Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.

Quinta-feira, 19 de Abril de 2012
Licopeno
Benefícios do licopeno
O licopeno é um carotenóide presente no tomate, porém sua absorção é mais satisfatória quando submetido ao calor do cozimento, isto porque o calor rompe as membranas celulares e libera o licopeno de uma matriz de proteínas e fibras facilitando assim o seu contato com a parede intestinal. Com isso, as melhores fontes são molhos e sucos de tomates.

Sabe-se também que os tomates que amadurecem no pé são mais ricos em licopeno que aqueles que amadurecem depois de colhidos. Além do tomate, outras fontes de licopeno são : melancia, cidras, goiaba.

Este poderoso antioxidante está sendo usado no combate a esterilidade masculina e na prevenção de osteoporose feminina no período pós menopausa. Existem algumas evidências de que o consumo regular de licopeno diminui a probabilidade do indivíduo ter câncer de próstata.

Estudos mostram que o consumo deste carotenóide pelo menos 2 vezes na semana reduz em 34 % os riscos de câncer de próstata. Alguns trabalhos associam níveis elevados de licopeno a uma menor incidência de câncer de mama devido a sua ação antioxidante, o que minimiza o estresse oxidativo, uma das causas da doença.

P.S. O famoso ketchup é rico em licopeno, assim como outros molhos à base de tomate que são industrializados. Mas devem ser usados com moderação. É para comer a comida com o molho e não o molho com a comida! E não usar o fato do molho ser rico em licopeno e adicioná-lo em todas as refeições. Pois como ele é industrializado, também é rico em conservantes, sódio e açúcar que em excesso podem ter efeitos tóxicos no organismo comprometendo assim a sua saúde. Portanto deve-se dar preferência aos molhos naturais, caseiros e feitos à pouco tempo, pois são fáceis de estragar.

Licopeno é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, melancia, goiaba, entre outros alimentos. É um antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células causados pelos radicais livres.

Os radicais livres são produzidos durante funções normais do corpo humano, como respiração e atividade física. Também são formados como resultado do hábito de fumar, superexposição ao sol, poluição do ar e estresse. São altamente reativos e, se não controlados, podem danificar as moléculas importantes das células saudáveis do corpo humano. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como câncer e doenças cardiovasculares.

Assim como o betacaroteno, o licopeno é transportado no sangue humano por meio de lipoproteínas, principalmente a LDL. A principal função da LDL é fornecer colesterol para as células do corpo e, ao fazer isso, também fornece licopeno e betacaroteno. Os maiores níveis de licopeno e betacaroteno são encontrados no fígado (principal local de armazenamento). No tecido adiposo, a taxa de carotenóides é muito baixa. No entanto, devido à quantidade total de tecido adiposo no organismo, também pode ser um importante local de armazenamento.

A melhor fonte de licopeno é o tomate.
É um alimento pouco calórico, com seus efeitos antioxidantes, fonte de fibras e bem utilizado na culinária pela sua cor, melhorando a aparência dos pratos. O tomate é matéria prima que pode entrar em diversas refeições. Quanto maior a concentração de tomate em uma receita, maior o teor de licopeno e os benefícios por ele proporcionados. Este possui maior aproveitamento quando combinado a uma pequena quantidade de gordura, preferencialmente do tipo monoinsaturada.

Encontra-se presente em alimentos como o tomate (média de 3,31 mg em 100 gr) e o mamão (média de 3,39 mg em 100 gr). A absorção do licopeno é maior quando o alimento em questão é cozido, pois o rompimento das paredes celulares facilita o contato deste com a mucosa intestinal. O licopeno da melancia e do mamão é muito biodisponível (em torno de 60%), enquanto o do tomate cru está em 13%, contra 70% do mesmo quando cozido. Assim sendo, alimentos como a massa e o molho de tomate são ótimas fontes desse antioxidante valioso e barato.

Existem algumas evidências de que o consumo regular de licopeno diminui a probabilidade do indivíduo ter câncer de próstata e dos pulmões. De fato, estudos australianos em fase avançada estão demonstrando que o uso regular do licopeno reduz a incidência de alguns tumores viscerais.











