Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Terça-feira, 31 de Julho de 2012
"Quem não gosta não vai."

 Estas pessoas reduzem ÉTICA e MORAL a simples "gostos". Como se a VIDA e SOFRIMENTO pudessem ser comparados a um objecto do qual se possa ou não gostar. Quem diz um objecto diz uma música, um livro, um filme, um programa de televisão...
Não se coloca a questão de se gostar ou não de touradas, isso é absolutamente IRRELEVANTE perante o que está em causa, que é o SOFRIMENTO de um SER SENCIENTE. Lá por haver gente que ADORA ver acidentes de viação e que até pára o carro, provocando grandes engarrafamentos, APENAS na esperança de "apreciar" as possíveis vítimas, não vamos encorajar a que haja mais acidentes apenas para satisfazer os "gostos" mórbidos dessas pessoas. VALORES como o direito ao BEM-ESTAR e à VIDA quer de animais humanos e não humanos, têm de prevalecer independentemente dos "gostos" das pessoas.

É um princípio, e foi por esse princípio que se aboliu a escravatura e outras situações análogas. As pessoas das touradas ainda não compreenderam que o mundo evoluiu e que a luta pelos direitos dos animais equivale à luta, no passado, pelos direitos dos escravos, judeus e de outros seres considerados de 2ª e descartáveis, como o são ainda os animais. Nem se dão conta de que com esta atitude arrogante, cruel e ORGULHOSAMENTE IGNORANTE, acima do bem e do mal, da ética e da moral, da ciência, do conhecimento e da cultura, estão a provocar na maioria das pessoas, sentimentos tão negativos, como outrora se nutriram pelos nazis.

Ganadeiros, toureiros, forcados a aficionados: o MUNDO já não vê os animais como objectos interactivos descartáveis. A ciência já provou que estes além de sentirem como nós têm também consciência e que cada vez mais a sua integridade física e psicológica tende a ser respeitada. Como tal, uma vez que as touradas NÃO SERVEM NENHUMA NECESSIDADE BÁSICA nem são INDISPENSÁVEIS à nossa SOBREVIVÊNCIA, não são mais do que CRIMES cometidos contra SERES PUROS E INOCENTES que promovem a violência GRATUITA, provocam traumas psicológicos nas crianças e contribuem para a degradação ética e moral dos cidadãos.

Os nazis também estavam protegidos pela lei e não foi por isso que o mundo deixou de os considerar CRIMINOSOS. Será assim que vocês ficarão na História também à semelhança dos esclavagistas que se opuseram fortemente à abolição da escravatura. Os ganadeiros e afins, são hoje, os Lanistas do passado. Uma vergonha para a humanidade.

por Cláudia Vantacich


publicado por Maluvfx às 11:08
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Touradas, vistas por adolescentes.
"Quando há uma tourada na TV não costumo assistir porque mete-me muita pena ver o touro a morrer.
No entanto também me mete muita raiva, porque por vezes os toureiros matam o touro só por divertimento. Aí o que me apetece é saltar do sofá, entrar pela TV dentro e em vez de matar o touro matar o toureiro.
Se eu fosse Presidente da República de Portugal a primeira coisa que eu fazia era proibir as touradas em Portugal .
Também apoio um protesto que ouve em Pamplona – Espanha, que foi quase todas as pessoas daquela cidade desfilaram todos nus e sobre o seu corpo nu lia-se: deixai morrer o touro em paz.
É tudo o que eu acho sobre as touradas."
Catarina


"Eu acho que as touradas não deviam existir, pois é uma coisa absurda e só faz sofrer o animal.
Nunca pensei em ser toureira e não sei como é que os toureiros têm a coragem de fazer tal barbaridade. Se os toureiros tivessem consciência veriam que são pessoas muito injustas e agressivas para com o touro.
Quando eu era bem pequena pensava que os touros eram maus, então era por isso que existiam as touradas mas agora sei que o touro é um animal muito indefeso nas mãos do homem.
Às vezes passo por um canal da TV onde está a dar touradas e logo me caí uma lágrima, mudo de canal e penso :
Como devem estar a sofrer aqueles animais.
Apesar de não gostar de nada nas touradas, a parte que eu menos gosto é quando os toureiros espetam as espadas e as bandarilhas no lombo do touro.
E é isto tudo que eu acho sobre as touradas"
Telma


