 07:45
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Cavalos e pessoas I
Por: Dr. Vasco Reis (médico veterinário aposentado)

Muito sofrem cavalos sob violência, azelhice, ambição, exibicionismo de cavaleiros. Claro, que para além do bem estar físico, o bem estar emocional dos cavalos sofre imenso. São bastante excepcionais os cavaleiros que não usam de violência para os cavalos, principalmente em competição.

A violência física actua, principalmente, sobre a boca - gengivas e língua (ferros: freio e bridão - com acção de alavanca - e barbela - corrente apertando os ferros contra o maxilar inferior) e, também, no ventre dos cavalos (esporas).

A acção violenta sobre a boca repercute-se muito sobre a coluna cervical, a coluna lombar, os membros e sobre os andamentos.
O desporto de competição e o trabalho sacrifica muitos cavalos, obviamente também pelo esforço exagerado exigido.
Cavalos de trabalho têm frequentemente uma vida muito difícil, sendo mal tratados, mal alimentados.
Cavalos explorados para toureio são obrigados com violência a suportar grande tensão emocional (capaz de lhes provocar a morte por colapso cardíaco), a suportar grande esforço físico, a arriscar ferimento e a morte.

Por outro lado, felizmente, muitos cavaleiros dos tempos livres, em maior número do sexo feminino, dedicam amizade, carinho e companheirismo sem exigir demasiado aos seus cavalos, concedendo-lhes bom alojamento, boa alimentação, cuidados higiénicos para com o pelo e os cascos, etc (habitualmente gostam de ser escovados).
Garantem-lhes exercício e alegria em encontros e passeios no seio da natureza.



publicado por Maluvfx às 07:38
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POR QUE AS TOURADAS SÃO FUNDAMENTAIS!


«A PROMOÇÃO PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PELO GOVERNO E PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DA CULTURA DA VIOLÊNCIA EM PORTUGAL É DEVERAS IMPORTANTE:

1. - É fundamental que haja touradas no nosso país! Se não fossem as touradas qualquer dia nem haveria violência doméstica
 nem a prática do "bullying" nas escolas, uma desgraça que poderia até chegar ao ponto de conotar os portugueses como amigos dos animais!
2.- Por isso deve haver liberdade de torturar o animal touro (a lei 92/95 até nem considera o touro um animal)!

3.- E embora o touro tenha cérebro, sistema nervoso e órgãos sensoriais como nós, tudo isso é "desligado" antes de o touro entrar na arena, de tal forma que cada ferro espetado no seu dorso se transforma num acto festivo do próprio touro!

4.- A liberdade é fundamental:
      *  deve haver liberdade de torturar violentamente os animais e provocar-lhe lesões graves, para nosso divertimento (por isso é que a lei 92/95 aprova todas as execpções à protecção dos animais!);


      *  deve haver liberdade de explorar de forma selvagem os trabalhadores (zero direito para esses anormais voluntários da servidão humana);

      *  deve haver liberdade para destruir a natureza: no final vamos todos para Marte!
Força aficionados e promotores das touradas, promovam a cultura da violência e recebam como prenda chorudos subsídios dos impostos dos cidadãos europeus através da UE. E bem merecidos pois promover a cultura da violência dá trabalho!

UM BEM HAJA A TODOS OS PODERES PÚBLICOS E ÀS TELEVISÕES POR PROMOVEREM A CULTURA DA VIOLÊNCIA (SOBRE OS OUTROS CLARO!) NAS CRIANÇAS COM MAIS DE SEIS ANOS DE IDADE!

Como seria possível os filhos uma vez adultos, exercerem violência sobre os seus "velhotes" se não lhes fosse inculcada deste tenra idade a cultura da violência?

Portanto está explicado por que o espectáculo da tourada, no qual um animal indefeso é torturado de forma violenta e sangrenta até á sua exaustão total e morte, é mesmo fundamental!
A abolição das touradas significaria promover um país e um povo pacífico, amigo dos animais humanos e não humanos e amigo da natureza. Ora isso seria de todo impensável num povo que preza o seu hino que os manda  "contra os canhões marchar marchar"!

Por isso a Comissão Europeia, a UNESCO, as autoridades públicas portuguesas, todos têm razão em apoiar a cultura da violência patente nas touradas: neste mundo violento em que as nações mais poderosas económica e militarmente cilindram e colonizam os países que têm o azar de possuírem recursos naturais valiosos (como o petróleo) , se a cultura da violência não fosse praticada e incentivada, como poderia por exemplo ter acontecido a invasão unilateral dos EUA à bomba ao Iraque?  E como poderia a China ter e manter sequestrado o país da cultura budista (ainda por cima pacifista!) que é o Tibete?