Fontes de Licopeno

Pesquisadores e seus estudos têm demonstrado que o licopeno é um flavonóide que está intimamente relacionada com o beta-caroteno . O consumo de licopeno através de uma dieta constitui um domínio de 50% das fontes de carotenóides no soro do sangue humano. Então, você pode estar ansioso para saber o que é o licopeno, exatamente? Bem, dizem que ela pode ser definida como um pigmento que dá cor ao aparecimento de vários alimentos e frutas. Como a melancia tem a cor vermelha e toranja rosa tem, a comida de outras fontes de licopeno similarmente realizar este potente antioxidante chamado licopeno poderes . Leia mais para saber sobre fontes de licopeno.

Fatos benéficos do Licopeno
Como sabemos que o licopeno é um carotenóide que são pigmentos naturais, estes pigmentos atuam como antioxidantes para um corpo humano. Nosso conhecimento de antioxidantes que sempre nos lembrou que reduzem os radicais livres presentes no organismo e fortalecer o sistema imunológico também. Devido a este ponto mais licopeno como a substância reduz o risco elevado de câncer de pulmão, doenças do coração, outros tipos de câncer de doenças como o cervical, digestivo, do aparelho de mama, câncer de próstata e doenças no corpo humano. Ele ajuda a regular uma saudável e um bom sistema digestivo ao longo da vida.


Fontes de licopeno
Como é altamente essencial para a nossa dieta regular para ter um suplemento de licopeno , inclusive na mesma, mesmo estes suplementos podem ser encontrados em vários lugares como, uma loja de varejo, através da Internet ou em qualquer médico lojas locais. Bem, qualquer que seja sua fonte de compra, apenas garantir que você comprá-lo a partir de uma leitura loja de confiança previamente todos os detalhes do produto eo preço varia. Geralmente, as fontes de licopeno podem ser comidas ou frutas que contêm pequenas quantidades do mesmo neles. Tais fontes totalmente ajudar a manter uma dieta equilibrada e saudável, se o consumo está em uma base regular. Então, vamos dar uma olhada em alguns nomes comuns de alimentos e frutas que servem de licopeno como suplemento na mesma.

Fontes de Licopeno: alimentos e frutas
Legumes e frutas vermelhas
Melancias
Tomate
Damascos
Toranja vermelha
Goiabas vermelhas
Alguns produtos processados de tomate

Com um breve olhar para essas fontes, você deve ter recebido uma essência do sujeito que o licopeno é algo que não é formulado pelo corpo, mas tem que ser consumida através de produtos hortícolas e frutos em nossa dieta regular. Das duas diferenciações de fontes de licopeno processados e matérias-primas, a sua visita que o licopeno como fonte é melhor quando consumido ingerida através de alimentos cozidos ou processados e não-primas.
Aqui está uma tabela abaixo que incluem algumas das melhores fontes de licopeno.

Licopeno Fontes: Frutas e Comida
Licopeno: Fontes
alimentares ricas
Valor da dosagemMedido pelo 
mcg Licopeno
Espargos4 cru ou cozido18
Espargos porção/chávena, cozinhado43
Cenourasporção/chávena1
Suco de cenouraporção/chávena5
Pimentas 1 pimenta367
Feijão, cozidoporção/chávena1298
Tomates secos ao sol1 porção/chávena815
Salsa1 colher de sopa1682
Molho de tomate1 colher de sopa2506
Toranja rosa1 / 2 grapefruit1745
Tomateporção/chávena4631
Tomate, inteiro porção/chávena , enlatados6480
Melancia porção/chávena , em bruto6889
Sopa de Tomateporção/chávena12608
Molho de Tomateporção/chávena37122

Com esta visão geral das fontes de licopeno de ‘alimentos’ n frutos tabela acima, que acaba de fazer-se ciente das vantagens do licopeno , aprendendo a quantidade exata de dosagem que é suposto para tomar polegadas Seria melhor se você consultou um médico de saúde antes de iniciar qualquer rotina de dieta complementar. Médicos são as melhores pessoas para avisá-lo se há algum efeito colateral que impliquem os suplementos que você tomar-like, anti-reações ou alergias alimentares, etc Todos esses indicadores são fundamentais antes de iniciar qualquer tipo de regime.