Em primeiro lugar, por mim as touradas podiam nem existir.
Na minha opinião as touradas são um desporto muito estúpido porque nenhum toureiro gostaria de ser massacrado como o touro é. Quando vejo as touradas pela TV mudo logo de canal, porque sei que me mete nojo A primeira vez em que vi touradas achei uma diversão porque ainda não tinha consciência, pois era muito nova para entender o mal que o toureiro fazia ao touro, mas agora já ando a estudar e por isso já entendo muito bem o que se passa em cada tourada.
Eu não entendo porque é que muitos dos portugueses gostam de fazer mal ao touro por divertimento, por fama. Também não entendo porque é que inventaram este tipo de divertimento, que passados alguns anos se tornou numa violência para com o touro.
A parte que eu menos gosto numa tourada, apesar de não gostar de nada, são as forcadas, que é quando o Homem atrai o touro para lhe fazer mal e empoleira-se nos chifres e...
Natacha

Protesto contra as touradas - Deixai os touros morrer em paz
Em sinal de protesto contra os maus tratos dados aos animais, os activistas na sua maioria portugueses, norte americanos, espanhóis, entre outros países da Europa – decidiram manifestar-se na véspera de início de San Fermin .
A "acção" organizada pela maior associação de defesa de protecção dos animais do mundo , a norte americana "Peta" visa contestar, pela primeira vez, no local, um espectáculo tauromáquico em Espanha.
O protesto durou cerca de dez minutos e foi tanto aplaudido como assobiado por numerosos pamploneses (Pamplona) que assistiram a esta iniciativa ecologista .
A associação "ANIMAL", foi a única organização portuguesa de defesa dos direitos dos animais que aderiu à iniciativa. Seis organizadores desta associação deslocaram-se de Portugal para participar no protesto, que seguiu o percurso que os animais farão na tradicional largada.
Todos os anos, dezenas de pessoas ficam feridas e algumas morrem durante estas largadas de touros.
Deram também corpo ao protesto manifestantes vindos da Alemanha, Áustria e Canadá. Sobre o seu corpo nu lia-se a frase:
"Deixai os touros morrer em paz"


Movimento anti-touradas de Portugal
Nós entendemos que o Homem não tem o direito de massacrar um animal por uma razão absurda e só por divertimento.
Mesmo que estes direitos não fossem reconhecidos por alguém, o respeito pelos animais deve ser cumprido, porque tal como nós também têm o direito de viver.
Se deixarmos que estas pessoas torturem os touros por tão simples espectáculos dessa tortura retira a humanidade às pessoas e cria uma sociedade agressiva.
A agressividade que provoca os espectadores de touradas, o facto de massacrar o touro não acaba na praça e tem como resultado a desvalorização da vida.

As touradas têm que acabar pois não passam de espectáculo de violência e sofrimento feitas pelo Homem sobre um animal.


Touradas à corda
Há na ilha Terceira duas espécies de touradas: as de praça e as de corda. As primeiras são iguais ás Touradas Portuguesas; as segundas, o touro corre pela estrada preso pelo pescoço a uma corda de 80 m de comprimento, na extremidade, normalmente há 6 Homens que a seguram fazendo-o parar quando for preciso.
O número de touros corridos é de 4 e a duração de tempo para cada um é de 30 minutos. Do segundo para o terceiro touro, há um intervalo de 30 minutos e de touro para touro, há um intervalo de 15 minutos. As touradas começam às 4 da tarde e acabam ao por do sol.
As touradas de fama, onde são corridos os touros escolhidos a capricho das melhores criações da ilha. Dá-se o nome de Arraial ao lugar destinado para a tourada. A área é curta, pois em poucos casos excede 500m lineares e tem de ser assim para não cansar muito o touro.
Um foguete atirado do Touril, anuncia que vai começar a tourada. Depois de amarrado o touro, à corda sai por uma fresta do caixão e os Homens da bolça, começam a estende-la para um dos lados do arraial em todo o seu cumprimento. Pouco depois um foguete anuncia que vai sair o touro. Toda a gente se dispersa atabalhoadamente encontrando-se, empurrando-se caindo uns em cima dos outros. Uns trepam pelos buracos das paredes de pedra solta procurando lugar no cimo delas; outros sobem muros, outros refugiam-se nas vendas, nos cafés ou na maior parte procuram externos do Arraial. Apenas alguns rapazes já grandes se deixam ficar no caminho, à certa distancia do Touril para verem mais de perto a saída do touro e poderem capetá-lo.
Então abre-se a porta do caixão e um grande barulho anuncia a saída do touro, que, numa correria veloz leva à sua frente toda a gente que se encontra no caminho, fazendo igualmente deslocar-se numa fuga desordenada, na extremidade do Arraial se dispunham a ver a tourada ao longe. O touro pára em volta e faz-se o terreiro, onde apenas um ou outro mais rápido se atreve a passar correndo em frente do touro arremendo o toureiro pelintra; mas precisamente quando o touro se dispõe a arremeter, logo outro, abanando um casaco o distrai da primeira arremetida e assim por algumas vezes até que o touro toma a querença. A expectativa é geral.
Os pastores do meio da corda tentam puxar o touro, que já não obedece aos acenos que o provocam.
Então o pastor do meio da corda, cheio de ver "acanalhar o touro," tenta pôr a corda sobre o lombo do touro e esticando-a atira-lhe uma chicotada, e logo o desperta. O touro desperta pela chicotada arremete furioso e lança-se sobre a multidão enquanto que a corda desenrolando-se e esticando-se pela violência da corrida, atira com uns tantos incautos de encontro à parede ou ao chão em quedas espectaculares e extremamente ridículas. Na frente não se contava com a corda, nem com aquele arranque feito pelo touro. Homens atrevidos correm para o touro, pegam-lhe de cerneira e conseguem tirar a pessoa dos cornos do touro, enquanto que as pessoas se agarram ao rabo e á cabeça da corda para não o deixarem arremeter.
Uns saltam para fora, outros inadvertidamente para o cerrado onde o touro, em campo largo, arremete furiosamente contra tudo e todos, até que dali para fora de o puxarem pela corda. Novamente no arraial continuam as peripécias e assim continua o touro a sua odisseia, até chegar a hora de o meterem novamente no Touril. Um "foguetão" anuncia a recolha do cornúpeto, enquanto cá fora, no Arraial o povo falando sobre as peripécias da corrida dizem:
"É um bicho de respeito"!

