Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012
Acabemos com a tourada em Portugal
Num mundo que vive de noções deturpadas, vejo muita gente a defender matérias como se tivessem uma perfeita definição do que é arte e principalmente como se achassem donos e senhores da definição de 'cultura'. A prova disso mesmo é a ignóbil convicção - num certo cultivo grotesco de uma profunda ignorância - de que o prazer na tourada não é consequência da tortura e do sofrimento de um animal inocente, isto é o touro entra na arena porque é seu destino ser toureado. Não é necessário salientar a indigência de semelhante... não lhe vou chamar raciocínio, mas absurda dedução... A «lógica» pseudo-moralista desta maralha é a mesma das beatas que passam horas infindáveis em oração por si próprias. Ou a dos doentes mentais que passam horas a puxar o brilho ao pelo dos cavalos numa mostra doentia de um afecto que terminará um dia pelos transformar em base de mesas depois de serem feridos de morte, mas que no entanto não são capazes de se levantar para afagar o bebé que chora a meio da noite, pois isso não é coisa de macho e a mulher que o faça. Que dizer de quem acha que o sentimento que se pode ter por um animal, o prazer de partilhar momentos de alegria e a angústia de uma correria para o veterinário, não passam de modas? Tudo não passa de um sentimento menor, ressabiado, de uma pequenez sem sentido e de um profundo sentimento de frustração perante a vida e a sociedade que os envolve. Partir do princípio de que o homem é o único que pode ter direitos e de que o direito é uma realidade cultural, é a mais profunda demonstração de uma falácia ignorante e desprovida de qualquer sentido.
O homem, como ser sapiente, tem a obrigação moral de defender os animais e essa defesa é o exponencial moral da condição humana, jamais sendo uma degradação da sua humanidade. Rotular os movimentos anti-taurinos como uma tendência social de origem urbana, é não compreender o mundo rural e uma tentativa de conflitualidade entre dois «mundos». Note-se a utilização do termo virilidade como uma justificação do meio pró-tourada como que o confronto entre o animal e a besta (e a besta não é o touro), viesse provar a superioridade do homem. As próprias justificações pró-taurinas são a imagem reflectida de um pensamento que se quer erradicado de uma sociedade evoluída. O meio rural não é, sendo-o só na tacanha visão de uma mente doentia, um mundo violento e pouco higiénico, e tão pouco um mundo onde a aceitação da tourada é plena. É a eterna dicotomia aldeia versus cidade sem nunca terem a noção de que "aldeia sempre foi sinónimo de isolamento e conformismo, de mesquinhez, aborrecimento e mexerico." Esta só o é porque se acha conveniente manter um povo ignorante e estúpido, pois um povo que não questiona é um povo e uma sociedade submissa e permissível à violência das touradas.
por
Rui Barbosa
tags: anti-tourada,
artigos,
crueldade,
cultura,
opinião,
portugal,
tauromaquia,
tortura,
touradas,
touro de lide,
touros,
tradição
Terça-feira, 31 de Julho de 2012
Tourada não é CULTURA!
20% de desconto em toda a cultura!- Será que posso comprar um bilhete para a tourada?
Não... Tourada NÃO É CULTURA!!!
Segunda-feira, 21 de Junho de 2010
A CULTURA CRUEL E EQUIVOCADA DE UMA NAÇÃO - A ESPANHA!
Segunda-feira, 31 de Maio de 2010
Mais vergonhas da nossa tradição e cultura(?)
Deus quere, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou creou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Por Lilian Garrafa (da Redação)
A exploração de animais segue a passos largos em Portugal. Tradição e cultura são confundidos com maus-tratos e ignorância em dois eventos que ocorrem nesta época no país.
(Foto: Reprodução/Folder de divulgação)
O “Grande Prêmio” consiste numa corrida de caracóis, que aconteceu na noite de sábado em Torneira/Serrião e contou com 49 participantes de Coimbra e do Porto. Os participantes são crianças, surpreendentemente selecionadas pelos estabelecimentos de ensino da região para “conduzirem” os moluscos. Os animais são, de forma bizarra, “trajados a rigor” e pintados para a corrida. Evidente que as crianças enxergam os pobres moluscos como brinquedinhos, coloridinhos, com os quais podem satisfazer sua ansiedade pueril. Para aumentar a velocidade dos caracóis, os treinadores borrifam os animais com água.Boi acuado e indefeso na corrida 'Vaca das cordas".
(Foto: Reprodução/pontedelima.net)
A outra corrida acontecerá na próxima quarta-feira em Ponte de Lima. A corrida da ‘Vaca das Cordas’ é considerada “tradição secular” e leva à vila mais antiga de Portugal milhares de pessoas oriundas não só da região Norte, como da vizinha Galícia. O sádico e covarde ato consiste em milhares de pessoas correndo atrás do boi, que, preso por cordas, é obrigado a fugir dando três voltas na igreja. Às vésperas de Corpus Christi, a tortura exercida por uma massa cegada pela cultura inquestionável assemelha-se à farra do boi feita no Brasil – outra tradição que, apesar de proibida, continua alardeada por Santa Catarina. Mais uma vez a religião é usada para justificar a crueldade contra animais, que, acuados e sem nenhum direito de defesa, são brutalmente utilizados para exorcismo das frustrações e expiação dos “pecados” humanos.
Fonte:
ANDA
Mais vergonhas da nossa tradição e cultura(?)
Deus quere, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou creou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Por Lilian Garrafa (da Redação)
A exploração de animais segue a passos largos em Portugal. Tradição e cultura são confundidos com maus-tratos e ignorância em dois eventos que ocorrem nesta época no país.