publicado por Maluvfx às 10:48
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Dicionário dos Alimentos - FEIJÃO
Um dia perguntaram ao intelectual italiano Umberto Eco qual tinha sido para ele o facto mais importante do 2º milénio. Provavelmente o leitor poderá achar que está o ler o texto errado e a perguntar-se o que é que isto tem a ver com o feijão. Pois bem, a resposta de Umberto Eco a esta pergunta foi: “a introdução do feijão na Europa”! E de facto, o feijão juntamente com outras leguminosas como a fava, lentilha e grão tiveram em tempos um papel crucial no combate à desnutrição que se abatia em toda a Europa.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, e hoje, é muito provável que a razão pela qual exista um certo preconceito em relação ao feijão, seja essa lembrança de outros tempos com menos recursos em que o feijão foi utilizado como substituto da carne e do peixe. E este preconceito pode-nos sair caro quer no que diz respeito à nossa saúde, quer na manutenção da nossa identidade gastronómica que é algo do qual nos devemos orgulhar e não envergonhar. Com efeito, a feijoada é considerada muitas vezes um prato excessivamente pesado… e ainda bem! Muito do que por vezes entendemos como “pesado” refere-se à capacidade saciante do alimento em causa, e a este nível ninguém bate o feijão. A única maneira de tornarmos uma feijoada pesada em termos nutricionais é a adição de carnes demasiado gordas e enchidos que esses sim, desequilibram um prato que pode traduzir igualmente uma simbiose empírica entre arroz e feijão na procura da complementaridade proteica dos seus constituintes.

O feijão, à semelhança de outras leguminosas desempenha um papel fundamental no controlo do apetite pois para além de ser pouco calórico (cerca de 100kcal por 100gramas) tem uma grande quantidade de proteína e fibra. E são estas mesmas fibras que juntamente com outros fitoquímicos como o ácido fítico, flavonoides e compostos fenólicos, fazem do feijão um super-alimento na temática da prevenção do cancro. Sendo certo que o ácido fítico é responsável pela diminuição da absorção do ferro e cálcio, ele compensa essa menos-valia com uma grande capacidade antioxidante e antimutagénica que em conjunto com a produção de ácidos gordos de cadeia curta resultantes da fermentação da fibra do feijão diminuem o risco de cancro, particularmente o colo-rectal.

Assim, na sopa, na salada, em feijoadas à portuguesa ou brasileira, com marisco, lulas ou búzios, a ingestão de feijão é uma questão de saúde. É difícil encontrar algo que o feijão não tenha. Tem proteínas de elevada qualidade para um alimento de origem vegetal, tem hidratos de carbono de absorção lenta, tem grande quantidade de fibra promotora da saciedade, tem um vasto portfólio micronutricional com ferro, cálcio, zinco, ácido fólico e outras vitaminas do grupo B. Enfim, é daqueles alimentos que justificam o uso do cliché: O feijão tem tudo… Só não tem comparação!

Por Pedro Carvalho, nutricionista
Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 08:55
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Dicionário dos Alimentos - ESPINAFRE
O espinafre sempre foi um hortícola especial. Tão especial que na época medieval os árabes o elegeram como o “príncipe dos vegetais” e já antes tinha sido constituído como oferenda do Nepal ao imperador chinês em resposta ao seu pedido pelas melhores plantas dos países vizinhos.

O príncipe dos legumes despertou igualmente uma obsessão por parte da duquesa Catarina de Médicis que, ao levar com ela o espinafre e suas receitas desde Florença até à corte francesa, fez com que ainda hoje designemos os pratos servidos em cama de espinafres como “à Florentina”.