Qual respeito!


Fonte: site Prof2000.pt (alunos do secundário)


publicado por Maluvfx às 11:04
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Tourada não é CULTURA!
‎20% de desconto em toda a cultura!
- Será que posso comprar um bilhete para a tourada?
Não... Tourada NÃO É CULTURA!!!


publicado por Maluvfx às 08:57
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Portugal, a luta pela abolição das touradas
A propósito do desinteresse manifestado por Plínio pelos
espectáculos circenses, o nosso Castilho considerou "selvajaria
inqualificável" os espectáculos de touradas, verdadeira "nódoa da nossa sociedade", e chegou a elaborar um requerimento dirigido a Sua Alteza Real para que pusesse cobro a tal "nódoa".
Júlio de Castilho

Requerimento a sua magestade el-rei pedindo a abolição das touradas em Portugal, Lisboa, 1876 
(apresentado em nome da Sociedade Protectora dos Animais)


" A Acção Dissolvente das Touradas"
 Vitória Pais Freire de Andrade (Madeira)

"... frontal oposição à realização de touradas..."
"... tema
 a
 que
 regressa
 no
 ano
 seguinte
 considerando
 que
 se
 os

educadores
 se
 empenhassem
 aquela
 diversão
 acabaria,
 não
 sendo
 possível
 defendê‐la
 e
 ensinar
 simultaneamente
 às
 crianças
 o
 amor
 pelos
 animais...."
in "Uma
 mulher
 à 
frente
 do 
seu 
tempo"

Interessante publicação em separata de uma conferência
pronunciada a 29 de Março de 1925 na Associação de Classe de
Empregados de Escritório, que consistia num ataque “ao barbaro e
selvático espectáculo que constituem as diversões tauromáquicas."
É muito curioso identificar a quantidade significativa de instituições que apoiaram a publicação desta separata e que se vêem apresentadas no texto introdutório da obra, bem como o estilo e enquadramento do
argumento que aqui se desenvolve.
in otiumcumdignitate


publicado por Maluvfx às 06:13
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Segunda-feira, 30 de Julho de 2012
Porquê Touradas?
O titulo que eu escolhi foi sobre as criticas que têm surgido sobre as touradas ao longo destes últimos anos, mas porquê a tourada?
Existem muitos argumentos a favor das touradas e algumas delas são:


Tudo o que é tradição merece ser preservado, a tourada é tradição, logo, a tourada merece ser preservada.
Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.
Quem não gosta ou não concorda, não veja.
Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.
Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.
O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.
Os Touros nascem para serem lidados, são animais agressivos por natureza.
Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?
A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.
As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.


Depois destes argumentos válidos porquê quererem acabar com as touradas?
Se é para salvar os touros, então estão enganados pois se acabarem com as touradas, acabam com a raça dos touros, pois os touros são criados muito bem, são bem alimentados, têm uma vida de luxo que até algumas pessoas não o têm, para depois subirem para a arena.
Se acabarem com as touradas os touros já nem criados são.


