Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Segunda-feira, 31 de Maio de 2010
Justiça Capixaba Diz SIM aos Animais !!
MINISTÉRIO PÚBLICO E POLÍCIA CIVIL DO ES SE ALIAM À CAUSA ANIMAL!! Finalmente,depois de longos anos, a Justiça do ES se declina à Causa Animal e se une à Luta Contra às Maldades e aos Maus-Tratos contra nossos Irmãos...
Na ultima terça-feira,dia 25, aconteceu no ES mais um evento histórico em prol de um Mundo Mais Justo para com os Animais.
DELEGADO GERAL DA POLÍCIA CIVIL DO ES APOIA E TOMA MEDIDAS EFETIVAS PARA CRIAÇÃO DA PRIMEIRA DELEGACIA ESPECIALIZADA EM PROTEÇÃO ANIMAL DO ES... Reunião com Delegado-Chefe da Polícia Civil-ES
Capitaneado pelo aliado da Causa Animal no ES, deputado estadual Dr. Hercules(PMDB),uma coalisão de ONGs, apoiada pela AMAES-ASSOCIAÇÃO AMIGOS DOS ANIMAIS DO ES , se reuniu com o Delegado-Chefe da Polícia Civil do ES, dr. Júlio Cezar. No encontro foi apresentado à autoridade máxima da Polícia Civil do ES o Projeto de criação da Primeira Delegacia de Proteção e Defesa Animal do ES ,proposta já apresentada ao Governador do Espírito Santo. Associado e Amigos da AMAES: Será uma das maiores conquistas da Causa Animal no ES essa Delegacia da Polícia Civil. Com a criação dessa delegacia, todos vocês terão um canal institucionalizado, que "entenderá suas línguagens", respeitará sua denúncia e tomará as providências legais imediatamente,inclusive com a detenção imediata do delinquente.
De pronto, o delegado-chefe se mostrou totalmente sensibilizado e favorável à matéria e se comprometeu à, independente dos trâmites legais, tomar providências internas imediatas para que o desejo das entidades protetoras de animais se concretize na prática e em tempo curto: Para ganhar tempo e se adiantar aos trâmites burocráticos e legais se propôs a incluir,por determinação pessoal, as funções e deveres da futura Delegacia que coibirá crimes contra animais à Delegacia de Meio Ambiente, que já está instalada. De acordo como delegado "dado à urgência da matéria, é sua contribuição pessoal,para que o tema já tenha um andamento prático e rápido".Na mesma reunião,já agendou uma segunda reunião com representantes jurídicos das entidades de proteção animal,para alinhavar detalhes técnicos e práticos que permitirão um elo funcional e eficaz entre a estrutura da Polícia Civil e as sociedades protetoras,para que a coibição aos crimes de maus-tratos seja realizada de forma eficiente,rápida e em comum acordo com as duas partes.
PROCURADOR GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO TAMBÉM APOIA A CAUSA ANIMAL,DIZ "SIM" À CRIAÇÃO DE PROMOTORIA ESPECIAL E ASSINA O ABAIXO ASSINADO PELA DUBEA-DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE BEM-ESTAR ANIMAL.
Procurador Geral do MP recebendo material da AMAES/WSPA Procurador Geral do MP assina e mostra a DUBEA Diretoria da AMAES junto às entidades presentes Na mesma manhã, o grupo de entidades de proteção animal se dirigiu para a sede oficial do Ministério Público estadual, onde foI recebido pelo Procurador Geral de Justiça do ES,Dr. Fernando Zardini. Na ocasião, o deputado Dr. Hércules, representanto as entidades presentes entregou ao Procurador-Geral da Justiça o Projeto de Criação da Primeira Promotoria Especializada em Proteção e Direiros dos Animais do ES,proposta já protolada anteriormente.
Associados e Amigos da AMAES. Nosso sonho se concretiza com a criação dessa Promotoria. Sabem vocês que a Delegacia de Polícia civil abre o processo judicial,prende o delinquente e encaminha o processo à Promotoria de Justiça para que o processo legal siga para julgamento final junto a um juiz.
Na ocasião, o Vice-Presidente e Diretor de Educação Humanitária da AMAES, Rômulo Vitório, fez uma rápida apresentação ao procurador do que representava o movimento de proteção Animal no Brasil e no Mundo, seus objetivos,suas práticas e seus desafios. Também foram entregues ao procurador vários informativos produzidos pelaWSPA,incluindo cópias dos documentários "Animais Seres Sencientes" e"Compatilhando o Mundo".
Ao final, o procurador se disse extremamente sensisibilizado por tudo o que ouviu,demonstrando-se plenamente favorável à criação da futura Promotoria e se comprometeu a pessoalmente, se esforçar para que o pleito se concretize no menor tempo.Informou que uma reforma administrativa está em andamento no MP do ES e que fará questão que a futura Promotiria esteja presente no projeto que será apresentado à Assembléia Legislativa, ainda neste semestre.