Aliás se pensarmos um bocado, até concluiremos com facilidade que andamos todos a ser toureados pela GALP e Governo, que não param de fazer subir os preços dos combustíveis em Portugal (contribuindo dessa forma para afundar ainda mais a economia portuguesa), o que significa que quer a GALP quer o Governo assimilaram e praticam bem essa cultura da violência, embora seja desagradável constatar que nesse plano o touro somos nós!»

Publicada por Manuel Salgado Alves 


publicado por Maluvfx às 03:48
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Sexta-feira, 10 de Maio de 2013
Ponto de Vista VITAL: “A natureza não é sádica, nem desperdiçada”
"Interessa tentar compreender a vida e a diversidade dos seus seres e as suas características vitais. Importa que os seres vivos não sejam tratados como coisas inertes, quando na realidade não o são.
Um observador razoável pode interpretar as experiências que vai somando no dia a dia ao viver em contacto com os seres vegetais e animais (humanos e não humanos).
Assim vai poder chegar a convicções, género senso comum, ainda antes de a ciência ter confirmado os fenómenos. No entanto, a investigação e a confirmação científicas dão maior certeza e força ao que empírica e filosoficamente se admitiu.
Comecei por me interrogar e cogitar:
Porque fogem as baratas, quando se abre a porta de um armário onde estavam escondidas tranquilamente?
Porque fogem moscas e mosquitos quando tentamos apanhá-los, para que não nos incomodem?
Porque se escondem os caracóis nas casas, porque se fecham os mexilhões nas conchas, quando se sentem ameaçados?
Porque fogem ou reagem os animais, desde os considerados mais simples até aos considerados mais complicados/evoluídos, incluindo os humanos?
Respondendo empiricamente/logicamente: porque experimentam emoções (susto, desconfiança, medo) e quando atingidos, sentem dor, que é a melhor e a imprescindível educadora para adquirirem a sensação e a certeza dos perigos à sua volta.
Sem capacidade de sentir desconfiança, susto, medo e DOR, estariam os animais condenados a serem agredidos sem reacção de defesa/fuga e, portanto, condenados à não sobrevivência.
Deve existir uma parte da reacção que resulta das ordens saídas dos genes (vagamente apelidada de instinto) e outra causada pela experiência de sofrimento/dor que acontece ao longo da vida.
A dor e o medo de sentir dor são os melhores aliados para a defesa da integridade física e da vida de todas as espécies animais.
Sistema receptor, transmissor, interpretador de estímulos e emissor de respostas é o sistema nervoso, desde sistemas considerados rudimentares, até sistemas considerados evoluídos.

É absolutamente errada a invenção de que nas touradas os touros possuem mecanismos que os impedem de sentir dor, ou que lhes diminuem muito a dor!

Plantas não têm sistema nervoso, não têm meios de locomoção, não têm capacidade de fugir da agressão. Líquido que pode escorrer da superfície de cortes (que alguém compara a lágrimas) não passa de seiva (transportadora de substâncias nutritivas numa função comparável à da linfa em animais).
Logicamente, se a natureza não forneceu as plantas com sistemas que lhes permitisse fugir da agressão/perigo, ela não deu às plantas a capacidade de sofrer física e mentalmente. Elas não são dotadas de sistema nervoso, nem de algo funcionalmente comparável. “A natureza não é sádica, nem desperdiçada”.

Desafio e agradeço a quem pense de outra maneira, a apresentar uma explicação alternativa."

Vasco Reis, médico veterinário
8.5.2013


publicado por Maluvfx às 07:35
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O homem é superior aos animais?
por Daniella Borges 

 Resolvi escrever essa reflexão depois de participar de diversas discussões que tive sobre animais e geralmente as mesmas pessoas que dizem: “Porque você vai cuidar de animais se tem tanta criança na rua?” – falarei disso depois – também dizem que o homem é superior aos animais, portanto sua vida é mais importante.
Vale ressaltar que o que você irá ler a seguir é minha opinião formada a partir de experiências e também com base em algumas fontes (todas citadas no texto). Respeito opiniões contrárias a minha, no entanto, espero que esse post te faça refletir. Espero que você possa comentar dando a sua opinião. Esteja livre para concordar ou discordar.
O próprio homem dizendo que ele é mais importante entre as espécies me soa tão egoísta. Afinal de contas é ele mesmo dizendo que ele é superior. O homem não é o criador da vida, portanto ele não tem propriedade para categorizar a mesma, no entanto, o homem o faz sempre colocando-se  no topo da pirâmide. Somente o criador da vida, se este existir, poderia categorizar aquilo que criou, hierarquizando e dando a devida importância a cada um se assim fosse o certo.