Por isso a minha pergunta, Porquê as touradas?
Se depois disto tudo se percebe a importância das touradas.


Fonte


publicado por Maluvfx às 19:11
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Domingo, 29 de Julho de 2012
Argumentos: Touradas
Argumentos inválidos quanto às touradas
Alguns argumentos são usados frequentemente, mas são inválidos.


A FAVOR:
As touradas não são apresentadas com o termo "Festa Nacional" sem razão, porque representam a essência de Portugal e Espanha. As acções contra as touradas são certamente resultante de sentimentos anti-nacionalistas.


CONTRA:
É completamente arbitrário identificar Portugal e Espanha com uma tradição específica. Um número crescente de portugueses e espanhóis opõem-se às touradas e portanto não se podem considerar identificados por ela. Pode-se até afirmar o contrário: Quem realmente gosta de Portugal e de Espanha, anseia que a "Vergonha Nacional", como "a festa" é chamada pelos seus opositores, seja totalmente ABOLIDA.




A FAVOR:
Os touros bravos são apenas criados pelas suas qualidades de lide. A abolição das touradas significaria a perda definifitiva duma espécie animal com características únicas.


CONTRA:
Os animais não ganham nada com a conservação da sua espécie se sofrem severamente por a ela pertencerem.




A FAVOR:
Deus criou os touros para lutarem na praça de touros com o toureiro e assim morrerem.


CONTRA:
Demonstra muita pretensão falar em nome de Deus sobre a finalidade dos animais.




A FAVOR:
As touradas têm uma dimensão religiosa, representando a luta do bem e do mal, sendo os touros os representantes do mal.


CONTRA:
Celebrações religiosas não são uma bula que permita reduzir os animais a um símbolo.




A FAVOR:
Uma tourada permite uma saudável descarga colectiva de sentimentos negativos e de agressividade


CONTRA:
Existem alternativas inofensivas (por exemplo o desporto) para uma tal descarga, e que não implicam sofrimentos para os animais.




A FAVOR:
Uma tourada não é para ser vista como um desporto, mas como uma síntese de arte, dança, e dizem os aficionados, virilidade extrema (machismo).


CONTRA:
Que se possam ver nela outros aspectos, não faz que a sua crueldade seja menos cruel.




A FAVOR:
Uma tourada é uma prova de veneração e uma homenagem à força do animal.


CONTRA:
Veneração e homenagens não são prestadas ou mostradas por meio de torturas.




A FAVOR:
Um touro é tratado muito melhor até ser lidado do que um boi que foi criado pela bio-indústria apenas para produção de carne.


CONTRA:
Pode ser verdade mas não é um argumento válido porque por existirem condições ainda mais cruéis não se torna esta menos cruel.




A FAVOR:
A tourada é um componente duma cultura, uma tradição milenar. Representa o último vestígio de culturas antiqissímas não-ocidentais. Querer excomunhá-la demonstra desprezo por este elemento não-ocidental no seio da cultura espanhola.


CONTRA:
Todas as culturas ocidentais ou não ocidentais contêm tradições construtivas e destrutivas. A antiguidade duma tradição não pode servir para a justificar moralmente.





publicado por Maluvfx às 17:54
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"Carta de um humano - Touradas???"
Os homens e mulheres não são entidades estáticas, mas sim seres que têm em si a capacidade de fazer melhor, portanto de serem perfectíveis. Assim, se considerarmos que são susceptíveis de se aperfeiçoarem, isso implica que têm a capacidade de abandonarem modelos que deixaram de representar os valores entendidos como correctos à luz de um dado patamar ético e, consequentemente, estabelecerem novos paradigmas que lhes permitam orientar as vivências de modo mais consentâneo. Assim, movimento, interacção e evanescência surgem como molas propulsoras da Vida em permanente devir.
Ao longo dos tempos, as culturas deixaram sempre aflorar, aqui e ali, os altos valores dos saberes que se constituem ainda hoje como farol para uma prática fraterna entre todos os seres sencientes, onde naturalmente se incluem os humanos, e onde todos, necessariamente, têm um lugar e um papel a desempenhar. A Natureza só é feliz quando todos os seus elementos vivem em equilíbrio dinâmico consoante o patamar de consciência de cada um! E esta consciência – por exemplo, a capacidade de reflectir e meditar sobre as ocorrências e actos praticados – se mais apurada, mais subtil e profunda, tanto mais responsável deverá ser.