Para demonstrar seu comprometimento, o procurador-geral fez questão de, ao final da reunião, assinar solenemente o abaixo-assinado-autoridade pela DUBEA-Declaração Universal do Bem-Estar Animal, campanha internacional de autoria da WSPA , cujas assinaturas estão sendo colhidas nos 148 países em que a instituição atua, que serão entregues ao final do ano de 2010 à ONU-Organização das Nações Unidas. O objetivo é colher 10 milhões de assinaturas. A partir do recebimento, a ONU,da sua parte, criará determinações para que todos os seus países membros incluam o Tema Bem-Estar Animal como parte necessária nos planejamentos sociais de cada país.
Os 02 eventos em Vitória demonstram que as autoridades instituídas têm capacidade de se sensibilizarem pela Causa Animal , na proporção que a sociedade civil demonstra seu real desejo da implantação de um Mundo Novo onde o Bem-Estar Animal Importe e que os Maus-tratos contra os mesmos tenham Fim.
Participaram dos eventos, representante do IBAMA ,do CRMV-ES e da SOPAES.
Dividimos com todos vocês os méritos dessas 02 conquistas, aproveitando a oportunidade para mais uma vez agradecer ao deputado Dr.Hércules,que dedicadamente tem convencido todos os níveis der autoridades instituídas capixabas a abrirem as portas dos seus gabinetes e ouvirem as Vozes das Entidades de Proteção Animal do estado.
Durante esta semana , seguindo a mesma dinamica da bem sucedida ação junto ao Prefeito de Vitória(por ocasião da sanção da Lei 9.710), a AMAES estará coordenando uma campanha massiva de e-mails para os gabinetes do Procurador Geral de Justiça e do Delegado-Chefe da Polícia Civil., pedindo e incentivando-os a agilizarem as providências para criação da Promotoria e da Delegacia Especial. Precisamos contar com sua participação nessa campanha,lembrando que autoridades do poder público tomam suas importantes decisões baseadas no clamor da sociedade ciivil. O Movimento de Defesa dos Animais no ES,embora muitos ainda não saibam, é forte e decidido e tem poder de persuadir todas as instituições sociais em prol daqueles que não Tem Voz para Se Defenderem e Fazer Cumprir os Seus Direitos.l
Abraço.
AMAES-ASSOCIAÇÃO AMIGOS DOS ANIMAIS DO ES
DIRETORIAS.
Fonte: e-mail enviado por uma amiga ativista, Adriana Laeber (GALA- Grupo Abolicionista pela Libertação Animal - www.veganvix.blogspot.com )
Animais excepcionais: Casper, o gato!
Esse é Casper, que vive em Plymouth, na Inglaterra. Há anos Casper embarca na linha de ônibus que passa em frente à sua casa, faz todo o percurso da linha e desce quando o ônibus passa de novo em frente à sua casa. A empresa orienta os motoristas para que fiquem atentos quando passarem em frente ao ponto de ônibus de Casper já que ele se tornou freguês fixo e muito estimado.
Nota: Só num país como a Inglaterra onde protegem e respeitam os animais (alguns, porque comem outros) os animais e cuidam como em nenhum outro que conheço. Aqui em Portugal o Casper já estaria, com toda a certeza, num gatil, ou morto!
Sábias palavras
O Avatar indiano Meher Baba observou um longo período de silêncio e utilizava para sua comunicação um quadro negro. Após questionado por seus discípulos sobre aquela atitude, em 1954 ele largou sua lousa e disse "De agora em diante não mais usarei esse quadro"
Os discípulos pensaram que isso seria um sinal de que ele quebraria definitivamente seu voto de silêncio, mas os dias transcorreram sem novidades, além de ter começado a usar gestos para a comunicação. Tudo que ele dizia se referindo a seu silêncio era "que fardo isto é". Mas não um fardo sem propósito - para o nosso bem.
Entretanto, foi-lhes concedido um último benefício disso, quando um dia ele os questionou:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Os homens pensaram por alguns momentos:
- Porque perdemos a calma e queremos expressar nossa raiva - disseram eles - por isso gritamos.
- Sim, elas podem expressas sua raiva dessa maneira, mas por que gritar quando a outra pessoa está ao teu lado? - perguntou Baba - Não é possível falar-lhe em voz baixa? Porque se grita a uma pessoa quando se está aborrecido?
Os homens deram algumas respostas mas nenhuma delas satisfazia ao Baba.
Finalmente ele explicou:
- Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para escutar-se um ao outro através desta grande distância.
Em seguida Baba continuou, pois queria entendesse o mesmo assunto sob um ângulo diverso:
- O que sucede quando duas pessoas se enamoram? Elas não gritam mas sim se falam suavemente, por quê? Seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Baba continuou:
- Quando se enamoram acontece mais alguma coisa ? Não falam, somente sussurram e ficam mais perto ainda de seu amor. Finalmente não necessitam sequer sussurrar, somente se olham e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Essa era a razão porque Baba observava silêncio. Não havia necessidade para uma troca de palavras. Como ele disse uma vez a seus discipulos: "Estou mais perto de vocês que sua própria respiração."
Renata Octaviani
Tradução livre de "THE ANCIENT ONE", pp. 101-102 - Copyright 1985 Naosherwan Anzar. Disponível no site
"Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem. Não digam palavras que os distanciem mais, chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."
Abrace um VEGetariANO!!!