O homem e a ciência


Se analisarmos o homem e sua interação com o meio ambiente, fica claro que o homem depende de outras espécies para viver, no entanto, não existe nenhuma espécie que dependa dele para sobreviver. Os animais domésticos dependem do ser humano para sobreviver, no entanto, o homem quem causou essa condição. Se estes animais estivessem soltos em um ambiente natural (não alterado pelo homem), eles certamente conseguiriam viver tranquilamente e assim era antes do homem introduzir essas espécies em seu meio social. E se o homem fosse extinto amanhã? Nenhum animal seria prejudicado, pelo contrário, a natureza poderia triunfar novamente. (Exceto os cães de raças criadas pelo próprio homem, enquanto que os vira-latas teriam mais chances).  Recomendo que assistam o documentário do History Channel, O Mundo sem ninguém que fala mais a respeito do assunto e veja como a natureza conseguiria se recompor novamente. Em contrapartida, se algumas espécies forem extintas, essa extinção poderia alterar toda uma cadeia alimentar, levando outras espécies a extinção.
O homem em relação a natureza, seu ciclo e cadeia alimentar não é importante e pode ser desprezado, enquanto que outras espécies são fundamentais. Se o homem não é  importante dentro do ambiente em que está inserido, o que faz dele superior?

O homem como ser racional

homem pensando O homem é superior aos animais?
Alguns argumentam que o homem é superior pois é o único ser racional, no entanto, quem definiu que racionalidade pode ser um critério para avaliar a superioridade entre as espécies? Se isso fosse válido, todos os outros animais deveriam ser categorizados numa hierarquia em ordem de inteligência racional, afinal de contas, existem seres mais inteligentes que outros. Nós nos alimentamos de porcos, que são seres mais inteligentes que cães e fazemos dos cães nossos animais de estimação. Oras, mas se racionalidade define a superioridade das espécies, porque não estamos com porcos em nossas casas e estamos nos alimentando de cães? Porque de fato, não existe superioridade no grau de inteligência de uma espécie. É sabido que o homem é o único animal considerado racional, no entanto, não podemos esquecer que muitas das nossas atitudes são irracionais, algumas até mesmo instintivas, e sabemos que muitas vezes nossa racionalidade nos faz agir de forma desprezível de forma  que um ser irracional talvez jamais o faria. A racionalidade não nos faz atingir a plenitude da moralidade.
Segundo Regan, filósofo norte-americano, inteligência, autonomia ou racionalidade são critérios que excluem não só os animais como uma porção de seres humanos. Não se trata portanto apenas de defender os animais – como quem se cansa da humanidade – mas de defender os humanos com o mesmo afinco: é no mesmo tecido moral que se costuram os direitos de ambos. Alguns animais possuem uma complexidade psicológica que os torna sujeitos de uma vida; possuem, portanto, valor inerente e têm tanto direito de serem tratados com respeito quanto humanos não paradigmáticos. Uma vez que esses seres humanos não-paradigmáticos fazem parte da comunidade moral, o mesmo status moral há de ser atribuído aos animais com capacidades psicológicas similares, que também passam a estar envolvidos nas relações morais.
A exclusão e inferiorização dos animais por parte do homem é apenas um preconceito especista. Veja, no direito humano, um homem têm direito não pela sua inteligência ou racionalidade, mas sim, pela sua sensibilidade e consciência em si, sendo assim porque os animais devem ser excludentes?
Por exemplo, seres humanos com retardo mental têm status moral, embora sejam deficientes em racionalidade. Na mesma situação se encontram crianças que ainda não desenvolveram plenamente sua autonomia ou idosos senis. “Não-paradigmático” refere-se, pois, àqueles que não têm o que é paradigmático no ser humano – a posse de algum atributo, como racionalidade, por exemplo. Assim, certos animais têm certos direitos porque humanos não-paradigmáticos têm tais direitos.
É preciso focar no valor inerente de cada ser, o sujeito de uma vida: “criaturas conscientes que possuem um bem-estar individual que tem importância para nós independente de nossa utilidade para os outros.” Despreza-se sexo, raça, local de nascimento, habilidades, inteligência, personalidade, saúde ou patologia. O valor inerente é absoluto: independe da utilidade que um indivíduo possa ter para outros. Reforço bem essa parte, pois as pessoas tendem a categorizar se alguém é importante ou não de acordo com o que ela sente ou pensa a respeito de outrém, enquanto que a base moral deve ser o respeito ao valor inerente de cada indivíduo. Ações que desrespeitam o valor inerente de um indivíduo não são apenas ações imorais: são também ações injustas, por violarem direitos morais individuais. E o que garante o valor inerente a todos nós, não são nossas diferenças, mas sim, nossas similaridades ou igualdades.
Vale lembrar que a moral que é aplicada a todos é de responsabilidade de alguns, os agentes morais. Por exemplo, um adulto tem a responsabilidade moral sobre uma criança, adultos enfermos e animais, que aqui fazem papel de pacientes morais. Não é preciso dizer o quanto injusto seria o agente moral agredir um idoso ou uma criança, por exemplo.
Excluir os animais não é uma questão de sentimentalismo, mas sim, de injustiça, pois é  impossível justificar que os animais não possuem ou que possuem menos valor inerente que os seres humanos.
Se você quiser saber mais a respeito, leia a Teoria dos direitos animais humanos e não-humanos de Tom Regan. Para quem quiser ler o resumo segue o link: http://www.cfh.ufsc.br/ethic@/ET33ART6.pdf