A questão que aqui se coloca é, pois, bastante simples. Se aceitarmos que os actos praticados, ditos e pensados têm consequências, que papel queremos desempenhar nesta dinâmica inter-relacional e, por maioria de razão, que herança deixaremos às gerações vindouras? No caso dos seres “animais”, desejaremos conscientemente continuar a retirar prazer a expensas do seu sofrimento, numa espécie de orgia selvagem que não olha a meios para atingir os fins, mesmo que isso implique dor e tormentos continuados? É essa a representação de Homem que queremos continuar a sustentar e/ou permitir?

Porque os valores mudam, as culturas necessariamente reflectem estas mesmas mudanças! Afirmarmos que algo faz parte de um alegado “património” e que portanto se deve eternizar, mesmo que isso comporte o perpetuar de valores já inaceitáveis, é não só recusar o óbvio como também tentar afirmar um imobilismo pantanoso na vã pretensão de aprisionar o grande rio da vida. É também recusar crescer interiormente, é voltar as costas ao horizonte desenhado pela solidariedade e pela fraternidade que devemos a nós próprios e a todos os outros seres que, juntamente connosco, compõem esta grande Sinfonia da Natureza! Aquilo que alguns apelidam de “animais”, esses meros objectos, simples “coisas” de quem se alega ter o direito de dispor a seu belo prazer na prossecução de interesses egoistamente medíocres, é já hoje uma abordagem que a maioria não sustenta, que já não entende como aceitável!

A grande comunidade de Portugueses a que chamo Portugal, perdoem se me engano, tem ao longo do tempo dado evidentes sinais ao mundo de possuir um fundo afectuoso e uma intenção de pouco pactuar com interesses mesquinhos, mostrando desde sempre ser mais inclinada para o sorriso hospitaleiro do que para o exercício do uso do gume da espada! Não será afinal esse o “fundo” Português que subjaz à manta genética que nos surge aos sentidos? Como “rosto da Europa”, como farol que mostrou novas terras ao mundo e por tantas outras razões que não cabe aqui mencionar, é hora de reafirmarmos mais uma vez a nossa força de mudança alicerçada por essa “alma” temperada pela força da esteva e pelo sussurro do mar no seu eterno movimento cíclico e que sempre nos convida a mais uma viagem.

As “touradas” são a degradante imagem que certos defuntos protelados querem perpetuar, a vergonha da nossa cara enquanto homens e mulheres cidadãos dos «mundos a haver»! Não deveremos mais permitir que a imagem desta terra luxitanea, deste porto sagrado do graal, se deixe manchar pela incúria e passividade, pelo comodismo e pela recusa de vivenciar um modelo holístico, abarcante e fraterno! Há tempo para pensar, há tempo para agir! Hoje, na velocidade estonteante deste mundo tido como complexo, a sabedoria mostra a verdade do que é simples mas não simplório. Avancemos para pensar, pare-se para verdadeiramente agir! Na simples decisão de uma recusa firme, que jamais possa dar continuidade ao vil proceder, está a força calma do sorriso que simplesmente diz não.

Portugal é pequeno para os curtos de vista, para os de coração empedernido, nunca para aqueles que o vivem como terra prática de sonho e utopia, onde a planura alentejana e as serranias para lá do Marão, o quente Algarve, o doce Minho e as saudosas Beiras, as cálidas terras estremenhas tão perto desse Riba+Tejo, são evidências de diversidade a que subjaz a unidade desse “ser” Português do/no Mundo!

Touradas??? Decididamente, não!!!

António E. R. Faria


publicado por Maluvfx às 10:58
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Ausência de argumentos, recorrem ao insulto!
Aficionado = crueldade, futilidade, frivolidade, indignidade, insensibilidade, materialismo, iliteracia, ignorância, etc..


Anti-touradas = inteligência, sensibilidade, sanidade, cultura, compaixão, honestidade, amor, dignidade, alma de guerreiros...