Estou me candidatando a abraços! Mais uma divertida estratégia do PETA para obter visibilidade:
"Quantos vegetarianos você consegue abraçar em um dia?
Ou ainda melhor, como vegetariano, quantos abraços você consegue em um dia? Você não pode negar que isso - abraços fazem você se sentir bem (a menos que você seja forçado a abraçar um cara muito assustador), e abraçar um vegetariano, bem, não se fica melhor que isso. Nessa sexta, 29 de Setembro, é o dia internacional "Abrace um Vegetariano", e nós precisamos da sua ajuda para marcar um record do maior dia de abraços vegetarianos na história!
Click aqui para abraçar, e depois encaminhe a mensagem a seus amigos pedindo que eles se cadastrem também! Já que nós estamos tentando um record mundial, para ter o maior número de abraços em um dia, nós precisamos de toda a ajuda que conseguirmos para espalhar a notícia pelo mundo.
Click aqui para Web Banners que você pode colocar em seu site, blog, "MySpace" ou qualquer outra página pessoal que você tenha.
Obrigada por tudo o que você faz pelos animais, eu estou tentando abraçar você pelo meu computador nesse momento.
A carne e a evolução
Algumas pessoas questionam os vegetarianos, partindo da teoria de que o consumo de carne foi essencial à evolução da espécie.Como eu não tenho formação científica para discutir a teoria em si (e nem teria razão para isso), para essas horas eu resolvi deixar a argumentação tradicional de lado e adotar uma fábula, mostrando como esse tipo de estudo não influencia a validade do vegetarianismo:
Vamos imaginar o seguinte - um homem das cavernas que vamos chamar carinhosamente de Ugh. Ugh é praticamente um macaco, não tem a menor idéia do que seja agricultura e come o que consegue coletar nas árvores (isso quando não é inverno). Ugh então é um pobre homem-primata praticamente desnutrido.
Em um dia que não tinha absolutamente nada pra comer Ugh resolve imitar os animais dos quais normalmente foge e caça um animal pra comer. Ah, detalhe, antes disso ele desceu das árvores, teve que desenvolver alguma ferramenta, então a mudança de ambiente tb força uma evoluçãozinha... Temos agora a seguinte situação: Ugh continua comendo seus escassos vegetais como um bom menino, mas complementa com uma carne. De repente ele aumenta a ingestão de proteínas e gordura, algo meio escasso nas fontes vegetais da época. E claro que o organismo dele vai responder a esses estímulo.
O problema é que a carne, muito embora seja digerida pelo Ugh, tem uns efeitos bem desagradáveis e metade da tribo dele acaba morrendo pois a digestão é bastante estranha. Enquanto estavam, literalmente, "ughando", viram almoço de algum tigre mal intencionado. Os que resistem são os que aguentam melhor a digestão do bagulho - muito embora nosso intestino permaneça até hoje longo (mais próximo de um herbívoro que de um carvívoro). Quando descobrem o fogo, entretanto, a mastigação e digestão da carne acabam ficando facilitadas, aumentando o consumo. Mas os vegetais nunca foram deixados de lado - e o cozimento de tubérculos, aumentando a energia disponível, também é um marco evolucionário.
Aliás, carne é um alimento tão estranho que basta pensar no que o Dr. Atkins descobriu: se vc passar um mês comendo apenas carne, vai emagrecer (pois seu corpo entra em estado cetônico, o que não é saudável). Aliás, terá zilhões de complicações, mas é só para mostrar que não existe nenhum humano realmente carnívoro (pão, feijão e arroz são de origem vegetal, caso alguém não lembre).
Acontece que um dia mais belo ainda o Ugh (um descendende após milhões de anos) descobre que não precisa ficar indo de caverna em caverna pois se ele plantar algumas coisas elas nascem. Bem, a alimentação dele fica bem mais variada e mais fácil.
E aí, ele não só começa a parar de se preocupar com comida como tem tempo pra desenvolver outras coisas e tem até tempo pra ficar pensando (óóóóó - uau, pensar desenvolve o cérebro). Se temos ciências, filosofia, artes, isso se deve principalmente à agricultura que possibilitou ao homem algum tempo livre, não precisando mais se deslocar noite e dia em busca de alimentação.
Passamos vários milênios. Ugh (deve ser Ugh MCCLXXIX) hoje em dia é um advogado meio estressado e, porque a avó disse que ficaria doente sem carne, come até hoje. Só que ele tá meio obeso, hipertenso, com o colesterol alto, mais velho do que sua idade e um sério candidato a câncer de intestino... Mas como é que ele vai sobreviver sem o churrasquinho do final de semana?
Mas hoje em dia o Ugh não é nem caçador nem agricultor (tem gente que faz isso pra ele. Aliás, ele nem sabe de onde vêm metade das coisas que ele come, sem contar que ele não faz esforço físico nenhum pra isso). Ele tem disponibilidade de todo tipo de alimento que possa imaginar.
A grande questão é que NÃO EXISTEM ALIMENTOS ESSENCIAIS, EXISTEM NUTRIENTES ESSENCIAIS. Ou seja, dá pra viver muitíssimo bem e sem as desvantagens da carne. Será que esse não é o próximo passo da evolução? (Sim, é provocação.)
