Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Terça-feira, 28 de Setembro de 2010
APOSTE NA SOJA
"A soja está em alta.
Depois que a FDA, agência americana que controla o setor de alimentos e remédios, divulgou a notícia de que o consumo diário de 25 gramas de proteína de soja - equivalente a meia xícara do grão - ajuda a prevenir doenças coronarianas, o alimento ganhou a atenção dos consultórios médicos."
"Especialistas dizem que produtos a base de soja, como proteína texturizada que imita carne, o shoyu, o tofu, o missô e as pílulas de lecitina compradas em farmácias, reduzem o risco de câncer de mama e de próstata, aliviam os sintomas do climatério, como ondas de calor e suores noturnos, ajudam a controlar o diabetes, a osteoporose e aterosclerose".

Proteína Texturizada de Soja (PVT)
Obtida do grão de soja, após o processo de extração do seu óleo, a proteína de soja ou "Carne de Soja" como é popularmente conhecida, é constituída em média de 53 % de proteína de alto valor biológico. Absorve o sabor dos temperos facilmente, e por ser um produto pré-cozido, necessita apenas ser hidratada em água morna por 5 minutos, dispensando cozimento prolongado.Utilização: por ser extremamente versátil, pode substituir a carne moída em diversas preparações, como Strogonof, feijoada vegetariana, hamburgers, croquetes, picadinhos, recheios, caçarolas, sopas, refogados, etc.

TABELA NUTRICIONAL - Proteína Texturizada de Soja
 Calorias
 280
 Niacina
 3,0mg
 Proteínas
 53g
 Zinco
 5,5mg
 Lipídios
 1,0g
 Potássio
 2.200mg
 Glicídios
 31g
 Cálcio
 340mg
 Vitamina B1
 0,6mg
 Fósforo
 700mg
 Vitamina B2
 0,33mg
 Ferro
 8,0mg
 Vitamina B6
 0,50mg
 Manganês
 2,6mg
 Ácido Fólico
 0,35mg
 Fibras
 3,0mg
 Ácido Pantotênico
 0,33mg
 Colesterol
 0mg
 Biotina
 0,07mg
-
-
Tabela nutricional aproximadamente por 100 g do produto
Fonte: Mãe Terra

Alimento Recomendado
Muitos países do mundo estudam a soja como um produto capaz de prevenir uma série de doenças, além de reabilitar doentes. Congressos médicos mundiais já incluem a soja em suas pautas de discussões e sinalizam a soja como sinônimo de saúde.
Pesquisas do mundo inteiro já confirmaram: as dietas ricas em fibras e com baixos teores de gordura saturada, aliadas a exercícios físicos a e um estilo de vida saudável, podem auxiliar no controle da obesidade e proteger contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes.
Inúmeras pesquisas realizadas pela área médica no Japão, China, Estados Unidos e Europa comprovam cientificamente os benefícios da soja na prevenção de doenças crônicas como:

Coração
A ingestão de 25 gramas por dia de proteína de soja reduz o LDL, o mau colesterol, em torno de 33%.

Menopausa
A soja atenua os desconfortos do climatério, como suores noturnos e ondas de calor.

Colesterol
Os altos níveis de colesterol sangüíneo e do LDL-colesterol estão associados a doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e a arterioesclerose. Pesquisas da American Heart Association -AHA (Associação Americana do Coração) têm demonstrado que a ingestão de proteínas de soja reduz as taxas de LDL-colesterol. Pacientes acompanhados durante quatro semanas, por médicos da AHA, que tiveram a adição de proteínas de soja nas suas dietas - sem outra alteração - apresentaram uma redução nos níveis de LDL-colesterol em torno de 33%. Assim, a introdução de pequena quantidade de proteína de soja na dieta diária, cerca de 20g que equivalem a 50 g de grãos, é suficiente para deixar seu sangue e seu coração em forma.

Prevenção do câncer
Os grãos de soja contêm um composto singular denominado genisteína, também chamado de fitoestrógeno ou hormônio vegetal, que possui uma ação estrogênica moderada, que atua na prevenção de câncer relacionado com o estrogênio. Pesquisas realizadas no Japão, Estados Unidos e Europa têm mostrado que a ingestão diária de alimentos à base de soja, como tofu (queijo de soja), miso, natto e tempe (especialidades da cozinha oriental) reduz os riscos de câncer de mama e próstata em 50%.
A soja e seus derivados também possuem uma ação preventiva quanto aos cânceres de cólon, reto, estômago e pulmão. Para que os tumores aumentem seu tamanho, é necessário o desenvolvimento de novos vasos sangüíneos. O bloqueio desse processo é visto como uma maneira potencialmente importante para controlar o câncer. A genisteína também inibe a formação desses vasos e, conseqüentemente, o desenvolvimento dos tumores cancerígenos.

Osteoporose
Com o envelhecimento, as pessoas perdem cálcio, o que resulta, muitas vezes, em osteoporose. Na menopausa, esse processo se agrava com a deficiência hormonal ovariana. Devido sua ação estrogênica, a genisteína da soja pode manter a estrutura óssea. Exames de densiometria óssea comprovam que o consumo de soja retarda a osteoporose decorrente da idade, como também reduz significativamente a perda óssea total.

Diabetes e outras doenças
As fibras de soja exercem importante papel na regulação dos níveis de glicose no sangue, pois retardam sua absorção. Essa redução na velocidade de absorção da glicose auxilia no controle de diabetes. Há evidências de que o consumo da soja tem efeito positivo no controle de outras doenças como hipertensão, litíase (cálculos biliares) e doenças renais.

Aterosclerose
O hormônio vegetal isoflavona torna as artérias mais flexíveis e reduz o índice da doença.

Cinco Mil Anos de História
A soja é uma leguminosa domesticada pelos chineses há cerca de cinco mil anos. Sua espécie mais antiga, a soja selvagem, crescia principalmente nas terras baixas e úmidas, junto aos juncos nas proximidades dos lagos e rios da China Central. Há três mil anos a soja se espalhou pela Ásia, onde começou a ser utilizada como alimento. Foi no início do século XX que passou a ser cultivada comercialmente nos Estados Unidos. A partir de então, houve um rápido crescimento na produção, com o desenvolvimento das primeiras cultivares comerciais.
No Brasil, o grão chegou com os primeiros imigrantes japoneses em 1908, mas foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914. Porém, a expansão da soja no Brasil aconteceu nos anos 70, com o interesse crescente da indústria de óleo e a demanda do mercado internacional.