E o mundo seria de facto um sítio melhor se todos os hortícolas tivessem tido o apoio de uma estratégia de marketing como o espinafre teve com o Popeye! Apesar de na altura a construção desta personagem e da força que o espinafre lhe dava ter sido feita com base numa sobrestimação da quantidade de ferro deste hortícola, o certo é que o marinheiro mais famoso do mundo conseguiu que o consumo de espinafres crescesse mais de 30% nos EUA e que se tornasse no terceiro alimento mais popular entre as crianças logo depois do peru e dos gelados.

Mesmo não tendo a quantidade de ferro que se chegou a pensar, o espinafre não é totalmente desprovido deste mineral, sendo mais um nutrimento a adicionar aos campeões vitamina A e K, estes sim presentes em força no espinafre. Também de ácido fólico e vitamina C se faz a história nutricional de um hortícola que sempre teve o estigma do seu suposto exagerado teor de nitritos e nitratos derivado da sua produção agrícola intensiva. Um estudo recente, efectuado com amostras de espinafres e outros vegetais portugueses não confirmou esta tendência, sendo que estes compostos em níveis dentro do permitido podem inclusive acarretar benefícios do ponto de vista cardiovascular com a melhoria da função endotelial dos nossos vasos sanguíneos e diminuição da pressão arterial.

E se as cenouras transportam o epíteto de “fazer bem” aos olhos, os espinafres não lhe ficam nada atrás, com níveis elevados de luteína e zeaxantina, dois pigmentos com função antioxidante e um papel muito interessante na prevenção da degeneração macular associada ao envelhecimento e cataratas.

Se a ingestão de espinafres constitui sempre uma boa opção, o seu teor em oxalatos e purinas pode acarretar alguns cuidados a indivíduos com cálculos renais e hiperuricemia. Nada que ofusque todos os seus demais benefícios, particularmente se optarmos pelo seu cozimento a vapor onde, para além de não ser potenciada a perda vitamínica associada ao seu cozimento em água, a sua capacidade de “reciclagem” dos ácidos biliares tem o condão de diminuir os níveis de colesterol sanguíneo.

Deste modo, já que os tempos são outros e o espinafre está longe da popularidade de outrora, há que o soltar o Popeye em cada um de nós e dar o exemplo da ingestão deste e de outros hortícolas aos mais novos.

Por Pedro Carvalho, nutricionista*
*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Sobre os espinafres


publicado por Maluvfx às 06:44
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Dicionário dos Alimentos - DIÓSPIRO
Existem alimentos cujo aparecimento pode ser encarado quase como uma premonição para os tempos futuros. O dióspiro é um deles.

A capacidade de prever o futuro já é associada ao dióspiro desde tempos antigos quando os nativos americanos cortavam as sementes deste fruto de modo longitudinal para prever a gravidade do Inverno que se seguiria, consoante a forma de colher, garfo ou faca existente no interior da mesma.

O dióspiro tem assim um bouquet nutricional feito à medida para nos proteger da diminuição das temperaturas sentida nesta fase ao reforçar o nosso sistema imunitário.

Embora a possua em razoáveis quantidades, não é primordialmente na vitamina C que o diospiro se alicerça quanto ao fortalecimento das nossas defesas, mas sim na sua riqueza em carotenos e na sua capacidade antioxidante. De resto, ao nível dos frutos frescos, apenas a manga e o damasco possuem níveis superiores deste pigmento com uma enorme capacidade de protecção das nossas células dos danos provocados pelos radicais livres.

São estes mesmos beta-carotenos, juntamente com outros potentes compostos fenólicos (idênticos aos encontrados no chá verde e vinho tinto) que fazem do diospiro um super-fruto no que ao seu poder antioxidante diz respeito e que apenas é superado pela romã e pela anona. Todo este potencial consegue ainda ser enriquecido quando no momento do consumo se opta pelo excelente hábito de lhe adicionar canela, outro potente antioxidante.

Nos alimentos, como em tudo na vida, não existe a perfeição e no caso do dióspiro a sua doçura e elevada palatibilidade tem justificação no seu alto teor de açúcar. Não há no entanto razões para discriminar o consumo de dióspiro por este facto, até porque, se por um lado se trata de um fruto sazonal que apenas está presente nas nossas mesas num período muito limitado de tempo, por outro, existem frutos mais “comuns” e com valores de açúcar mais elevados (como é o caso das bananas e uvas). Existem mesmo alguns estudos promissores que revelam que a pele do dióspiro, rica em antioxidantes e fibra, poderá ter um efeito benéfico no controlo glicémico de pacientes diabéticos, tal como na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol.