Então, vamos aos nutrientes que todo mundo invoca para não parar de comer carne:a) Proteína: o organismo não absorve proteínas, absorve aminoácidos. Muito embora a carne contenha todos os chamados "aminoáciodos essenciais" (claro, é um ser vivo bem parecido conosco), ela não é a única fonte. As combinações (ao longo do dia, não é necessário ser na mesma refeiçã) de leguminosas com cereais preferencialmente integrais, cereais com oleaginosas (ou laticínios) ou sementes com leguminosas suprem as necessidade desses aminoácidos. Vegetarianos praticam atividade física e conseguem ganho de massa muscular; há inclusive vários atletas de alta performance vegetarianos. b) Ferro: vegetais possuem o chamado "ferro não heme" (carne tem 60% do ferro nessa forma, também, mas não vamos aumentar a discussão). Pra absorver esse tipo de ferro, a única coisa que a pessoa tem que se preocupar é com manter uma ingestão adequada de vitamina C diária (ou seja, tem que fazer o que qualquer onívoro minimamente consciente com sua dieta faria). O fato é que índices de anemia em populações creófilas e vegetarianas são equivalentes, evidência que afasta a necessidade da carne. c) Zinco: existe abundantemente em ovos, leite, feijões, sementes e castanhas.d) Vitamina B12: tem em ovos e leite também. 1 gema ou 2 fatias de queijo por dia suprem a necessidade diária. Só que vitamina B12 é produzida por bactérias que moram no intestino de alguns animais (nós produzimos mas não absorvemos, a príncípio) e casca de frutas contaminadas (que, como lavamos, não dá pra contar como fonte). Então tem muito vegetariano que não come leite ou ovo e está bem pois faz suplementação (que pode ser desde tomar pílulas uma vez por semana, injeção uma vez por ano a comer algum alimento enriquecido). Fazer suplementação não é nada demais (a imensa maioria dos brasileiros, que vivem longe do litoral, depende da suplementação de iodo. Mas, como ele é adicionado ao sal, ninguém nem lembra disso).
Ugh não vive mais em "estado de natureza" e não depende de carne para mais nada. Mora em cidades, usa computadores, habita construções de alvenaria e troca dinheiro por comida. Invocar esse tipo de argumento para tentar invalidar o vegetarianismo denota, no mínimo, um grande desconhecimento da questão nutricional e da nossa realidade. por Renata Octaviani
Vegetarianismo - Gênero e Espécies
Há algum tempo noto que diversas pessoas vêm questionando o conceito de vegetarianismo, na tentativa de excluir dessa escolha alimentar a grande maioria do grupo, ou seja, aqueles que ainda utilizam ovos ou leite na alimentação.Ainda, utilizam-se de questões terminológicas e de um termo contido nos dicionários brasileiros, o "vegetarismo", para sustentar essa posição. Discordo e exponho minhas razões:
Vegetarianismo é um termo equívoco mas certamente não é um termo equivocado, em especial para designar suas espécies. Equívoco é um termo que pode ter mais de um sentido. Assim como, por exemplo "direito" (que pode significar uma posição/lado, uma conduta, uma ciência ou um sistema de normas, apenas para ilustrar a questão).
Vegetarianismo portanto tem duas acepções: como gênero, mais abrangente, e como espécie, mais restrito.
Enquanto gênero, devemos aceitar que designa um estilo de alimentação, de um modo geral. As definições da IVU e da VegSoc (duas importantes entidades sobre a questão) acabam com qualquer dúvida:
VegSoc (Britsh Vegetarian Society, a mais antiga organização do tipo em atividade): A vegetarian is someone living on a diet of grains, pulses, nuts, seeds, vegetables and fruits with or without the use of dairy products and eggs (preferably free-range). http://www.vegsoc.org/info/definitions.html
IVU (: For the purpose of membership of IVU, vegetarianism includes veganism and is defined as the practice of not eating meat, poultry or fish or their by-products, with or without the use of dairy products or eggs. http://www.ivu.org/faq/definitions.html (mesma definição utilizada pela SVB)
Então, fica claro que para as entidades mais antigas e mais ativas, a palavra vegetarianismo engloba uma série de comportamentos, adimitindo o uso de ovos e leite. Assim, passamos ao próximo ponto: porque o nosso dicionário coloca vegetarianismo como alguém que come exclusivamente vegetais?
A primeira resposta (e a mais provável) é a de que ele se referiu apenas a vegetarianismo enquanto espécie.
Retomando, entendo - de acordo com as definições invocadas - que vegetarianisno é gênero que designa opção alimentar, do qual temos as seguintes espécies: ovolactovegetariano
lactovegetariano
ovovegetariano
vegetariano (ou "vegetariano puro" ou "vegetariano em sentido estrito")
Assim, o "vegetariano" a que se refere o dicionário é apenas a espécie, que não come carne e não faz uso nem de leite nem de ovos. Tanto que notamos que existe no dicionário também o termo ovolactovegetariano, inclusive indicado como referência depois da definição de vegetariano.