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publicado por Maluvfx às 03:11
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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010
Foto-reportagem do II Congresso Vegetariano Brasileiro

Stand da Vanguarda Abolicionista no Congresso Vegetariano foi o ponto de encontro do ativismo nacional



Fotos: RSantini






congresso vegetariano
Muitos nomes conhecidos passaram pela banquinha da VAL
De 
16 19 de setembro, a Vanguarda Abolicionista esteve participando do 3º Congresso Vegetariano Brasileiro, ocorrido em Porto Alegre. O stand do grupo acabou sendo o ponto de encontro e bate-papo dos maiores nomes do ativismo e pensadores da causa animal no Brasil, atraídos pela qualidade do material exposto e pela recepção fraternal.







Congresso Vegetariano
Público interessado e selecionado foi uma constante no stand do grupo
Nomes como George Guimarães – VEDDAS, Bianca Turano e Núzia Brum – SVB/Rio, Bruno Müller e Leon Denis – Sociedade Vegana, Silvana Andrade – ANDA, Alex Avancini – Vegan Staff, Anderson Reichow e Lúcia Badia – DDA/Pelotas, Fábio de Oliveira – UFRJ / UNIRIO, Márcio Linck – Projeto ProAnimal, Cacá e Marcelle Nedel – ComPATA, Gunther Filho – Sea Shepherd, e todo o grupo paraense Vegetarianos em Movimento estiveram circulando pela banca da 
VAL durante os quatro dias do congresso. O público geral do evento também se fez presente de forma maciça junto aos integrantes da Vanguarda Abolicionista, adquirindo camisetas, adesivos, buttons e livros, solicitando amostras do farto material gratuito, trocando contatos, batendo fotos, oferecendo-se para participar das atividades do grupo ou apenas parando para confraternização.







congresso vegetariano
Troca de idéias e descontração fizeram parte da presença da Vanguarda Abolicionista no Congresso
Vanguarda Abolicionista também participou da programação de palestras e oficinas do congresso, sempre filmadas para posterior divulgação. No sábado, 18 de setembro, às 9h, o membro-fundador da VAL, jornalista Marcio de Almeida Bueno, ministrou a palestra ‘Comunicação de guerrilha, Jornalismo pé-na-porta e mantra-boca-suja: táticas e relato de cases’, sobre ações práticas de comunicação viáveis ao interessado em se engajar na causa animal, para uma sala cheia.







congresso vegetariano
Jornalista apresentou ferramentas e táticas de Comunicação para a causa abolicionista animal
A palestra seguinte esteve a cargo de outro membro-fundador do grupo, a bióloga Ellen Augusta Valer de Freitas, que apresentou ‘A defesa dos direitos animais na educação’ para uma sala lotada.






congresso vegetariano brasileiro
Bióloga relatou suas experiências como educadora engajada
No dia 19, às 9h, houve a oficina de ativismo ‘
Vanguarda Abolicionista e o ativismo linha-de-frente’, ministrada por Marcio de Almeida Bueno, que fez uma versão resumida da palestra do dia anterior, já que diversas pessoas não puderam assistir em função dos eventos simultâneos.







vanguarda abolicionista
Oficina da VAL reuniu ainda mais público para conhecer estratégias e casos em prol dos animais
Em seguida, a nutricionista Claudia Lulkin ministrou ‘Magia Vegetal: o vegetarianismo mudando paradigmas pró saúde humana, animal e do planeta’. A ativista e culinarista Pris Machado apresentou a demonstração culinária ‘Panquecas Recheadas & Cookies de Chocolate’ – ela e Claudia Lulkin montaram um concorrido stand em frente ao da 
VAL, que também recepcionou famosos e anônimos que circularam pelo Congresso Vegetariano.







Claudia Lulkin
Nutricionista apresentou seu vasto arsenal de conhecimento e experiências
A socióloga Eliane Carmanim Lima apresentou a palestra ‘Vegetarianismo – uma revolução cultural: evidências e implicações’, os parceiros Carol & Leo, do restaurante Casa Verde, apresentaram a demonstração culinária ‘Delícias veganas’, e Alex Avancini, do Vegan Staff, mostrou o protesto da
Vanguarda Abolicionista na última Expointer como parte de sua palestra.







vegan staff
Vanguarda foi citada em palestra proferida por ativista de São Paulo
Integrantes do grupo ainda foram entrevistados para o programa Sintonia da Terra, dos Ecojornalistas, e para um documentário sobre vegetarianismo produzido por Rachel Siqueira, a popular ‘La Chica’. Houve jantar árabe na noite de domingo, 
19, reunindo o VEM, do Pará, ComPaTA, de Passo Fundo, e a Vanguarda Abolicionista.

Algumas imagens do Congresso Vegetariano Brasileiro


Claudia Lulkin em sua palestra 
MAGIA VEGETAL: o vegetarianismo mudando paradigmas pró saúde humana, animal e do planeta.

 Fazendo a moda no congresso. As ecobags da sociedade vegetariana...

A banca mais visitada da feira, integrantes de vários movimentos, ícones do veganismo/vegetarianismo,como Bruno Müller, por exemplo, fizeram da banquinha da Vanguarda Abolicionista um ponto de encontro e conversa informal.

Alguns produtos para distribuição. Foram distribuídos centenas de materiais impressos e livros gratuitos assim como vendidos camisetas da Vanguarda Abolicionista e livros de pensadores dos direitos dos animais.
Marcio de Almeida Bueno e George Guimarães.
Oficina de culinária vegana com a Priscila Machado. Quitutes imperdíveis com saúde e ética.

por Ellen Augusta Valer de Freitas - Desobediência Vegana & Marcio de Almeida Bueno -Vanguarda Abolicionista


publicado por Maluvfx às 11:23
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O trabalho dos direitos animais dentro da sala de aula
II Congresso Vegetariano Brasileiro/Especial EcoAgência



Professora do EJA fala de sua experiência em trabalhar nossas relações com os animais no EJA.
  
Danielle Sibonis/EcoAgência    
Bióloga do EJA Ellen Augusta Valer

Por Danielle Sibonis, para EcoAgência de Notícias Ambientais
A educação busca formar cidadãos. A defesa dos direitos ambientais na educação, foi o tema da professora de Biologia do EJA (Educação para Jovens e Adultos) de Porto Alegre, Ellen Augusta Valer, durante o III Congresso de Vegetarianismo Brasileiro, que se encerrou neste domingo.

Diversos conteúdos da biologia abrem espaço para a discussão dos animais, como a relação entre o aquecimento global e a pecuária. Além de buscar enquadrar o assunto tratado em sala de aula com a questão, a professora apresenta filmes e reportagens que promovam a discussão, aproveitando para falar sobre direitos humanos e outros temas relacionados.