Antonio Joao Alexandre Silva acrescenta nos anti touradas, ridiculos eco terroristas, desnutridos, drogas a mais, desocupados, comodistas, ofensivos  prevaricadores ,


Seguem as respostas coerentes:

Morato Barros
Sendo eu abolicionista relativamente ás touradas e portanto estando inserido no conceito (anti touradas) , é curioso que o sr. Antonio ao querer generalizar comete um grave erro, ou melhor, uma série de erros.
primeiro a tentativa da ofensa gratuita com os " predicados " atribuídos de forma transversal a todos os que lutam pelo fim das touradas.
No meu caso particular não acertou uma, mas também não é aquilo que sou , mas aquilo que defendo.
Ao extrapolar comete um erro grave, ao entrar no que cada pessoa representa para a sociedade e a forma de se apresentar á sociedade não é relevante para a questão primordial , essa sim terá sempre de ser analisada fora o gosto pessoal de cada um ou se estamos ou não emocionalmente ligados ao objecto de analise.
A tauromaquia é moralmente válida, ( a importância/ relevância moral das nossas acções é o pêndulo que deve ser retratado, ou seja, é o exercício que tem de ser medido para chegarmos a uma conclusão se tem legitimidade ou não, e se tem boas razoes , devidamente fundamentadas para continuar a existir , ou se pelo contrario deve ser extinta enquanto tal).
Posso considerar que uma pessoa que apoia e se diverte com a prática tauromáquica , tem um desvio comportamental grave, não interessa se é A , B ou C, o gosto que demonstra pela prática pressupoe um determinado perfil psicológico que assenta antes demais ( mesmo que não consigam ver), no desrespeito pela vida e bem estar animal apenas para divertimento / lazer.
Os contornos de tortura animal , com touros e cavalos ( mesmo que não consigam ver) existe mesmo, não há qualquer dúvida nessa matéria.
Se foram insensibilizados desde pequenos e blá, blá blá e cultura blá blá blá e tradição blá blá blá, enfim .... não invalida o que lá se passa, assim como não invalida o que lá se passa , no caso de haver um anti taurino desnutrido ou desocupado....
Vejo muita gente alcoolizada nos espetaculos degradantes com animais, não digo que são todos bêbados , nem digo sequer que é só por causa do álcool que gostam do que fazem...
É claro que percebo que nestes fóruns ultrapassamos a correcta analise destas matérias para generalizarmos e ofendermos tudo e todos, principalmente porque não gostamos de ser atacados e no fundo é a nossa defesa a esses ataques( serve para ambos os lados e para mim também).

Para terminar e para ver como está errado na atribuição de características ás pessoas que defendem o oposto ás suas preferencias ( essas sim devem ser analisadas, e sem argumentos moralmente válidos , porque o gosto e a emoçao não valida nada)rápidamente caem por terra, aquilo que defendemos ou atacamos é que deve ir á balança, o que somos é de importância relativa porque não é isso que está em causa.

chamar nomes uns aos outros é o retrato emocional que se eleva e de uma forma ou outra tira-nos a clarividência e a razão .

Eu digo mata e você diz esfola, não conta para nada.....



Cláudia Vantacich
 No meu caso e dos cá de casa também não acertou uma:

"Ridículos eco terroristas" - cá em casa somos amigos do ambiente, dos animais e contra a violência. Ridículos são os que não se preocupam com a vida e saúde do planeta e ainda destroem e causam sofrimento por prazer.

"Terrorismo": Conjunto de actos de violência cometidos por agrupamentos revolucionários.
2. Sistema, regime do Terror, em França (1793-1794).
3. Sistema de governo por meio de terror ou de medidas violentas.
Não estou a ver em que se fundamenta para me chamar terrorista.

"Desnutridos": cá em casa temos uma alimentação muito cuidada, incentivada pelo nosso médico, praticamos desporto e também nem sequer somos "magrinhos".

"Drogas a mais": só bebemos socialmente e geralmente em ocasiões festivas: a última foi no aniversário de um familiar, há meses. Drogas aqui também não constam. Gosto de mim e da minha cabeça, por isso não me drogo. Não preciso de fugas ou de bengalas, felizmente!

"Desocupados": Estamos quase sempre a trabalhar e sem folgas, Além do meu trabalho, ainda dou voluntariamente apoio social, aliás foi de lá que vim agora. E agora estou de novo a trabalhar mas ainda consigo vir aqui dar uma "perninha" no fórum. Há sempre tempo para tudo o que queremos.

"Comodistas" - A anterior responde a esta. Mas ainda lhe digo, que apesar de ter carro prefiro andar a pé.

"Ofensivos" - Se se sente ofendido por mim, lamento, mas nunca deixarei de dizer a verdade por muito dura que seja. No entanto não digo nada que não tenha fundamento.

"Prevaricadores" - Prevaricar: Trair, por interesse ou má-fé, os deveres do seu cargo ou ministério.
Corromper, perverter. ???

Não traio terceiros nem a mim própria. Sou incapaz de trair os meus princípios (que são bem rigorosos) por dinheiro, estatuto, carreira, seja pelo que for. Trair nem pensar. Também está fora de questão agir por interesse ou má-fé.