Outra resposta possível é que dicionários são apenas breve referências a termos diversos, não sendo dotados de definições precisas sobre todos os termos. Tanto que as palavras "lactovegetariano", "ovovegetariano" e "vegano/veganismo" sequer são mencionadas.
Quanto ao termo vegetarista, precisamos de ume breve busca em textos escritos em francês para perceber que vegétarisme e vegetarianisme são tratados como sinônimos ou no mínimo relacionados. Se o vegetarismo algum dia foi um movimento autônomo, acabou sendo absorvido pelo vegetarianismo. Ou talvez possa ser encarado como um estágio intermediário, o que acarretaria gênero (vegetariano)-> espécie (vegetarista)->sub-espécies (ovolactovegetariano, lactovegetariano, ovovegetariano).
Ora, o que nos resta se excluirmos esses grupos? O vegetarianismo estrito, ou o veganismo.
Ocorre que a fundação da Vegan Society, em Novembro de 1944, ocorreu após uma longa gestação iniciada com debates em 1909 justamente sobre a ética do consumo de derivados de leite dentro da British Vegetarian Society, e o termo "vegan" - derivado de VEGetariAN - foi criado por Elsie Shrigley e Donald Watson. Ocorre que os veganos eram conhecidos de início como "non-dairy vegetarians". Assim, é evidente que o consumo de produtos animais que não as carnes pode fazer parte da dieta vegetariana.
A diferença essencial do veganismo para o vegetarianismo estrito é a motivação, que será sempre ética. Não existe um vegano por razões não éticas (por mais que vejamos pessoas se denominando como tal). Mas pode-se argumentar que um vegano possui toda uma orientação de consumo, voltado a itens não alimentares; o que é verdade hoje em dia, mas não exclui duas realidades:
a) Existe um grande número de vegetarianos, que talvez consumam ovos e leite, que também faz suas compras pautado na sua decisão alimentar. Não são veganos, são vegetarianos, mesmo com motivação ética;
b) Existe mais de um estágio de veganismo. Não consumir ovos e leite é o primeiro, os demais dependem de adaptação.
Assim, o grande diferencial entre veganos e vegetarianos em geral é:
a) Motivação ética, cumulada com
b) Não consumir alimentos de origem animal (e, em diversos estágios que não são denominados, o "origem animal" pode ficar mais abrangente, assim como mudar-se alimentos para produtos)
O que quis mostrar com isso é que ovos e leite ainda são a grande diferenciação entre veganismo e vegetarianismo.
Quanto à afirmação de alguns de que vegetarianos que comem ovos e leite não são nada além de "onívoros que se abstêm de carne", essa afirmação deve ser revista. Até porque, os contra pontos de onivorismo são biológicos e não ideológicos, que são herbivorismo e carnivorismo.
Nesse sentido, concordo com o termo usado pela Marly Winkler da SVB ao se referir a quem come carne: creófilos, ou seja, pessoas que são afins à idéia de se alimentar com carne. Ninguém deixa de ser, biológicamente, onívoro ao escolher se alimentar exclusivamente de vegetais. Nem os veganos. Não somos herbívoros, não somos carnívoros, somos sempre onívoros com alguma opção alimentar.
E o contraponto mais adequado de vegetarianismo seria a creofilia, jamais o onivorismo. Portanto, vegetarianos em geral são onívoros que não consomem carne, podendo ou não fazer uso de ovos, leite e mel.
Por fim, não podemos esquecer que o termo "vegetariano" não vem de "vegetais" mas sim de vegetus (que significa vigoroso, saudável). Portanto, a ingestão de outros alimentos que não vegetais, desde que não sejam carne (porque o "vigoroso" não se alimenta diretamente de morte visível de um animal), não desqualifica a opção.
Aceitar essa nova definição de "vegetarianismo" é um desserviço ao vegetarianismo. Essa é uma opção alimentar que trabalha em cima da hipótese de semelhança. Da nossa com os animais, da nossa dor com a deles.
Então, porque dar força a teorias que querem ressaltar as diferenças?
Não bastasse, não podemos deixar de considerar os aspectos históricos dessa escolha.
Ninguém nega que diversos grupos religiosos (muitos com raízes milenares) são grandes difusores do vegetarianismo como o Bramanismo, Budismo, Jainismo, Zoroatrismo, Adventistas do Sétimo Dia, Hare Krishnas, entre outros. E o grande problema sempre foi o consumo de um corpo (tanto que o não consumo de ovos para muitos desses grupos normalmente é calcado na idéia de que poderia gerar uma vida).
Quiçá o berço do vegetarianismo seja o oriente. Mesmo grandes pensadores ocidentais como Pitágoras (que, aliás, era lactovegetariano) podem ter bebido dessa fonte, o que se nota ao analisar os textos de orientação de conduta a seus discípulos. Rousseau, ao escrever Emílio - Da Educação, recomenda claramente a dieta vegetariana, ovolactovegetariana.
Os escritos de Plutarco, Sêneca, Sócrates e Diógenes, além de escritores modernos como Alexander Pope, Volteire e Lamartine e um sem número de outros intelectuais sempre priorizaram o horror da idéia de se alimentar de outro corpo, de sangue. Portanto, a carne em si sempre foi o maior problema do vegetarianismo.