Em conclusão, os dióspiros têm um pouco de açúcar a mais, mas face a todas as outras vantagens que aportam, o melhor é aproveitá-los enquanto pode. Se possível com canela!


Por Pedro Carvalho, nutricionista
*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 06:41
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Dicionário dos Alimentos - CAFÉ
O café é um daqueles casos que ultrapassam as fronteiras do alimento e entram no domínio do ritual. “O café e a conta!” é uma expressão que nos é intrínseca, a nós portugueses, como se já nascêssemos programados para este ritual do café no final de uma refeição.

À semelhança do bacalhau, o café é mais um alimento que é nosso sem o ser, entrando igualmente na categoria de “healthy guilty pleasure” devido à desconfiança clássica com que era olhado, muito em parte pela sua recorrente associação ao consumo de tabaco e inactividade física. Hoje o café está na moda e é bom que continue a estar, uma vez que a complexa mistura de mais de mil compostos que o constituem, incluindo vitaminas, minerais, compostos fenólicos e alcalóides, tem equivalência no número de benefícios que nos proporcionam.

Como no café não são só coisas boas, comecemos pelas más notícias que derivam do seu consumo excessivo e que passam pelo aumento dos níveis de pressão arterial e homocisteína, ambos factores de risco para as doenças cardiovasculares. O café não filtrado possui igualmente diterpenos capazes de aumentar moderadamente os níveis de colesterol, embora, quer pelo seu consumo caseiro filtrado, quer pelo escasso volume que possui um café expresso, os níveis de ingestão destes compostos não sejam preocupantes. Preocupante poderá ser a sua ingestão em excesso em crianças e adolescentes. No entanto, é bom que o “horror” com que se imagina uma criança a tomar café tenha igualmente paralelo ante o consumo de bebidas energéticas e refrigerantes de cola, chá e guaraná por terem igualmente níveis razoáveis de cafeína.

Dobrado o cabo das poucas tormentas do café, falemos do seu lado solar quando consumido em quantidades moderadas (entenda-se 3 – 4 cafés expresso por dia). O café faz parte do despertar de uma grande parte da população que não consegue “pensar” até tomar o primeiro café do dia. E, de facto, o café tem essa capacidade de aumentar o estado de alerta e a velocidade de processamento de informação que se traduz numa melhoria da nossa performance laboral e bem-estar. Existem já lotes no mercado que aproveitam inclusive a película exterior do grão de café, a pele de prata, pelo seu teor em fibra e antioxidantes e eventualmente função prebiótica. O café, já de si riquíssimo em compostos fenólicos, para além destes efeitos a curto prazo, tem sido também associado à prevenção de inúmeras doenças crónicas, tais como diabetes tipo 2, Parkinson e doença hepática (cirrose e carcinoma hepatocelular).

Nas quantidades moderadas, pode-se então dizer que o principal problema do café não está em sim mesmo, mas sim no pacotinho de açúcar que o acompanha e que nos brinda sempre com 30 desnecessárias quilocalorias que se multiplicam pelo número de cafés diários. Deste modo, para cuidar da sua saúde e para o apreciar devidamente, beba café, mas sem açúcar.

Por Pedro Carvalho, nutricionista
*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 06:40
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Dicionário dos Alimentos - CHÁ VERDE
Não há Verão onde não proliferem os mitos acerca de alimentos, suplementos e fármacos para a perda de peso. Apesar de todos os anos fazer-se a apologia de uma perda de peso sustentada e acompanhada por um profissional de saúde, a realidade vai muitas vezes no sentido do resultado imediato e da auto-medicação. Neste contexto, um dos produtos com maior “reputação” é precisamente o chá verde.