O homem e a religião


1177635989 religiao O homem é superior aos animais?
Saindo um pouco do campo da ciência e filosofia, muitos recorrem a religião para justificar seus argumentos, por isso usarei aqui alguns trechos bíblicos, apesar de acreditar que estes não seriam argumentos válidos, uma vez que não temos aqui uma verdade absoluta, pois dependemos da crença de alguns para sustentar esses argumentos.
Existem passagens da bíblia que dizem que o homem deve dominar a natureza.  No entanto, ao mesmo tempo que ELE fala do seu domínio, o que é totalmente plausível, afinal de contas se não tivéssemos domínio sobre ela não teríamos evoluído até o ponto que estamos, ELE diz para preservamos e nos sujeitarmos a natureza. Segue trechos bíblicos:

Vale Lembrar que segundo o dicionário superioridade é a qualidade ou estado de uma pessoa ou coisa que está acima das outras; vantagem, preeminência, preponderância, primazia, supremacia: a superioridade do mérito. Logo, uma pessoa superior não poderia sujeitar-se.
ELE segue:  “Quando sitiares uma cidade por muito tempo, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, metendo nele o machado, porque dele comerás; pelo que não o cortarás, pois será a árvore do campo algum homem, para que fosse sitiada por ti?”.  Aqui fica claro, que o homem deve zelar e preservar a natureza.
Por fim, conclui: “E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma”; “E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus”.
Quem é superior a alguém tem supremacia para agir de acordo com sua vontade, porém ELE deixa claro que o homem não deve causar danos a natureza, respeitando assim sua integridade. Existem outras citações, no entanto,  apenas com essas acho que já fica claro que em nenhum momento ELE diz que o homem é mais importante ou superior a natureza, mas sim, que deve dominá-la, preservá-la e sujeitar-se também. Quando ele cita a dominação, não quer dizer a dominação como ser  superior, mas sim,  em deter o conhecimento a cerca da natureza, como foi com o domínio do fogo, por exemplo.
Para quem quiser ler mais a respeito deixo aqui o link: http://umapalavra.wordpress.com/2007/10/15/a-palavra-de-deus-e-a-natureza/
Infelizmente, vejo que no espiritismo a situação se agrava. Veja nesse trecho: “Kardec (A Gênese, 1868) explica que entre os seres inferiores da criação não existe ainda o senso moral como no ser humano (porém é conhecido que, de maneira mais rudimentar, o senso de moral exista sim em alguns animais), de certa maneira, o instinto ainda impera. Desta forma, a luta entre estes seres ocorre para suprimento de uma satisfação material, que na maior parte das vezes é a da alimentação.” Se você leu acima, já entendeu que a moral também se aplica a pacientes morais, ou seja, a moral não precisa ser percebida por um animal para que ele faça parte dela. Mais uma vez, se fosse assim deveríamos excluir aqui os seres humanos não-paradigmáticos.
Além disso o espiritismo prega a hierarquização pelo grau evolutivo dos espíritos, colocando assim os animais em uma escala inferior. No entanto, como nada disso pode ser provado, nos limitemos aos princípios da moralidade.
Mais:
http://animaiseoespiritismo.blogspot.com/2011/07/visao-espirita-e-relacao-homem-e-outro.html
http://pt.scribd.com/doc/20883990/Relacao-Homem-Animal
Cada religião tem sua visão particular sobre isso, porém vale ressaltar que a visão humanista está intrínseca à religiões cristãs. Houve um momento em que reforçar a superioridade do homem se fez necessária, tanto do homem em relação as espécies, quanto do homem em relação ao próprio homem. As antigas religiões pagãs pregavam a igualdade entre o homem e a natureza, uma vez que fazem parte da mesma energia.
Mais: http://www.submarino.com.br/produto/1/81897/livro:+historia+ilustrada+das+religioes