O que faremos se adotarmos essa nova classificação? Desconsideraremos textos e citações desses "onívoros que não comem carne"?
Aliás - e mudando o foco do assunto - embora eu entenda a necessidade de se estimular uma dieta vegana, essa tática exclusiva pode não ser a melhor. Hoje em dia muito se fala de veganismo. Entretanto, nota-se que a adesão ao veganismo parte normalmente de pessoas que já são vegetarianas.
Os novos membros quase sempre se interessa pela idéia inicial de não comer um outro corpo. Aos poucos, deixar leite, ovos e mel pode ser uma opção ou uma conseqüência inevitável da premissa adotada e que pode ser estimulada. Mas isso não tem nada a ver com o conceito objetivo.
Nota-se também uma corrente que mantém o consumo desses produtos, mas os busca em fontes mais éticas (granjas de ovos "ranch free" por exemplo, ou consomem apenas derivados dos animais dos quais cuida ou convive).
Portanto, quem se abstém de carnes em geral e come leite ou ovos também é vegetariano (gênero)
A curiosa história da nossa comida
Há seis milhões de anos, nossos ancestrais curtiam comer umas raízes, umas frutinhas, umas folhas. Esses hominídeos conseguiam tirar todos os nutrientes de que precisavam da natureza sem precisar matar. O problema é que havia uns bichos bem maiores do que nós naquela época, e na dieta deles, nós éramos o prato principal. Depois de um tempo, quando já éramos um grupinho maior, não dava para ficar andando pra lá e pra cá toda hora atrás de frutas. Afinal, o mundo era bastante perigoso.
Adaptação. Este é o segredo da sobrevivência no mundo. O mundo muda e a espécie que não se adapta é extinta invariavelmente. Não existe progresso ou grau de competência. O fato é que se a espécie existe é porque ela está adaptada. Quando ela perde essa capacidade, babau! Essa mudança de ambiente pode acontecer quando, por exemplo, um meteoro gigante cai na terra e levanta poeira ou quando uma espécie resolve usar suas penas para enfeitar chapéus ou ainda quando o seu alimento fica escasso.
O ser humano tem uma capacidade de adaptação tremenda. Não depende exclusivamente do acaso das mutações e da seleção natural de genes. Se precisamos de asas, nós mesmos as construímos. Se precisa de velocidade, não espera que seus descendentes desenvolvam pernas mais velozes; em vez disso, criamos veículos. Naquele tempo remoto, usamos nosso cérebro para aprender a caçar. Na carne dos animais, já encontrávamos uma série de nutrientes e proteínas concentradas. Nosso organismo, entretanto, não está preparado naturalmente para a digestão desse tipo de alimento (basta olhar nosso estômago, nossa arcada dentária, nosso intestino).
Mas a gente era um macaco pelado bem inteligente. Logo, logo a gente domesticou o fogo. Assando, queimando bem, ficava mais fácil de digerir. Mas, amiguinhos, de repente a gente entrou numa fria. Ou melhor: numa era glacial. A vegetação ficou coberta de neve e as baixas temperaturas teriam acabado com a humanidade se ela, mais uma vez, não usasse a inteligência para conseguir alimentos e peles para barracas e roupas. Acredito que a ponta de lança de pedra polida foi a maior invenção da humanidade. Se ela não houvesse sido criada, teríamos fatalmente deixado de existir.
Mas o sol voltou a brilhar. A era do gelo chegou ao fim. A terra voltou a dar seus frutos em abundância. Sim! Comida de verdade! Não precisávamos mais da degeneração de comer carne de outras espécies. Não precisaríamos nos culpar por termos comido cadáveres nos tempos da neve, afinal, era questão de sobrevivência. Mas agora não! Boa parte de nossos predadores havia deixado de existir e nós descobrimos como cultivar nossas próprias verduras e frutas.
Era sem dúvida um mundo mais saudável, mais bonito, mais gostoso, mais fácil de se viver. Estávamos em casa. Sério. Há duas experiências a se fazer para testar a teoria de que a gente era mais feliz nos campos férteis:
Primeira delas: tranque uma criança numa sala com uma maçã e um coelhinho. Observe se a criança vai comer a maçã e brincar com o coelho ou se ela vai caçar, matar e comer o coelho e depois brincar com a maçã.
Segunda: vá a um matadouro de bois. Sinta o cheiro, escute o barulho, olhe as cores. Depois vá a um pomar ou a uma horta e faça o mesmo processo sensorial: sentir o perfume, ouvir o som ambiente, contemplar a beleza. Em qual dos dois ambientes seu coração e seu corpo se sentiram melhor?
Naquele mundo pós-Era Glacial e pós-Revolução Agrícola, cara, dava pra gente ter construído uma História da Humanidade bem feliz e bonita. Tinha água, tinha terra fértil, tinha ar fresco. Não tinha tigre-dente-de-sabre querendo comer a gente como no passado, nem superbactérias querendo comer a gente como hoje. E além de tudo, a gente era o bicho mais esperto do planeta, capaz de criar coisas novas, fazer arte. Como a gente, cultivando a terra, estava na mais perfeita adaptação ao meio, não precisávamos mais nos preocupar com traçar estratégias para pegar mamutes. Nossa inteligência estava livre, com tempo para se divertir ou tentar responder certas perguntas como “quem sou?”, “de onde vim?”, “para onde vou?”. Enfim, o tipo de pergunta que você só pode se dar ao luxo de fazer depois de respondida a questão: “O que vou comer amanhã?”