Aliás a luta pelos direitos dos animais tem por base a boa-fé e o amor. Interesse??? Não estou a ver qual. Só se for pelo bem de todos, mas a isso não se chama de "agir por interesse".

Mas se quiser, eu justifico os adjectivos que usei para caracterizar os aficionados, toureiros, forcados, ganadeiros, enfim, as gentes das touradas. Sem problema. Basta conseguirem obter prazer à custa do sofrimento de um animal e ainda o classificarem como "festa", "tradição", "Arte", "carreira profissional" ou "sustento", e ainda desprezarem a ciência, a lógica, a compaixão, etc., para merecerem todos aqueles adjectivos.

in  Fórum Prós e Contras - Tauromaquia


publicado por Maluvfx às 09:28
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Sábado, 28 de Julho de 2012
"Se calhar este indivíduo até tem razão."
Acho curioso o facto de, à semelhança do que a SIC fez, a RTP ou a TVI não se dignem a transmitir um documentário/reportagem apresentando argumentos anti e pró-tourada. Acho curioso, mas não acho de todo algo abstruso, pois é facilmente justificável pelo lastimável contrato que têm com os organizadores dos eventos de chacina que ao que parece vão abundar este Verão.
Uma televisão que diz prestar serviço público, deveria considerar na elaboração da programação oferecer ao telespectador a possibilidade de tomar contacto com a maior diversidade de ideias possível. Porque é que dão tempo de antena aos toureiros barrigudos (já explico a seguir) e não a quem luta pelos direitos de uma espécie animal vilmente perpetuada por um punhado de senhores dementes que se acham donos de vidas alheias? Tudo bem, não há tempo para permitir tempo de antena a toda a gente. Mas então, sejam honestos, e admitam que o que fazem não é serviço público, mas sim serviço interesseiro, na melhor defesa de determinados emolumentos, que não duvido que existirão.
É essencial permitir às pessoas tomarem contacto com ideias adversas à sua própria cultura, que procuram sempre impor acrítica e passivamente. Parecendo que não, é muito fácil no mundo actual alguém deixar-se perder intelectualmente no sensacionalismo e no prazer fácil e imediato. E claro que uma pessoa comum, ao sintonizar uma corrida de touros e ao vislumbrar o gáudio do público presente no local, não vai sequer ponderar, ou dificilmente o fará, a hipótese de toda aquele gente estar errada e de aquele espectáculo, afinal, até poder tratar-se de uma chacina descarada. É difícil remar contra a maré espontaneamente. É preciso que isso se torne um exercício de rotina. E para o poder realizar é necessário receber estímulos adequados. Se calhar se alguém disser à pessoa que está a ver a corrida de touros para atentar no sofrimento do animal que está a ser barbaramente agredido, ela até pára para pensar "Se calhar este indivíduo até tem razão.". E daí a nada poderá estar a mudar de ideias. Já para não falar no completo desplante que é a transmissão destes circos sádicos em horário nobre, deixando a mentalidade inocente e sensível das crianças à mercê da ganância de assassinos, para turvar permanentemente.
Meus amigos, de certo que quem treinava gladiadores na antiga Roma, também não ficou satisfeito quando se viu privado do seu meio de subsistência no qual se apoiou tão cegamente e desumanamente, que, não duvido, lhe conferia um certo prestígio perante a nobreza e prerrogativas condizentes. Todas as profissões estão sujeitas à extinção. A mentalidade evolui, a cultura evolui, a tecnologia evolui. Tantas e tantas profissões tradicionais e respeitáveis que estão, cada vez mais rápido, a serem extinguidas no nosso país e da nossa identidade cultural até. Mas consideram problemático que alguém que recebe remunerações numa soma exorbitante, numa soma que jamais poderia ser adquirida pela esmagadora maioria da população mundial durante uma vida inteira de trabalho digno, perca a sua ocupação, em favor do melhor respeito pela vida alheia, que tanto a nossa condição racional nos impõe? Sejam sensatos, por favor. Talvez assim, até alguns profissionais desse ramo pudessem dedicar-se à educação que nunca receberam, desde cedo sendo cultuados, dessensibilizados, lavados e manipulados, desprovidos da própria essência humana.

por  Ricardo Lopes


publicado por Maluvfx às 19:38
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Cultura da crueldade
"Nas horas que precedem a tourada, auxiliares se ocupam de preparar o touro. Penduram-lhe no pescoço pesados sacos de areia, para fatigar os músculos que acionam as chifradas. Passam-lhe vaselina nos olhos para embotar-lhe a visão. Desde a véspera, ou até antes, não o alimentam. Na pouca água que lhe dão, misturam purgantes: perda de fluidos e sais na diarréia irão levá-lo mais cedo à exaustão.