O homem e o sistema capitalista

 Homem Grana O homem é superior aos animais?
O capitalismo só pode sobreviver em um ambiente onde poucos controlam muitos. Onde o lucro se faz da exploração dos mais fracos, portanto é perfeitamente aceitável que em nosso sistema seja comum a prática da hierarquização.  Vale citar a opressão que existe em relação aos negros, mulheres, homossexuais, pobres, animais, ao longo de toda a história. É de lembrar a apaixonada discussão, no século XVI, sobre a natureza dos índios americanos – decretado que não possuíam alma, decidiram-se por tratá-los como animais de carga. Já o Führer do III Reich, Hitler anunciava que mataria os judeus e outros indesejáveis “como piolhos” que eram. Seu regime seria o precursor do extermínio em larga escala de “vidas que não merecem viver” – doentes mentais no topo da lista que incluía uma série de doenças (supostamente) hereditárias.
A forte tendência que o homem têm de hierarquizar é o fator primordial que causa guerras, afinal de contas as diferenças são usadas como justificativas para que homens julguem uns aos outros. ”Derrubada a barreira na espécie é preciso abandonar a barreira da espécie: por uma questão de coerência”.
Recomendo a leitura do livro A Cabana, que entre os assuntos abordados fala sobre os problemas causados pela hierarquia. Obviamente é um livro de ficção, no entanto, pode nos fazer refletir sobre o assunto.
A partir do momento que o homem passar a enxergar todos como seus verdadeiros iguais, mesmo que haja diferenças entre gostos, opiniões, atitudes, religiões, políticas, etc., talvez passássemos a perceber que os animais também são nossos iguais.
Meu post teve o objetivo de abordar diversas óticas sobre o mesmo assunto. Meu objetivo não é o aprofundamento em cada uma delas, por esse motivo deixei mais fontes para consulta, mas apenas debater alguns pontos principais sobre essa questão.


Finalizo este post com algumas citações:

(…) O uso do termo igual é restrito à hipótese de que os animais têm direitos a um reconhecimento igual dos seus interesses, sejam eles quais forem. Mas isto não quer dizer que todos os animais tenham os mesmos interesses, nem que haja um absolutismo moral que não permita em qualquer circunstânciauma alternativa à norma, bem como, que entre os animais não humanos e os animais humanos não encontremos alguma diferença significativa. O que não podemos é simplesmente arbitrar que a qualidade do ser racional, por exemplo, é suficiente para colocar o humano no topo de uma cadeia alimentar altamente canibalesca (GURGEL, 2003, p.75).


“ Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação,  seja animal ou vegetal, ninguém precisará de o ensinar  a amar o seu semelhante.” – Albert Schwweitzer  pensador Prêmio Nobel da Paz – 1952

“ Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime contra a humanidade.“ Leonardo Da Vinci 1452 – 1519 –  Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, anatomista, físico, inventor  considerado por vários o maior gênio da história.

“ Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram  nem tomam em consideração as condições dos animais.” - Abraham Lincoln Presidente dos Estados Unidos da América

“ A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados  pelo modo como os seus animais são tratados.“ Mahatma Gandhi - 1869 – 1948 – um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano  influente defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.

“ A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade  de carácter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel  com os animais não pode ser um bom homem.“ Arthur Schopenhauer - 1788 – 1860 - filósofo alemão.

“ Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem.  Agora é necessário civilizar o homem em relação à natureza e aos animais.“ Victor Hugo –  escritor e poeta francês.

“ Por que é que o sofrimento dos animais me comove tanto?  Porque fazem parte da mesma comunidade a que pertenço,  da mesma forma que os meus próprios semelhantes.“ Émile Zola  - escritor.

Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais  nas suas faculdades mentais… os animais, como os homens,  demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.“ Charles Darwin – cientista e naturalista britânico pai da teoria da evolução.


” Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento,  troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua  e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem o nosso respeito e a nossa protecção, pois em determinado ponto eles são nós  e nós somos eles.”  Philip Ochoa –  Presidente da University of Success&REG.

 “ Ao estudar as características e a índole dos animais,  encontrei um resultado humilhante para mim.” Mark Twain – escritor e romancista norte-americano.

“ Entre a brutalidade para com o Animal e a crueldade  para com o Homem, há só uma diferença: a vítima.” Alphonse de Lamartine – escritor, poeta e político francês.

” A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior.  Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo.” Olympia Salete –  escritora e poetisa brasileira.

“ Esse direito – o de matar um veado ou uma vaca - parece-nos natural porque nós estamos no alto da hierarquia.  Mas bastaria que um terceiro entrasse no jogo, por exemplo, um visitante de outro planeta  a quem Deus tivesse dito “Tu reinarás sobre as criaturas de todas as outras estrelas”,  para que toda a evidência do Gênese fosse posta em dúvida.  O homem atrelado à carroça de um marciano – eventualmente grelhado no espeto  por um visitante da Via-Láctea – talvez se lembrasse da costeleta de vitela que tinha o hábito de cortar em seu prato.  Pediria (tarde demais), desculpas à vaca.” – Milan Kundera escritor.

” O erro da ética até ao momento tem sido a crença  de que só se deve aplicá-la em relação aos homens.” Dr. Albert Schweitzer – teológo, músico, filósofo e médico alsaciano.

”  Entre 135 criminosos, incluindo ladrões e estupradores,  118 admitiram que quando eram crianças queimaram,  enforcaram ou esfaquearam animais domésticos.”  Ogonyok – revista soviética anti-crueldade.
 ”  Em meu pensamento, a vida de um cordeiro não é menos importante que a vida de um ser humano.”   Mahatma Gandhi - Estadista e filósofo.

Se quiser ler mais citações: http://www.refugiodabicharada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=156:grandes-citacoes-sobre-animais&catid=1:noticias-recentes&Itemid=103






publicado por Maluvfx às 03:02
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Sexta-feira, 3 de Maio de 2013
"A transmissão das touradas pela televisão viola a integridade moral e física das nossas crianças!"
"A transmissão das touradas pela televisão viola a integridade moral e física das nossas crianças!

Carta aberta ao Sr. Provedor de Justiça
Artigo 25º da Constituição da República Portuguesa:
«1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.»
Artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem:
«Ninguém será submetido a tortura nem a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes»


"As touradas são espetáculos, cuja única substância é a violência e a tortura contra um animal que está encurralado na arena, e sobre o dorso ensanguentado do qual, são espetados pelo toureiro, ferros atrás de ferros, até à sua exaustão psico-física e até à sua morte!

As transmissões televisivas das touradas, propiciam assim imagens as quais, por si só, são susceptíveis de influírem de modo negativo na formação da personalidade das crianças ou de adolescentes, e, constituem por isso um incentivo à violência, incentivo esse que atinge nomeadamente as crianças e os jovens.

No contexto actual da nossa sociedade, em que nas nossas escolas, se verificam crescentemente acções criminosas de "Bullying", nas quais um grupo agride selvaticamente um colega desprotegido, e, em que, nas nossas universidades se sucedem "praxes académicas" violentas, das quais já têm resultado mortes de alguns jovens universitários, a transmissão televisiva das touradas é mais um factor de estímulo e de insensibilidade à prática dessas acções de violência.

Ao assistirem à transmissão televisiva das touradas, as crianças, são ofendidas na sua integridade moral e física, já que, por um lado lhes é dito pelos adultos, que "os animais são nossos amigos", e, por outro lado, assistem incrédulos e atormentados ao espetáculo propiciado também por adultos, os quais maltratam cruelmente (ao mesmo tempo que são aplaudidos) os seus amigos animais:
- o cavalo, o qual sofre um enorme stress ao ser obrigado a aproximar-se do touro, acontecendo por vezes que falecem com ataques cardíacos, (como aconteceu recentemente na Ilha Terceira dos Açores);
- o touro que é cruel e sanguinariamente torturado até à sua exaustão e morte!