Semana passada começamos a refletir sobre a história da relação da espécie humana com os ecossistemas dos quais fazemos e fizemos parte, com foco sobre a maneira como extraímos nosso alimento da natureza. Mesmo com a estrutura física de herbívoro (formato da arcada dentária, intestino longo, enzimas para digerir alimentos de origem vegetal), nossos ancestrais se submeteram a comer carne por uma única razão: sobrevivência.
Os primeiros hominídeos a experimentarem carne foram os Homo ergaster, desaparecidos há 250 mil anos. Eles comiam frutas, ovos e folhas. Mas em períodos de fome, começaram a comer carniça, restos das presas de grandes felinos.
Quando a comida escasseava ou ficava difícil vagar por aí por causa dos nossos predadores, a maneira de conseguir certos nutrientes era comer carniça, mesmo que isso fizesse mal em outros aspectos. Em condições extremas, as espécies humanas se mostraram capazes de tudo para tentar sobreviver. Em situações mais extremas ainda, até canibalismo cometeram.
Depois desenvolvemos técnicas de caça e domesticamos o fogo. Uma vez que a carne não é um alimento naturalmente feito para o homem, assá-la facilita um pouco a digestão. Matar animais foi fundamental para que os Homo sapiens (a nossa raça de homem) sobrevivessem a um período glacial, já que os animais abatidos forneciam pele e alimento.
Mas então o tempo do gelo acabou. O homem aprendeu a cultivar o solo, descobrindo que não precisava mais comer cadáver nem ter que sair procurando frutas por aí. Somos mesmo muito espertos e conseguimos descobrir mais ou menos como a vida funcionava e começamos a plantar. Não dava para ser um final feliz? Nossa espécie descobrir que a Terra dá em abundância o que a gente precisa (bastando adicionar água) não parece ser uma das nossas descobertas mais importantes? Tipo... O fim, para nós, do principal problema enfrentado pelos seres vivos: buscar alimento.
Mas alguns povos não tinham terras férteis. Tinham que andar. A melhor maneira de carregar alimento, pelo deserto por exemplo, é que esse alimento vá andando junto com a caravana. O pastoreio é uma boa solução.
Mas sabe que já descobriram como tornar a maior parte das terras estéreis em solo fértil? E tem lugar que não tem isso ainda por falta de vontade política, mas os egípcios antigos e civilizações pré-colombianas já descobriram há um tempão como irrigar a terra. Aos poucos, quase todos os povos da Terra se sedentarizaram.
Atrás de pimenta, descobriram terra
Mas vejam só os portugueses. Parece piada, mas eles continuaram a comer animais mortos mesmo tendo desenvolvido tanta tecnologia. Comer carne (principalmente quando ainda não havia geladeira e a coisa estragava e fedia mais rápido) é uma forçação de barra tão grande contra o organismo que os caras fizeram o maior fuá pra conseguir trazer especiarias (pimentas e outros temperos) das Índias para conseguir engolir aquilo. O bom disso é que (sem querer?) descobriram, em 1500, a terra que hoje chamamos de Brasil. Uma terra grande onde “se plantando tudo dá”, como escreveria ao rei o famoso Pero Vaz de Caminha (que morreu antes de voltar de sua viagem atrás de pimenta).
Aquela terra dava para plantar comida pra caramba para acabar com a fome do mundo, que poderia viver tranquilo, em harmonia, de barriga cheia, buscando progresso de maneira racional e justa. Mas nããão! Escravizaram pessoas, destruíram a vegetação natural e esgotaram o solo.
Encurtando a história: hoje um quarto do território nacional é usado na pecuária. Já acabou com os Pampas, o Cerrado, o Pantanal e agora invade a Amazônia, onde hoje tem mais boi que gente. Muito espaço usado para produzir pouco alimento para poucos. Além disso, no ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) divulgou estudo que aponta que metade das emissões de gases de efeito estufa no Brasil deve-se à pecuária. Além disso, em 2007, a FAO – órgão das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação mundial – alertou que no planeta cerca de 35% a 40% das emissões de metano vêm dos puns das vacas. O metano é 21 vezes mais prejudicial que o gás carbônico (CO2).
Além de a produção de carne gastar 14,7 vezes mais energia do que a produção de vegetais, ainda tem o problema da água. Para produzir um único quilo de carne são gastos 15.500 litros de água (o que a vaca bebe mais o quanto de água é gasto para produzir seu alimento: pasto e cereais). Enquanto que para produzir um quilo de soja gasta-se 1,8 mil litros; um quilo de arroz, 2 mil litros. Sem falar na poluição que a quantidade de fezes leva para os lençóis freáticos. Aí a água já sai da mina com coliformes fecais.