O chá verde, tal como todos os chás, é proveniente da planta Camellia sinensis, sendo que o factor que o diferencia do chá preto, branco e oolong é o seu rápido processamento a vapor que evita a fermentação e oxidação das folhas e mantém intactas algumas das suas propriedades farmacológicas.

A infusão de chá verde possui 99,7 por cento de água e valores vestigiais de vitaminas e minerais, o que faz com que sejam os seus compostos bioactivos (polifenóis) os responsáveis pelo seu efeito benéfico na saúde. Para além destes polifenóis, onde as catequinas são o composto mais relevante, o chá verde apresenta igualmente valores moderados de cafeína (30-40 mg/chávena – um café apresenta o dobro deste valor).

De um ponto de vista global, os efeitos mais relevantes para a saúde decorrentes do consumo de chá verde estão ao nível da redução do risco da doença coronária, melhoria do metabolismo das gorduras e açúcares em pacientes diabéticos e um efeito protector em alguns cancros, sendo que neste último caso as evidências não são totalmente conclusivas.

Focando-nos mais nos efeitos do chá verde relativos à perda de peso, é consensual que a conjugação das catequinas do chá com o seu teor de cafeína apresenta um efeito moderadamente positivo na perda de peso e na sua manutenção. Todavia, em consumidores regulares de cafeína (mais de 3 cafés/dia), este efeito parece ser atenuado devido à sua menor sensibilidade face aos efeitos da cafeína. Também a raça constitui um factor importante, dado que os asiáticos apresentam melhores resultados que os caucasianos relativamente à perda de peso com chá verde. Os mecanismos pelos quais esta perda de peso ocorre não são muito claros, mas poderá estar associada a um maior gasto energético em repouso, diminuição do apetite, aumento da oxidação de gordura e diminuição da absorção de alguns nutrientes.

Em suma, se não houver uma reeducação alimentar, esta pequena ajuda do chá verde será irrelevante no processo de perda de peso, sendo que este poderá ser igualmente uma excelente forma de promover melhores níveis de hidratação para quem não é particular apreciador de água (isto se não se adicionar açúcar ao chá!).

Por Pedro Carvalho
Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 06:34
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Domingo, 4 de Março de 2012
Como congelar temperos e vegetais
Não se esqueçam que, seja qual for o alimento, depois de descongelado já não pode ser congelado novamente.

Embalagem a utilizar
Ao guardarem os alimentos no congelador devem escolher embalagens que impeçam o alimento de estar em contacto directo com o ar frio, evitem a passagem de cheiros, não se rasguem com facilidade e que soltem facilmente o produto quando se quer usar. Podem por isso usar daqueles sacos de congelação que há à venda ou então, como eu, recipientes em plástico, próprios para congelador (vejam nas características do recipiente) que tenham uma tampa que feche hermeticamente. Para os líquidos há também uns recipientes e sacos próprios para congelação, mas tenham cuidado pois os líquidos expandem quando congelam e por isso têm de ter uma margem de pelo menos 2 cm da borda.

Alimentos que podem congelar

Cebola
Dura até 6 meses no congelador
Há várias maneiras de congelar cebola: picada, às rodelas e aos cubos. Colocam num saco retirando o ar ou numa caixa e depois é ir usando conforme a necessidade. As cebolas cortadas as rodelas podem já ser separadas em pequeninas doses individuais em saquinhos para não custar a separá-las.
Outra maneira interessante que se pode fazer com a cebola é preparar uma pasta para usar, composta por 1 parte de alho para 3 partes de cebola para 10 de sal. Tritura-se tudo e guarda-se no frigorifico e aguenta cerca de 20 dias.

Temperos verdes
Dura até 6 meses no congelador
Devem ser lavados, secos e depois picados. Uma maneira simples de picar a salsa é juntando os raminhos e ir cortando com uma tesoura.
Pode colocar dentro de couvetes com azeite/óleo vegetal ou caldo de legumes e congelar. Use sempre que precise e não estragam.


Tomate
Dura até 12 meses no congelador
Podem ser cortados aos cubos e colocados num recipiente.

Pimentos
Podem ser picados ou cortados em cubinhos. Os verdes costumo cortar em tiras. Devem ser sempre lavados e limpos antes de cortar.