Devemos proteger as crianças, e os jovens desse incentivo à violência e à crueldade, para mera diversão de meia dúzia de seres humanos aficionados ao espetáculo da tortura e ao derramamento cruel de sangue do animal touro.

Por isso exigimos de forma imediata, e no respeito pela integridade moral e física das crianças e dos adolescentes, que seja interditada por V. Exªs., a transmissão televisiva dos espectáculos cruéis e sangrentos, que o são em substancia e de facto, as touradas."

Manuel Alves


publicado por Maluvfx às 03:42
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Touradas
História de crueldade em que todos os argumentos para tentar justificar a continuação deste espectáculo bárbaro, baseado numa falsa tradição, nunca serão convincentes.

Desde a pré-história até aos dias de hoje, homem e touro partilham um espaço onde deveriam coabitar de uma forma saudável e respeitosa. O touro foi símbolo mitológico na Grécia antiga, e actor principal, em espectáculos repletos de tortura e sofrimento, os quais perduram ainda nos dias de hoje nuns quantos países do mundo, onde a dita evolução social e mental mais parece pertencer aqueles tempos retrógrados. 


A Península Ibérica durante a idade média, foi palco de batalhas que careciam de milhares de homens. Exigia-se portanto, treino intensivo a homens e cavalos, cujas funções careciam de destreza, técnica e coragem. Essa filosofia foi aproveitada naquela época pelos toureiros, baseando-se na luta entre o homem e o touro, e sempre com o objectivo principal, o de matar o touro sem que o toureiro ficasse ferido nessa cruel lide. O touro encarnava na perfeição um suposto inimigo, que de forma enérgica e espontânea, dava luta a toureiros e peões que auxiliavam a lide do cavaleiro. Entretanto, o que começou como um mero exercício defensivo e preparativo para batalhas corpo a corpo, foi-se encarnando no que se entende por "sortes" (cada um dos actos que o toureiro executa na lide de um touro com o intuito de o matar). Imposta esta arte de matar na ordem, cada uma das sortes foi transformada, de simples e rudimentar até à progressiva perfeição das formas com que esta crueldade era levada a cabo. A lide deixou de se basear na preparação do touro para a morte e foi dando passos para que a crueldade fosse feita com outra classe, á medida que se ia aplicando mais estética em cada um dos seus actos, até convertê-los em criações pré-concebidas, sem nunca renunciar á sua mais primitiva e última razão: o domínio e a morte do touro a pé ou a cavalo.

Defender as touradas como tradição cultural e matar um animal aos poucos como prova de valentia ou diversão requer uma boa dose de cinismo. No entanto, acreditar que a sociedade actual precisa desse tipo de entretenimento é sinal de atraso, digno de quem ainda vive na idade média.


por Cândido Coelho


publicado por Maluvfx às 03:39
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Sábado, 13 de Abril de 2013
Por isso é muito difícil recuperá-los para a ética.
Os animais juvenis são especialmente influenciados, " impregnados" pelas experiências que vivem nos primeiros tempos da sua vida.
Por exemplo e assim na confiança que podem desenvolver por outros seres, pessoas, etc. e hábitos que adquirem.

 Muitos dos aficionados são-no porque deste pequeninos têm que nadar na onda viciada da cruel tauromaquia dos seus sítios.
Por isso é muito difícil recuperá-los para a ética. Há que tentar recuperá-los com argumentos de bom senso e ciência, ou pô-los à margem para que se interroguem do porquê.

A melhor das estratégias seria a educação ou palestras sobre respeito pelos animais já nas escolas, influindo nos alunos com repercussão nos pais, professores, comunicação social e provocando reacções tipo tiros nos pés dos aficionados.
Por agora, ao que se assiste é à venda da "banha de cobra" cruel da tauromaquia em escolas autorizada por municípios, directores de escolas, "Ministério da Educação", principalmente nos municípios que se baptizam de "aficionados".

A indústria tauromáquica tem muitos apoios e bastante capacidade de corromper influentes. Com as garraiadas esperam e conseguem alimentar a praga tauromáquica

por Vasco Reis, médico veterinário


publicado por Maluvfx às 06:55
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