Para Ellen, “a educação é uma ferramenta, uma possibilidade de falar sobre os animais e a exploração que eles sofrerem”. Para realizar esse trabalho dentro da sala de aula, a bióloga  diz ser importante conhecer a turma para saber quando falar do tema e quando parar devido às resistências, pois muitas pessoas se ofendem.                                                              

Embora a escola tenha dado apoio a Ellen nos seis anos em que desempenhou o  trabalho de conscientização dos alunos, ela conta que alguns professores tentam desqualificar o seu trabalho: “chamam a gente de fanático, mas não é isso, só queremos mostrar o outro lado da realidade” pondera, “percebo que alguns professores não estão preparados para temas novos”.

“Muitos ficam surpresos, pois jamais haviam visto um vegetariano”

Diante das novas informações em relação à forma como lidamos historicamente com os animais e as conseqüências desta relação de abuso, e do exemplo de Ellen, alguns alunos tentaram ser vegetarianos.  Além de promover este trabalho com os alunos, a professora considera muito importante divulgar para toda a comunidade a questão, porque a criança e o jovem trabalham o tema na sala de aula e em casa a realidade é outra.

“O biólogo professor tem a obrigação ética de falar sobre a exploração animal, seja ele vegetariano ou não. Os outros profissionais deveriam fazer o mesmo, falar daquilo que ninguém fala e que faz parte das nossas vidas”, desabafa. Educar para um mundo mais justo em busca da paz, este é o trabalho de Ellen.


publicado por Maluvfx às 10:53
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Jornalismo e direitos animais: como falar do que não se quer ver, mas que está no prato
II Congresso Vegetariano Brasileiro/Especial EcoAgência

Jornalistas Silvana Andrade, da Anda, e Márcio Bueno, da Vanguarda Abolicionista, falaram sobre o papel da mídia na defesa dos animais.
  
RSantini/Vanguarda Abolicionista    
Jornalista Márcio Bueno, da Vanguarda Abolicionista

Por Danielle Sibonis, para EcoAgência de Notícias Ambientais
A relação entre a mídia e os direitos dos animais também foi tema de debate no III Congresso Brasileiro Vegetariano que se encerrou no último domingo (19) em Porto Alegre.  A jornalista Silvana Andrade falou sobre O papel da imprensa na difusão dos direitos animais. Silvana é a idealizadora e diretora editorial da Agência de Notícias de Direitos Animais, a Anda, primeira no gênero no mundo.
Silvana retomou o histórico da cobertura jornalística em relação aos animais, em que há mais de 20 anos a mídia começou a falar da preservação ambiental, sem abordar de animais, porém, há pouco tempo começou a tratar a questão da defesa animal. “A imprensa resiste às novas idéias, mas com o tempo começa a perceber os animais não apenas como benefício”, prova disso, apontou a jornalista, está na quantidade de matérias em que a grande imprensa replicadas do Anda.
A Agência de Notícias de Direitos Animais existe há 18 meses e conta com o trabalho voluntário de 40 colunistas, tem acesso em 75 países, correspondentes na Argentina, Canadá, Estados Unidos, França, Inglaterra e Austrália. Silvana tem o objetivo de futuramente criar o canal ANDA Kids, pelo potencial que as crianças representam para a questão ambiental.
Outro jornalista que abordou a questão foi Márcio Bueno, membro fundador da Vanguarda Abolicionista. “Grande parte da sociedade não entende a exploração, a causa animal, só sabe que discorda e que não quer pensar nela”. Márcio tem a experiência de ir para a rua e tratar do tema, boca a boca e com panfletos e cartazes.
“Animais premiados que custam R$ 10 mil sempre são bem tratados, mas os outros milhões não” – era isto que estava escrito em um dos cartazes que a Vanguarda Abolicionista usou recentemente em uma campanha na Expointer. Márcio comentou a reação das pessoas: “elas não entendem porque estamos lá protestando, acham que todos animais são bem tratados, sem saberem da realidade cruel”. O jornalista lembrou de como é a realidade nestas feiras agropecuárias em que animais são trazidos de longe, de cidades como Uruguaiana, o que causa um stress da viagem que é aumentando pelo confinamento e visitação de centenas de pessoas. Ele citou também o cage madness, a “loucura do confinamento”, em que os animais enlouquecem no cativeiro e passam a comer as fezes e urinas um do outro.
Diante de toda essa realidade que é ocultada da população, Márcio Bueno defende a necessidade de espalhar informações para atingir o maior número de pessoas a fim de sensibilizá-los para a causa. Mais informações sobre o III Congresso Vegetariano Brasileiro na próxima quinta-feira (23/9), partir das 10h, no Programa Sintonia da Terra, uma parceria do NEJ/RS e UFRGS, na Rádio da Universidade (1080 AM), em Porto Alegre, ou pela internet no site www.ufrgs.br/radio.

Leia ainda:
http://www.anda.jor.br/
http://vanguardaabolicionista.wordpress.com/

EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais


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Carta de resposta a petição a favor das touradas a Francisco Moita Flores (defensor das touradas)
É com muita tristeza que acabo de ler a sua petição !

Ninguém vai fazer barricadas à porta dos matadouros nem de guerras, pois vivemos em estados policiais opressores da dignidade e liberdade humanas, gerando cada vez mais medo de represálias.
Nada argumenta a matança de animais, nada é tão cruel e tão maldoso como andar a espetar os pobres seres numa arena à vista de todos !
E a educação? E os valores e os princípios da defesa pelos direitos humanos e pela defesa dos animais? E as crianças? Que pensam elas destas práticas de sangue cometidas por quem deve dar o exemplo?
E porquê defender mortes de animais numa arena, em que o sofrimento dos animais é bem visível, e até tiram gozo disso, em vez de defender a PAZ e a HARMONIA ?
A evolução da espécie deve andar lado a lado com a defesa dos direitos dos animais, ou seja, se estamos a evoluir para sermos cada vez mais pessoas equilibradas e dignas de vivermos em harmonia com a natureza, porque é que ainda defendem uma barbaridade sem nenhum grau de cultura e em que só participam homens armados contra animais indefesos?Qual é o gozo ?!Que futuro tem um país como Portugal, que credibilidade temos para com os países desenvolvidos, fazendo práticas deste género?Gostaria de perceber qual o objectivo de quem defende as touradas, tendo a consciência que se trata de MATAR animais indefesos numa arena !Já chega de práticas de sangue e guerras ilegais, quanto mais andar a divertir o povo com matanças extremamente violentas sem objectivo de qualquer causa.
Pretende-se que a Paz seja cultivada e que o entretenimento tenha objectivos, tanto culturais como educacionais.Os animais não têm culpa das frustrações e dos vícios do Homem, os animais não têm culpa que umas centenas de pessoas tenham gozo em ver MATAR e ver SANGUE para se entreterem, os animais respiram e têm as mesmas emoções que nós. Viver em harmonia com eles é respeitar a natureza e dignificar a nossa espécie, que já por sua própria natureza é arrogante e ambiciosa
.Ninguém tem o direito de MATAR, seja por que razão for, e muito menos animais.Ninguém tem o direito de defender uma prática sanguinária e atroz, seja a que nível for.Não temos qualquer direito de subjugar seja que ser vivo for, pois vivemos todos num mundo que se mostra perfeito nos seus desígnios. Para concluir, quero só dar um exemplo:Imagine-se que uma espécie decidia por os homens numa arena e largar feras para os atacarem. Ora, chegamos à conclusão que não seria nada positivo ! Antes pelo contrário ! Não está escrito em lado nenhum, muito menos é desígnio da natureza, a prática de tal CRIME !É um crime MATAR !Tenho esperança que um dia possa dizer às crianças que os Homens tornaram-se mais justos e decidiram por comum acordo com a sua própria natureza, não MATAR mais animais para se divertirem ..!