A intenção é reduzir-lhe a capacidade de lutar, não a disposição, que buscam excitar ao confiná-lo em curral escuro e exíguo. Ali, golpeiam-lhe os rins e espicaçam os testículos com longas agulhas. Quando finalmente o deixam galopar para a falsa liberdade da arena, o touro primeiro estaca, aterrorizado, furioso, aturdido pelo sol que reverbera na areia.

Depois, ataca o primeiro inimigo a provocá-lo: o picador, toureiro montado e armado de lança, pernas protegidas por armaduras. Enquanto chifra o cavalo (precariamente protegido pela "calzona" de camurça) e o comprime contra o muro da arena, o touro expõe a nuca a pontaços da "puya", ponta piramidal da lança. Afiadas arestas da "puya" rasgam o couro e rompem tendões e ligamentos sem aprofundar os ferimentos.

Para prevenir importunos relinchos de terror, prévia operação sem anestesia terá extirpado as cordas vocais do cavalo. Se incapacitado por chifradas, ele será abatido. Mas, caso lhe sobre alguma força, passará por grosseira sutura dos ferimentos, sempre sem anestésico, para ser aproveitado na tourada seguinte. (Tipicamente, cada corrida sacrifica seis touros numa tarde.) Em média, cavalo de tourada sobrevive a três ou quatro espetáculos.

Depois do picador, toureiros subalternos virão atormentar o touro com as bandarilhas que lhe fincam no dorso enquanto o rodeiam e confundem. Corcovos para livrar-se desses dolorosos arpões coloridos meramente aumentam lacerações e o sangramento do touro, mas divertem e excitam o público.

Entra em cena o matador. Também ele terá passado por preparativos esmerados. Entre estes, oração contrita perante réplica da chorosa Virgem da Macarena, santa tutelar dos toureiros. Na arena, depois de elaborado balé de esquivas e rodopios da "muleta" (capa usada no ato final), o toureiro se posta diante do touro exausto e atordoado, arranca em curta corrida e crava-lhe a espada num dos lanhos abertos pela "puya".

A lâmina pode penetrar mais de meio metro, perfurar um pulmão e também alguma artéria grossa; hemorragia profusa fará o touro golfar sangue enquanto sufoca e tomba.

Tentará reerguer-se, mas outros toureiros acorrem para cravar-lhe entre vértebras da nuca repetidos golpes de "puntillas" (adagas), para destruir-lhe a medula espinhal e paralisá-lo. Exultação orgástica do público.

Acenos de lenços brancos sinalizam ao diretor da tourada que conceda ao toureiro a honra de decepar uma orelha do touro que, ainda consciente, bufa sangue e agoniza. Insistência do público rende as duas orelhas. Enquanto contorna a arena para exibir os troféus, o toureiro pisa cravos vermelhos, leques, mantilhas: oferendas simbólicas de mulheres excitadas pela virilidade do herói.

Matanças e torturas recreativas continuam vastamente distribuídas no mundo: boxe, rinhas de galo, rodeios, lutas de cães, caçadas e pescarias "esportivas" -difícil completar a lista. Mas, enquanto boxe e rinha conotam crueza cafona, vulgaridade e gangsterismo barato, tourada é sofisticação perversa, com pretensões de refinamento aristocrático, arte, romance -e interesses financeiros muito mais cobiçosos.

Esses atributos a projetam como epítome de todas as tradições que degradam por igual espectadores, promotores, patrocinadores e os governantes que prevaricam ao dever de proscrevê-las. Alguns, como a família real espanhola, até as prestigiam.

A maioria do povo espanhol não se compraz com touradas. Porém, para elevá-lo da indiferença à vergonha, turistas deveriam gastar noutros países os US$ 50 bilhões que todo ano deixam na Espanha. Boicotar também patrocinadores de touradas, como a Pepsi-Cola, e oportunistas como Giorgio Armani, que desenhou o "traje de luces" para o matador Ordóñez usar na "Corrida Goyesca" de setembro último.

Protestos e boicotes funcionam: forçaram a Mattel a tirar de linha bonecas Barbie fantasiadas de toureiro. Aliste-se. É simples: condene visitas à Espanha enquanto esse rito de crueldade macular de sangue seus esplêndidos tesouros culturais."


Aldo Pereira é ex-editorialista e colaborador especial da Folha de S. Paulo


publicado por Maluvfx às 18:28
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