(Foto: Reprodução/Folder de divulgação)
O “Grande Prêmio” consiste numa corrida de caracóis, que aconteceu na noite de sábado em Torneira/Serrião e contou com 49 participantes de Coimbra e do Porto. Os participantes são crianças, surpreendentemente selecionadas pelos estabelecimentos de ensino da região para “conduzirem” os moluscos. Os animais são, de forma bizarra, “trajados a rigor” e pintados para a corrida. Evidente que as crianças enxergam os pobres moluscos como brinquedinhos, coloridinhos, com os quais podem satisfazer sua ansiedade pueril. Para aumentar a velocidade dos caracóis, os treinadores borrifam os animais com água.Boi acuado e indefeso na corrida 'Vaca das cordas".
(Foto: Reprodução/pontedelima.net)
A outra corrida acontecerá na próxima quarta-feira em Ponte de Lima. A corrida da ‘Vaca das Cordas’ é considerada “tradição secular” e leva à vila mais antiga de Portugal milhares de pessoas oriundas não só da região Norte, como da vizinha Galícia. O sádico e covarde ato consiste em milhares de pessoas correndo atrás do boi, que, preso por cordas, é obrigado a fugir dando três voltas na igreja. Às vésperas de Corpus Christi, a tortura exercida por uma massa cegada pela cultura inquestionável assemelha-se à farra do boi feita no Brasil – outra tradição que, apesar de proibida, continua alardeada por Santa Catarina. Mais uma vez a religião é usada para justificar a crueldade contra animais, que, acuados e sem nenhum direito de defesa, são brutalmente utilizados para exorcismo das frustrações e expiação dos “pecados” humanos.
Fonte:
ANDA
Domingo, 11 de Abril de 2010
Gabriela "Canalhavilhas"
Gabriela "Canalhavilhas"
Gabriela "Canalhavilhas"
Terça-feira, 16 de Março de 2010
Verónicas, chicuelinas e cultura
2010-03-09
Uma associação de forcados amadores "lá do Sul" organizou um espectáculo de beneficência que - é evidente - seria constituído por um festival taurino. Um dos beneficiados (mas que despudor!) seria uma associação… de amigos dos animais. Que, vá lá!, teve o bom senso de recusar a ajuda de "um festival que tortura animais".
A tal não ter acontecido, aceitar-se-ia que, a seguir, e para ajudar qualquer associação de apoio às vítimas da violência doméstica, um clube de boxe sugerisse conseguir fundos com um combate entre um homem e uma mulher (de preferência ele de luvas e ela de mãos nuas).
Estas minhas considerações devem-se, se calhar, ao facto de ser um bota-de-elástico que não aprecia espectáculos tão… tão… (falta-me o adjectivo!) como a tourada ou o boxe. Ora sucede que este até é conhecido por "nobre arte" e aquela é considerada por muitos como uma das mais nobres ainda tradições nacionais (e é por isso que mesmo uma TV oficial como a RTP não tem problemas em nos brindar com transmissões directas e integrais da arte de bem cavalgar toda a sela e torturar todo o touro).
Mas estarei errado - pelo menos pensará a ministra da Cultura, pois acaba de criar uma Secção de Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura. Houve quem se indignasse - mas, afinal, não será Gabriela Canavilhas que está certa? Os passos elegantes dos cavaleiros não serão um autêntico ballet? O sangue que jorra dos golpes das bandarilhas não lembrará teatro de tragédia do melhor? O amontoado de forcados dominando o touro não sugerirá uma obra de estatuária? O coro dos olés não pedirá meças aos coros wagnerianos?
Portanto!... Há de facto que olhar estes assuntos de cultura com espírito aberto, moderno, como, aparentemente, o da ministra.
Verónicas, chicuelinas e cultura
2010-03-09
Uma associação de forcados amadores "lá do Sul" organizou um espectáculo de beneficência que - é evidente - seria constituído por um festival taurino. Um dos beneficiados (mas que despudor!) seria uma associação… de amigos dos animais. Que, vá lá!, teve o bom senso de recusar a ajuda de "um festival que tortura animais".
A tal não ter acontecido, aceitar-se-ia que, a seguir, e para ajudar qualquer associação de apoio às vítimas da violência doméstica, um clube de boxe sugerisse conseguir fundos com um combate entre um homem e uma mulher (de preferência ele de luvas e ela de mãos nuas).
Estas minhas considerações devem-se, se calhar, ao facto de ser um bota-de-elástico que não aprecia espectáculos tão… tão… (falta-me o adjectivo!) como a tourada ou o boxe. Ora sucede que este até é conhecido por "nobre arte" e aquela é considerada por muitos como uma das mais nobres ainda tradições nacionais (e é por isso que mesmo uma TV oficial como a RTP não tem problemas em nos brindar com transmissões directas e integrais da arte de bem cavalgar toda a sela e torturar todo o touro).
Mas estarei errado - pelo menos pensará a ministra da Cultura, pois acaba de criar uma Secção de Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura. Houve quem se indignasse - mas, afinal, não será Gabriela Canavilhas que está certa? Os passos elegantes dos cavaleiros não serão um autêntico ballet? O sangue que jorra dos golpes das bandarilhas não lembrará teatro de tragédia do melhor? O amontoado de forcados dominando o touro não sugerirá uma obra de estatuária? O coro dos olés não pedirá meças aos coros wagnerianos?
Portanto!... Há de facto que olhar estes assuntos de cultura com espírito aberto, moderno, como, aparentemente, o da ministra.