por Gonçalo Emanuel Chaveiro , 22 de Setembro de 2010 


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Carta de resposta a petição a favor das touradas a Francisco Moita Flores (defensor das touradas)
É com muita tristeza que acabo de ler a sua petição !

Ninguém vai fazer barricadas à porta dos matadouros nem de guerras, pois vivemos em estados policiais opressores da dignidade e liberdade humanas, gerando cada vez mais medo de represálias.
Nada argumenta a matança de animais, nada é tão cruel e tão maldoso como andar a espetar os pobres seres numa arena à vista de todos !
E a educação? E os valores e os princípios da defesa pelos direitos humanos e pela defesa dos animais? E as crianças? Que pensam elas destas práticas de sangue cometidas por quem deve dar o exemplo?
E porquê defender mortes de animais numa arena, em que o sofrimento dos animais é bem visível, e até tiram gozo disso, em vez de defender a PAZ e a HARMONIA ?
A evolução da espécie deve andar lado a lado com a defesa dos direitos dos animais, ou seja, se estamos a evoluir para sermos cada vez mais pessoas equilibradas e dignas de vivermos em harmonia com a natureza, porque é que ainda defendem uma barbaridade sem nenhum grau de cultura e em que só participam homens armados contra animais indefesos?Qual é o gozo ?!Que futuro tem um país como Portugal, que credibilidade temos para com os países desenvolvidos, fazendo práticas deste género?Gostaria de perceber qual o objectivo de quem defende as touradas, tendo a consciência que se trata de MATAR animais indefesos numa arena !Já chega de práticas de sangue e guerras ilegais, quanto mais andar a divertir o povo com matanças extremamente violentas sem objectivo de qualquer causa.
Pretende-se que a Paz seja cultivada e que o entretenimento tenha objectivos, tanto culturais como educacionais.Os animais não têm culpa das frustrações e dos vícios do Homem, os animais não têm culpa que umas centenas de pessoas tenham gozo em ver MATAR e ver SANGUE para se entreterem, os animais respiram e têm as mesmas emoções que nós. Viver em harmonia com eles é respeitar a natureza e dignificar a nossa espécie, que já por sua própria natureza é arrogante e ambiciosa
.Ninguém tem o direito de MATAR, seja por que razão for, e muito menos animais.Ninguém tem o direito de defender uma prática sanguinária e atroz, seja a que nível for.Não temos qualquer direito de subjugar seja que ser vivo for, pois vivemos todos num mundo que se mostra perfeito nos seus desígnios. Para concluir, quero só dar um exemplo:Imagine-se que uma espécie decidia por os homens numa arena e largar feras para os atacarem. Ora, chegamos à conclusão que não seria nada positivo ! Antes pelo contrário ! Não está escrito em lado nenhum, muito menos é desígnio da natureza, a prática de tal CRIME !É um crime MATAR !Tenho esperança que um dia possa dizer às crianças que os Homens tornaram-se mais justos e decidiram por comum acordo com a sua própria natureza, não MATAR mais animais para se divertirem ..!

por Gonçalo Emanuel Chaveiro , 22 de Setembro de 2010 


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Terça-feira, 21 de Setembro de 2010
Carta Aberta aos Portugueses e ao Dr. Moita Flores sobre a sua petição “Em defesa da festa brava”
Chamo-me Paulo Borges. Sou professor na Universidade de Lisboa e escritor. Dirijo a revista Cultura ENTRE Culturas. Tenho dois filhos. Sou o primeiro signatário da Petição “Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros”, que circula na net e em versão impressa. A petição, lançada pelo Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), serviu de base à constituição da plataforma “Basta de Touradas”, que conta já com a adesão de 24 associações e entidades de defesa dos animais e com vários apoios de figuras públicas, nacionais e internacionais.

O Dr. Moita Flores, figura pública e actual presidente da Câmara de Santarém, lançou uma petição contra a nossa, redigida em termos que considero deveras preocupantes, vindos de uma pessoa com a sua responsabilidade cultural, cívica, social e política. Sei que se sente ameaçado pelo movimento de defesa dos animais, mas isso não justifica tudo.

No texto da sua petição chama hipócritas, histéricos, angustiados, “talibãs” e “horda de analfabetos” a todos os que são contra as touradas. Diz que chegou à idade “onde já não há paciência para ser insultado”, quando ninguém o insultou. Pelos vistos chegou à idade onde só tem paciência para insultar os seus concidadãos. Para insultar os milhões de portugueses que, por serem contra o sofrimento dos animais e contra a degradação dos homens que se divertem com isso, são considerados psicopatas, terroristas e incultos.