Outros
Também costumo lavar e limpar e depois cortar em cubos grandes e congelar outros alimentos, como courgetes e abóbora.

Alimentos que não devem congelar
Saladas
Gelatinas
Pudins
Batatas cozidas
Todos os alimentos que libertem muita água


publicado por Maluvfx às 07:51
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Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012
Dicionário dos Alimentos - COUVE GALEGA
Existem alimentos que encerram em si várias dimensões daquilo que podemos idealizar como a alimentação perfeita… A couve-galega é parte da nossa identidade gastronómica (imortalizada no nosso caldo verde), tem produção nacional e apresenta um perfil nutricional único que a transformam num alimento perfeito.

Não é por acaso que a couve-galega em algumas regiões é chamada de “couve de todo o ano”. A sua produção é contínua resistindo a todos os climas, e é esta imagem de marca que a tornou sinónimo de força para todos os trabalhadores minhotos que não dispensavam o caldo verde antes da sua labuta diária nos campos.

A sua composição nutricional não se aparenta na totalidade a um “normal” hortícola parecendo que foi captar um a um, os pontos fortes de cada grupo de alimentos. O cálcio e o leite formam uma espécie de irmandade para o comum dos consumidores, mas é interessante constatar que a couve-galega tem o dobro da quantidade deste mineral (mesmo tendo em conta que os oxalatos da couve impedem que uma pequena parte deste cálcio seja absorvido). Fenómeno semelhante ocorre com a laranja e a vitamina C, sendo que a couve-galega é igualmente rica nesta vitamina. Mas não se fica por aqui, ao possuir metade do ferro de um bife (não tao bem absorvido, é certo) e uma quantidade de vitamina A de fazer inveja a alguns legumes coloridos como o tomate e o pimento. A análise de um hortícola sob o prisma das calorias é algo dispensável, no entanto, fica a indicação que todo este aporte nutricional nos “custa” apenas 26 kcal por 100 gramas!

Também em fitoquímicos, a couve-galega apresenta uma extensa variedade de carotenóides com a luteína em lugar de destaque pelo seu papel benéfico nas cataratas, aterosclerose e doença pulmonar crónica obstrutiva até aos glicosinolatos com evidência comprovada ao nível da diminuição do risco de alguns tipos de cancro.

É certo que o processo de cozedura destrói boa parte destes compostos e consequentes benefícios, por isso, adicionar a couve à sopa só no final da cozedura e cozê-la a vapor são indispensáveis para usufruir da couve-galega na sua plenitude!

A couve-galega não é assim apenas mais um hortícola, é uma dádiva da natureza, uma celebração à saúde…

Por Pedro Carvalho
Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 10:07
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Dicionário dos Alimentos - COGUMELOS
Todos os anos, à chegada das primeiras chuvas de Outono, os cogumelos mostram-se ao mundo num espectáculo de inegável beleza. Apesar das suas cores e formas atractivas não serem necessariamente sinónimo de comestibilidade, é já um hábito em muitas aldeias do nosso país a apanha do cogumelo.

Este fungo, que há mais de dois mil anos é encarado na medicina tradicional chinesa como um alimento com grande potencial terapêutico, sofre de alguma impopularidade quer por alguns casos de envenenamento, quer pelo efeito alucinogénio de algumas espécies. Puro engano! De facto, das mais de dez mil espécies de cogumelos conhecidas, apenas duas mil são comestíveis e menos de dez são industrializadas.

O cogumelo é um autêntico prodígio nutricional. Na sua essência, é constituído basicamente por água (mais de 90 por cento), fibra e proteína, ou seja um super-alimento no que à promoção da saciedade diz respeito. Acresce ainda o facto de o cogumelo ser significativamente mais rico em vitaminas do complexo B e minerais do que a maioria dos hortícolas. Tudo isto em apenas 14 kcal por 100g nos cogumelos frescos. As opções em conserva são menos interessantes pois para além da perda de algumas características organolépticas, ficam igualmente pelo caminho algumas vitaminas e minerais sendo ainda de sublinhar a adição de sal.