Fui amigo do Professor Agostinho da Silva, sou editor das suas obras e presido à Associação com o seu nome. Aprendi com ele e com muitos outros – desde São Francisco de Assis, Leonardo da Vinci e Antero de Quental a Gandhi e ao XIV Dalai Lama - a defender a causa do bem de homens e animais e recordo que Agostinho da Silva dizia haver dois tipos de “analfabetos”: os que não sabem ler e os que sabem, mas não conseguem entender o que lêem. Creio que o Dr. Moita Flores se arrisca a ser suspeito de um terceiro caso, ainda mais grave: não conseguir sequer entender o que escreve. Pergunto-lhe quem dos opositores às touradas comete atentados bombistas ou pretende impor as suas ideias pelo terror e pela violência. Pergunto-lhe porque é que ser contra o sofrimento de touros e cavalos e contra a degradação dos homens que com isso se divertem é ser “analfabeto”. Sou autor de 22 livros (de poesia, ensaio, ficção e teatro) e sou professor na Universidade de Lisboa há 22 anos: os portugueses ficam a saber, pela superior inteligência do Dr. Moita Flores, que a dita Universidade contratou um “talibã” e um “analfabeto” que anda a converter ao terrorismo e à incultura os milhares de alunos que o têm tido como professor. E eu, que tive a felicidade de crescer numa família onde se desligava a televisão mal começava a dar uma tourada, fico a saber que o meu defunto pai, a minha mãe, a minha irmã, o meu cunhado, os meus filhos e amigos, são todos "talibãs" e "analfabetos".

Não gosto de falar de mim, mas tenho de o fazer pela causa que defendo e porque isto é gravíssimo, vindo de um criminologista, de uma figura pública e de um supremo responsável político camarário. O Dr. Moita Flores insulta desavergonhadamente a maioria da população portuguesa que, como o indica um estudo recente (2007) do ISCTE, é contra as touradas. Segundo a brilhante dedução deste senhor, Portugal tem assim, a par da crise económica, mais um problema grave: a maioria da sua população é composta de desequilibrados mentais, “talibãs” e “analfabetos”.

A solução para este estado de coisas seria, segundo fica implícito no espírito da sua petição, irmos todos curar-nos, reabilitar-nos e cultivar-nos, com as nossas famílias, filhos e netos, para essas vanguardas da alta cultura que são as praças de touros, onde se descobre o sentido da vida e da existência, e se aprende a amar os animais e a natureza, aplaudindo num êxtase de alegria o espectáculo da dor e do sangue. Desprezemos as artes, as letras e as ciências, deixemos as escolas, abandonemos as universidades, onde segundo Moita Flores ensinam “talibãs” e “analfabetos”, e vamos todos atingir a maioridade cívica, mental e cultural a gritar “Olé!” nas touradas.

Agora sem ironia: o seu texto, Dr. Moita Flores, de uma retórica literária completamente desprovida de coerência racional e apenas cheia de arrogância e insultos a quem não pensa como o senhor, confrange pela desonestidade e/ou confusão mental de que dá mostras. Pois não sabe o senhor que os defensores dos animais são contra todas as formas do seu sofrimento, incluindo essas que refere, e não apenas contra as touradas? Diz que se converteu ao franciscanismo e que São Francisco de Assis lhe ensinou o “caminho ético e moral” para educar os seus filhos e eu pergunto: já alguma vez leu as biografias de São Francisco, onde por exemplo se diz que “Chamava irmãos a todos os animais […]” (Tomás de Celano, Vida Segunda, CXXIV, 165) e se compadecia perante os sofrimentos que os homens lhes infligiam? E porque é que o “touro bravo” é uma “fera negra, símbolo da morte e do medo”? Não serão antes o toureiro e todos os aficionados que aplaudem o espectáculo da dor que são temíveis e negros símbolos – embora muitas vezes inconscientes - do pior que a humanidade traz em si? Fala do ritual trágico onde “vence a vida ou vence a morte” e eu pergunto se a evolução dos costumes não nos oferece outras formas, mais nobres, de fazer a catarse das paixões e vencer o medo, sem fazer sofrer ninguém? Não há hoje formas superiores de heroísmo, como dedicar-se às grandes causas de defesa dos homens, dos animais e da natureza? Não é isso mais benéfico, útil e urgente do que a religião cruel das touradas, anacrónica persistência dos arcaicos sacrifícios sangrentos? E não é uma grosseira mistificação identificar os opositores das touradas com a cultura urbana, quando há quem deteste touradas em todos os pontos do país, incluindo no Ribatejo e no Alentejo? Para já não falar da sua patusca ideia de que nós defendemos a “ditadura do ‘hamburger' urbano” (!?...) e de que é pelas touradas que se defendem os “Direitos do Homem”, dos animais e da “Terra”… Sinceramente, Dr. Moita Flores, o que há de lógico e sério nisto? Defendem-se os animais criando-os para os torturar? O toiro bravo tem de ser torturado numa arena para continuar a existir e com ele os montados? Fala por fim da identidade nacional, da preservação da memória histórica de Portugal: triste identidade e triste país que depende de manter tradições eticamente inadmissíveis para subsistir! Pois eu digo-lhe: Portugal será muito mais motivo de orgulho para os portugueses, e muito mais respeitado internacionalmente, quando, após ser pioneiro na abolição da pena de morte, abolir as touradas e todas as formas de sofrimento animal. Portugal não desaparecerá, mas será um outro Portugal, que manterá na sua riquíssima tradição e cultura tudo o que for ético, relegando para os museus do passado a não repetir tudo o que hoje nos envergonha, como autos-de-fé, esclavagismo, perseguições político-religiosas e touradas.

Esta carta dirige-se a si, mas sobretudo a todos os Portugueses. Leiam-se as duas petições, o espírito, a argumentação e os objectivos de uma e outra, e vejamos o que queremos de melhor para o país, para nós e para as futuras gerações: aplaudir como cultura a tortura dos animais para divertimento dos homens, com prejuízo da sua humanidade e sensibilidade ética, ou dar um passo corajoso para abolir esta e todas as formas de fazer sofrer os animais, nossos companheiros na aventura da existência, em prol do seu bem e da nossa evolução pessoal e colectiva.

E vejamos quem queremos ter como representantes. É muito grave que num Estado de direito as forças policiais não sejam capazes de ou não queiram fazer cumprir a lei, como no recente caso da morte do touro em Monsaraz. Como é muito grave que uma figura como o Dr. Moita Flores desrespeite e insulte impunemente os seus concidadãos que, por imperativo de consciência, não pensam como ele. Está na hora de dizer “Basta!”: às touradas, a todas as formas de infligir sofrimento a homens e animais e a uma geração de políticos que coloca os seus duvidosos gostos pessoais, bem como os interesses de grupos minoritários, acima da sensibilidade maioritária da população. Está na hora de surgir uma nova geração, com um novo paradigma, que traga a ética para a política e assuma numa mesma bandeira a defesa dos homens, dos animais e da natureza.

Está na Hora! Basta!

Vamos assinar em massa:
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Paulo Borges
Lisboa, 21 de Setembro de 2010


publicado por Maluvfx às 07:32
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Carta Aberta aos Portugueses e ao Dr. Moita Flores sobre a sua petição “Em defesa da festa brava”
Chamo-me Paulo Borges. Sou professor na Universidade de Lisboa e escritor. Dirijo a revista Cultura ENTRE Culturas. Tenho dois filhos. Sou o primeiro signatário da Petição “Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros”, que circula na net e em versão impressa. A petição, lançada pelo Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), serviu de base à constituição da plataforma “Basta de Touradas”, que conta já com a adesão de 24 associações e entidades de defesa dos animais e com vários apoios de figuras públicas, nacionais e internacionais.

O Dr. Moita Flores, figura pública e actual presidente da Câmara de Santarém, lançou uma petição contra a nossa, redigida em termos que considero deveras preocupantes, vindos de uma pessoa com a sua responsabilidade cultural, cívica, social e política. Sei que se sente ameaçado pelo movimento de defesa dos animais, mas isso não justifica tudo.

No texto da sua petição chama hipócritas, histéricos, angustiados, “talibãs” e “horda de analfabetos” a todos os que são contra as touradas. Diz que chegou à idade “onde já não há paciência para ser insultado”, quando ninguém o insultou. Pelos vistos chegou à idade onde só tem paciência para insultar os seus concidadãos. Para insultar os milhões de portugueses que, por serem contra o sofrimento dos animais e contra a degradação dos homens que se divertem com isso, são considerados psicopatas, terroristas e incultos.

Fui amigo do Professor Agostinho da Silva, sou editor das suas obras e presido à Associação com o seu nome. Aprendi com ele e com muitos outros – desde São Francisco de Assis, Leonardo da Vinci e Antero de Quental a Gandhi e ao XIV Dalai Lama - a defender a causa do bem de homens e animais e recordo que Agostinho da Silva dizia haver dois tipos de “analfabetos”: os que não sabem ler e os que sabem, mas não conseguem entender o que lêem. Creio que o Dr. Moita Flores se arrisca a ser suspeito de um terceiro caso, ainda mais grave: não conseguir sequer entender o que escreve. Pergunto-lhe quem dos opositores às touradas comete atentados bombistas ou pretende impor as suas ideias pelo terror e pela violência. Pergunto-lhe porque é que ser contra o sofrimento de touros e cavalos e contra a degradação dos homens que com isso se divertem é ser “analfabeto”. Sou autor de 22 livros (de poesia, ensaio, ficção e teatro) e sou professor na Universidade de Lisboa há 22 anos: os portugueses ficam a saber, pela superior inteligência do Dr. Moita Flores, que a dita Universidade contratou um “talibã” e um “analfabeto” que anda a converter ao terrorismo e à incultura os milhares de alunos que o têm tido como professor. E eu, que tive a felicidade de crescer numa família onde se desligava a televisão mal começava a dar uma tourada, fico a saber que o meu defunto pai, a minha mãe, a minha irmã, o meu cunhado, os meus filhos e amigos, são todos "talibãs" e "analfabetos".

Não gosto de falar de mim, mas tenho de o fazer pela causa que defendo e porque isto é gravíssimo, vindo de um criminologista, de uma figura pública e de um supremo responsável político camarário. O Dr. Moita Flores insulta desavergonhadamente a maioria da população portuguesa que, como o indica um estudo recente (2007) do ISCTE, é contra as touradas. Segundo a brilhante dedução deste senhor, Portugal tem assim, a par da crise económica, mais um problema grave: a maioria da sua população é composta de desequilibrados mentais, “talibãs” e “analfabetos”.

A solução para este estado de coisas seria, segundo fica implícito no espírito da sua petição, irmos todos curar-nos, reabilitar-nos e cultivar-nos, com as nossas famílias, filhos e netos, para essas vanguardas da alta cultura que são as praças de touros, onde se descobre o sentido da vida e da existência, e se aprende a amar os animais e a natureza, aplaudindo num êxtase de alegria o espectáculo da dor e do sangue. Desprezemos as artes, as letras e as ciências, deixemos as escolas, abandonemos as universidades, onde segundo Moita Flores ensinam “talibãs” e “analfabetos”, e vamos todos atingir a maioridade cívica, mental e cultural a gritar “Olé!” nas touradas.

Agora sem ironia: o seu texto, Dr. Moita Flores, de uma retórica literária completamente desprovida de coerência racional e apenas cheia de arrogância e insultos a quem não pensa como o senhor, confrange pela desonestidade e/ou confusão mental de que dá mostras. Pois não sabe o senhor que os defensores dos animais são contra todas as formas do seu sofrimento, incluindo essas que refere, e não apenas contra as touradas? Diz que se converteu ao franciscanismo e que São Francisco de Assis lhe ensinou o “caminho ético e moral” para educar os seus filhos e eu pergunto: já alguma vez leu as biografias de São Francisco, onde por exemplo se diz que “Chamava irmãos a todos os animais […]” (Tomás de Celano, Vida Segunda, CXXIV, 165) e se compadecia perante os sofrimentos que os homens lhes infligiam? E porque é que o “touro bravo” é uma “fera negra, símbolo da morte e do medo”? Não serão antes o toureiro e todos os aficionados que aplaudem o espectáculo da dor que são temíveis e negros símbolos – embora muitas vezes inconscientes - do pior que a humanidade traz em si? Fala do ritual trágico onde “vence a vida ou vence a morte” e eu pergunto se a evolução dos costumes não nos oferece outras formas, mais nobres, de fazer a catarse das paixões e vencer o medo, sem fazer sofrer ninguém? Não há hoje formas superiores de heroísmo, como dedicar-se às grandes causas de defesa dos homens, dos animais e da natureza? Não é isso mais benéfico, útil e urgente do que a religião cruel das touradas, anacrónica persistência dos arcaicos sacrifícios sangrentos? E não é uma grosseira mistificação identificar os opositores das touradas com a cultura urbana, quando há quem deteste touradas em todos os pontos do país, incluindo no Ribatejo e no Alentejo? Para já não falar da sua patusca ideia de que nós defendemos a “ditadura do ‘hamburger' urbano” (!?...) e de que é pelas touradas que se defendem os “Direitos do Homem”, dos animais e da “Terra”… Sinceramente, Dr. Moita Flores, o que há de lógico e sério nisto? Defendem-se os animais criando-os para os torturar? O toiro bravo tem de ser torturado numa arena para continuar a existir e com ele os montados? Fala por fim da identidade nacional, da preservação da memória histórica de Portugal: triste identidade e triste país que depende de manter tradições eticamente inadmissíveis para subsistir! Pois eu digo-lhe: Portugal será muito mais motivo de orgulho para os portugueses, e muito mais respeitado internacionalmente, quando, após ser pioneiro na abolição da pena de morte, abolir as touradas e todas as formas de sofrimento animal. Portugal não desaparecerá, mas será um outro Portugal, que manterá na sua riquíssima tradição e cultura tudo o que for ético, relegando para os museus do passado a não repetir tudo o que hoje nos envergonha, como autos-de-fé, esclavagismo, perseguições político-religiosas e touradas.