O tão propalado e ancestral potencial terapêutico dos cogumelos tem sido alvo de inúmeras investigações ao longo dos anos. Os dois efeitos mais interessantes e bem documentados até agora prendem-se com a capacidade destes fungos ao nível do fortalecimento do sistema imunitário e na diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo. Para além destes, os cogumelos têm sido associados a muitos outros benefícios ainda sem grande evidência científica como a diminuição da pressão arterial, prevenção da diabetes, efeitos anti-virais e anti-bacterianos e um interessante potencial antioxidante em parte explicado pela sua riqueza em compostos fenólicos, tocoferóis e carotenos. Alguns compostos bioactivos presentes nas espécies de cogumelos Maitake e Shiitake têm Sido recentemente utilizados com resultados bastante promissores no combate ao cancro da próstata e bexiga.

Em suma, é um alimento com enorme versatilidade culinária podendo ser utilizado em sopas, entradas, saladas, risotos, massas salteadas, entre muitos outros. Estão reunidas todas as condições para disfrutarmos dos benefícios que os cogumelos nos possam aportar.

Por Pedro Carvalho
Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 10:06
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Dicionário dos Alimentos - CHOCOLATE
A combinação de sabor, textura, aroma e compostos bioactivos fazem-nos crer que o chocolate foi um projecto divino, mais do que uma simples criação da natureza.

É reconfortante a ideia de que os alimentos que nos dão mais prazer e estimulação sensorial podem igualmente trazer benefícios para a saúde. O chocolate quente, bebida de eleição e já com cheirinho a Natal, é um dos já falados healthy guilty pleasures que com a sua conta peso e medida poderá fazer perfeitamente parte integrante de um estilo de vida saudável.

Não existem dúvidas que o chocolate é um alimento extremamente calórico com grandes quantidades de gordura e açúcar. Sendo certo que uma boa parte dessa gordura é saturada o impacte no colesterol sanguíneo não é tão grande como seria de esperar. A verdadeira “desvantagem” da manteiga de cacau e fonte da gordura do chocolate acaba por ser a sua propriedade de derreter à temperatura corporal, fazendo do momento da ingestão não apenas um mero episódio alimentar mas uma experiência sensorial reconfortante.

Este conforto associado ao consumo de chocolate acaba por ser explicável à luz de muitos dos seus constituintes que vão desde a cafeína e teobromina com efeito estimulante a aminas biogénicas e ácidos gordos que poderão ser responsáveis por um certo efeito aditivo do chocolate ao mimetizarem o efeito de algumas drogas canabinóides no cérebro. Apesar destes fenómenos ocorrerem em ambos os sexos, existem outros mecanismos que fazem das mulheres um grupo alvo no que diz respeito aos desejos por chocolate. Se a fase pré-menstrual é em si fértil em desejos alimentares, o chocolate lidera indubitavelmente esta lista, constituindo-se porventura como um desejo inconsciente por magnésio, um mineral cuja concentração no organismo diminui no período pré-menstrual e no qual o chocolate é extremamente rico.

Os benefícios do consumo do chocolate estão intimamente associados ao seu teor de cacau e consequentemente à quantidade de polifenóis nele existente. A redução de processos inflamatórios, melhoria dos mecanismos antioxidantes e diminuição do risco de doenças cardiovasculares está dependente da quão criteriosa for a escolha do chocolate. As opções com adição de leite, amêndoas, passas, caramelo possuem menor percentagem de cacau que o chocolate negro sendo que o “chocolate” branco nem sequer possui cacau na sua constituição.

Assim, acrescente na sua receita de chocolate quente um bom chocolate negro com alto teor em cacau (acima de 70%) e outros ingredientes como canela, gengibre e malagueta para potenciar o seu efeito antioxidante.

É caso para dizer que o chocolate é uma associação perfeita de palatibilidade, propriedades farmacológicas e hormonais, e já os Mayas explicavam o seu culto pela sua "capacidade de despertar desejos insuspeitos e revelar destinos"...

Por Pedro Carvalho, nutricionista
Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


publicado por Maluvfx às 10:03
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