Esta carta dirige-se a si, mas sobretudo a todos os Portugueses. Leiam-se as duas petições, o espírito, a argumentação e os objectivos de uma e outra, e vejamos o que queremos de melhor para o país, para nós e para as futuras gerações: aplaudir como cultura a tortura dos animais para divertimento dos homens, com prejuízo da sua humanidade e sensibilidade ética, ou dar um passo corajoso para abolir esta e todas as formas de fazer sofrer os animais, nossos companheiros na aventura da existência, em prol do seu bem e da nossa evolução pessoal e colectiva.

E vejamos quem queremos ter como representantes. É muito grave que num Estado de direito as forças policiais não sejam capazes de ou não queiram fazer cumprir a lei, como no recente caso da morte do touro em Monsaraz. Como é muito grave que uma figura como o Dr. Moita Flores desrespeite e insulte impunemente os seus concidadãos que, por imperativo de consciência, não pensam como ele. Está na hora de dizer “Basta!”: às touradas, a todas as formas de infligir sofrimento a homens e animais e a uma geração de políticos que coloca os seus duvidosos gostos pessoais, bem como os interesses de grupos minoritários, acima da sensibilidade maioritária da população. Está na hora de surgir uma nova geração, com um novo paradigma, que traga a ética para a política e assuma numa mesma bandeira a defesa dos homens, dos animais e da natureza.

Está na Hora! Basta!

Vamos assinar em massa:
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Paulo Borges
Lisboa, 21 de Setembro de 2010


publicado por Maluvfx às 07:32
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Resposta aberta à entrevista de Francisco Moita Flores no Correio da Manhã
Correio da Manhã - A imagem da tourada já teve melhores dias?
Francisco Moita Flores - Continua a ter os melhores dias, apesar da imagem que um bando de senhores quer fazer passar. É o segundo espectáculo mais visto em Portugal, a seguir ao futebol.
Luis Ferreira - Já é a segunda vez que vejo FMF a dirigir-se publicamente de forma insultuosa às pessoas que lutam pelo fim das touradas. No texto em favor da sua petição foi "talibâs" e "horda de analfabetos". Agora é "bando" de senhores. Não me parece que FMF se esteja a dirigir a essas pessoas como um conjunto de aves ou animais. Portanto deve querer dizer grupo de "malfeitores" ou "criminosos". Agradecia portanto a FMF que fizesse uma acusação formal a essas mesmas pessoas. Directamente. E que especifica-se qual o crime cometido. MFM, muitos anos colaborador da PJ terá concerteza os meios e o conhecimento para o fazer. Se não fizer isso as suas afirmações deixam de ter qualquer fundamento.

Em segundo, por favor especifique qual é a "imagem que o bando de senhores" quer fazer passar? A de que o touro sofre durante a tourada? É preciso ser algum especialista para saber que um touro com ferros espetados, cortado e a jorrar sangue está a sofrer? A menos que FMF tenha conhecimento de algum estudo cientifico reconhecido e sério que prove que vomitar sangue é uma demonstração de bem estar, eu mantenho os meus conhecimentos, ainda que modestos, das leis da Natureza - O touro sofre durante a tourada. Ponto final.

Em terceiro lugar agradeço que nos informe as suas fontes de informação sobre os números das assistências a espetáculos. Aparentemente, FMF disse propositadamente que a tourada é o segundo espectaculo mais visto a seguir ao futebol . Só não disse que era o primeiro porque isso seria ainda mais ridiculo. Indique-nos portanto como, quando e onde retirou essa informação ou ela pura e simplesmente não tem valor.

CM - Se a petição chegar às cem mil assinaturas [até Julho de 2011], que efeitos terá o documento?
FMF - Vai permitir mostrar quantos somos. E o efeito já se nota: em menos de 24 horas desde que foi lançada já superou as duas mil.

FMF deve ser novo nestas coisas das petições e pensa que 2.000 assinaturas em 24h é algo de que se pode orgulhar. Mas não percebe que independentemente do numero de assinaturas que obter até 2011 comprou apenas uma guerra com fim á vista. E esta vai ter consequencias pessoais para ele. Pode adia-la, torna-la mais longa, mais dura, mas o fim será inevitavelmente o fim das touradas. Não percebe que o número de apreciadores de touradas não vai aumentar por causa da sua petição. Mas vão aumentar o número de pessoas contra. Não percebe que nem que seja só contra o cidadão FMF, a guerra contra as touradas só vai acabar quando as touradas acabarem. Não deixo de sentir curiosidade sobre o que vai fazer FMF se a petição não chegar ás 100.000 assinaturas.

CM - Tem criticado os promotores antitouradas, dizendo que os mesmos não defendem os direitos dos animais...
FMF - Não o sabem fazer. São contaminados pelo mito do hambúrguer urbano. Há uma rejeição de toda a tradição, de toda a cultura.

Se não sabemos defender os direitos dos animais peço a FMF para nos ensinar, já que a sua formação e experiência é evidentemente melhor que a nossa. Tenha um acto de cidadania e explique a todos nós como se tratam os animais. Mas que fique bem claro, se isso implicar, alimenta-lo, vê-lo crescer, deixa-lo gozar uma suposta liberdade no campo durante alguns anos com o objectivo de depois espetar-lhe farpas, golpea-lo e faze-lo jorrar sangue até á exaustão e morte, então eu dispenso a lição.

CM - Como analisa a decisão de Barcelona de proibir a festa brava?
FMF - Vamos ver se o vai fazer... Há uma politização das touradas neste caso. Com esta petição quis dizer apenas isto: sou pai, tenho três filhos e três netos. Seguimos uma tradição que não aceita a barbárie e a violência que estes senhores nos acusam de promover. O argumento do sofrimento do toiro é uma questão patética.

FMF, não acha exagerado fazer uma petição para dizer que é pai, tem 3 filhos e 3 netos? Olhe, eu tenho 2 filhos e espero vir a ter netos e bisnetos. Que legitimidade isso me dá? Era bom esclarecer definitivamente de que é que FMF acha que está a ser acusado. É que mandar uma bocas para o ar, dizer que "hordas de analfabetos" e "bandos de senhores" dizem e fazem umas coisas contra si e contra as touradas sem sabermos exactamente o quê não chega.

Aparentemente FMF está com receio dos tais analfabetos ou malfeitores que não sabem tratar os animais. Esta com receio dos avós, pais, filhos e netos cuja tradição não vai ter espectáculos de sangue, não vai ter partes cortadas de touros expostas como trofeus. Não vai ter usurpação do direito a um fim de vida digno e sem dor de um animal que apenas se defende de quem o ataca. Não vai ter touradas. E é disso que FMF tem receio. É de perder o seu pequeno prazer. É receio de ser enfrentado por "hordas" e "bandos" de cidadãos, avós, pais, filhos e netos para quem o sofrimento do touro não é uma questão patética. Sabe porquê? Porque a tradição dizia-nos para ouvir uma figura pública como FMF e tomar as suas palavras como verdadeiras. Mas a tradição já não é o que era.

por Luis Ferreira 10 de Setembro de 2010


publicado por Maluvfx às 07:29
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Resposta aberta à entrevista de Francisco Moita Flores no Correio da Manhã
Correio da Manhã - A imagem da tourada já teve melhores dias?
Francisco Moita Flores - Continua a ter os melhores dias, apesar da imagem que um bando de senhores quer fazer passar. É o segundo espectáculo mais visto em Portugal, a seguir ao futebol.
Luis Ferreira - Já é a segunda vez que vejo FMF a dirigir-se publicamente de forma insultuosa às pessoas que lutam pelo fim das touradas. No texto em favor da sua petição foi "talibâs" e "horda de analfabetos". Agora é "bando" de senhores. Não me parece que FMF se esteja a dirigir a essas pessoas como um conjunto de aves ou animais. Portanto deve querer dizer grupo de "malfeitores" ou "criminosos". Agradecia portanto a FMF que fizesse uma acusação formal a essas mesmas pessoas. Directamente. E que especifica-se qual o crime cometido. MFM, muitos anos colaborador da PJ terá concerteza os meios e o conhecimento para o fazer. Se não fizer isso as suas afirmações deixam de ter qualquer fundamento.

Em segundo, por favor especifique qual é a "imagem que o bando de senhores" quer fazer passar? A de que o touro sofre durante a tourada? É preciso ser algum especialista para saber que um touro com ferros espetados, cortado e a jorrar sangue está a sofrer? A menos que FMF tenha conhecimento de algum estudo cientifico reconhecido e sério que prove que vomitar sangue é uma demonstração de bem estar, eu mantenho os meus conhecimentos, ainda que modestos, das leis da Natureza - O touro sofre durante a tourada. Ponto final.

Em terceiro lugar agradeço que nos informe as suas fontes de informação sobre os números das assistências a espetáculos. Aparentemente, FMF disse propositadamente que a tourada é o segundo espectaculo mais visto a seguir ao futebol . Só não disse que era o primeiro porque isso seria ainda mais ridiculo. Indique-nos portanto como, quando e onde retirou essa informação ou ela pura e simplesmente não tem valor.

CM - Se a petição chegar às cem mil assinaturas [até Julho de 2011], que efeitos terá o documento?
FMF - Vai permitir mostrar quantos somos. E o efeito já se nota: em menos de 24 horas desde que foi lançada já superou as duas mil.

FMF deve ser novo nestas coisas das petições e pensa que 2.000 assinaturas em 24h é algo de que se pode orgulhar. Mas não percebe que independentemente do numero de assinaturas que obter até 2011 comprou apenas uma guerra com fim á vista. E esta vai ter consequencias pessoais para ele. Pode adia-la, torna-la mais longa, mais dura, mas o fim será inevitavelmente o fim das touradas. Não percebe que o número de apreciadores de touradas não vai aumentar por causa da sua petição. Mas vão aumentar o número de pessoas contra. Não percebe que nem que seja só contra o cidadão FMF, a guerra contra as touradas só vai acabar quando as touradas acabarem. Não deixo de sentir curiosidade sobre o que vai fazer FMF se a petição não chegar ás 100.000 assinaturas.

CM - Tem criticado os promotores antitouradas, dizendo que os mesmos não defendem os direitos dos animais...
FMF - Não o sabem fazer. São contaminados pelo mito do hambúrguer urbano. Há uma rejeição de toda a tradição, de toda a cultura.

Se não sabemos defender os direitos dos animais peço a FMF para nos ensinar, já que a sua formação e experiência é evidentemente melhor que a nossa. Tenha um acto de cidadania e explique a todos nós como se tratam os animais. Mas que fique bem claro, se isso implicar, alimenta-lo, vê-lo crescer, deixa-lo gozar uma suposta liberdade no campo durante alguns anos com o objectivo de depois espetar-lhe farpas, golpea-lo e faze-lo jorrar sangue até á exaustão e morte, então eu dispenso a lição.

CM - Como analisa a decisão de Barcelona de proibir a festa brava?
FMF - Vamos ver se o vai fazer... Há uma politização das touradas neste caso. Com esta petição quis dizer apenas isto: sou pai, tenho três filhos e três netos. Seguimos uma tradição que não aceita a barbárie e a violência que estes senhores nos acusam de promover. O argumento do sofrimento do toiro é uma questão patética.

FMF, não acha exagerado fazer uma petição para dizer que é pai, tem 3 filhos e 3 netos? Olhe, eu tenho 2 filhos e espero vir a ter netos e bisnetos. Que legitimidade isso me dá? Era bom esclarecer definitivamente de que é que FMF acha que está a ser acusado. É que mandar uma bocas para o ar, dizer que "hordas de analfabetos" e "bandos de senhores" dizem e fazem umas coisas contra si e contra as touradas sem sabermos exactamente o quê não chega.

Aparentemente FMF está com receio dos tais analfabetos ou malfeitores que não sabem tratar os animais. Esta com receio dos avós, pais, filhos e netos cuja tradição não vai ter espectáculos de sangue, não vai ter partes cortadas de touros expostas como trofeus. Não vai ter usurpação do direito a um fim de vida digno e sem dor de um animal que apenas se defende de quem o ataca. Não vai ter touradas. E é disso que FMF tem receio. É de perder o seu pequeno prazer. É receio de ser enfrentado por "hordas" e "bandos" de cidadãos, avós, pais, filhos e netos para quem o sofrimento do touro não é uma questão patética. Sabe porquê? Porque a tradição dizia-nos para ouvir uma figura pública como FMF e tomar as suas palavras como verdadeiras. Mas a tradição já não é o que era.

por Luis Ferreira 10 de Setembro de 2010


publicado por Maluvfx às 07:29
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