Diante disso, parece que vivemos um momento decisivo na história da humanidade. Se um dia tivemos que começar a comer carne para sobreviver, hoje é hora de deixarmos de comer ou reduzir radicalmente o consumo semanal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere a ingestão MÁXIMA diária de 42,85 gramas de carne vermelha por pessoa, isto é, 300 gramas por semana, que é o que o organismo aguenta “malemá”. Enquanto isso, o IBGE alerta que em média o brasileiro come mais de 100 gramas/dia. O resto vira pelota de gordura no sangue, radicais livres e um montão de fezes. Resumindo: todo esse impacto ambiental para, no fim das contas, produzir cocô e aumentar o risco de câncer e doenças vasculares.
Bom, melhor nem falar dos hormônios e de outras substâncias químicas que injetam no gado e a gente absorve ao comer...
Mais vergonhas da nossa tradição e cultura(?)
Deus quere, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou creou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Por Lilian Garrafa (da Redação)
A exploração de animais segue a passos largos em Portugal. Tradição e cultura são confundidos com maus-tratos e ignorância em dois eventos que ocorrem nesta época no país.
(Foto: Reprodução/Folder de divulgação)
O “Grande Prêmio” consiste numa corrida de caracóis, que aconteceu na noite de sábado em Torneira/Serrião e contou com 49 participantes de Coimbra e do Porto. Os participantes são crianças, surpreendentemente selecionadas pelos estabelecimentos de ensino da região para “conduzirem” os moluscos. Os animais são, de forma bizarra, “trajados a rigor” e pintados para a corrida. Evidente que as crianças enxergam os pobres moluscos como brinquedinhos, coloridinhos, com os quais podem satisfazer sua ansiedade pueril. Para aumentar a velocidade dos caracóis, os treinadores borrifam os animais com água.Boi acuado e indefeso na corrida 'Vaca das cordas".
(Foto: Reprodução/pontedelima.net)
A outra corrida acontecerá na próxima quarta-feira em Ponte de Lima. A corrida da ‘Vaca das Cordas’ é considerada “tradição secular” e leva à vila mais antiga de Portugal milhares de pessoas oriundas não só da região Norte, como da vizinha Galícia. O sádico e covarde ato consiste em milhares de pessoas correndo atrás do boi, que, preso por cordas, é obrigado a fugir dando três voltas na igreja. Às vésperas de Corpus Christi, a tortura exercida por uma massa cegada pela cultura inquestionável assemelha-se à farra do boi feita no Brasil – outra tradição que, apesar de proibida, continua alardeada por Santa Catarina. Mais uma vez a religião é usada para justificar a crueldade contra animais, que, acuados e sem nenhum direito de defesa, são brutalmente utilizados para exorcismo das frustrações e expiação dos “pecados” humanos.
Fonte:
ANDA
Mais vergonhas da nossa tradição e cultura(?)
Deus quere, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou creou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Por Lilian Garrafa (da Redação)
A exploração de animais segue a passos largos em Portugal. Tradição e cultura são confundidos com maus-tratos e ignorância em dois eventos que ocorrem nesta época no país.
(Foto: Reprodução/Folder de divulgação)
O “Grande Prêmio” consiste numa corrida de caracóis, que aconteceu na noite de sábado em Torneira/Serrião e contou com 49 participantes de Coimbra e do Porto. Os participantes são crianças, surpreendentemente selecionadas pelos estabelecimentos de ensino da região para “conduzirem” os moluscos. Os animais são, de forma bizarra, “trajados a rigor” e pintados para a corrida. Evidente que as crianças enxergam os pobres moluscos como brinquedinhos, coloridinhos, com os quais podem satisfazer sua ansiedade pueril. Para aumentar a velocidade dos caracóis, os treinadores borrifam os animais com água.Boi acuado e indefeso na corrida 'Vaca das cordas".
(Foto: Reprodução/pontedelima.net)
A outra corrida acontecerá na próxima quarta-feira em Ponte de Lima. A corrida da ‘Vaca das Cordas’ é considerada “tradição secular” e leva à vila mais antiga de Portugal milhares de pessoas oriundas não só da região Norte, como da vizinha Galícia. O sádico e covarde ato consiste em milhares de pessoas correndo atrás do boi, que, preso por cordas, é obrigado a fugir dando três voltas na igreja. Às vésperas de Corpus Christi, a tortura exercida por uma massa cegada pela cultura inquestionável assemelha-se à farra do boi feita no Brasil – outra tradição que, apesar de proibida, continua alardeada por Santa Catarina. Mais uma vez a religião é usada para justificar a crueldade contra animais, que, acuados e sem nenhum direito de defesa, são brutalmente utilizados para exorcismo das frustrações e expiação dos “pecados” humanos.
Fonte:
ANDA
Domingo, 30 de Maio de 2010
Criador do Twitter defende o vegetarianismo
Por Annie Hartnett
Tradução por Giovanna Chinellato (da Redação)
Quem iria imaginar que o Twitter era tão amigo dos animais?
O co-fundador da rede, Biz Stone, se tornou vegan em 2001 depois de visitar a Farm Sanctuary. Ele leu um discurso num evento da organização na Califórnia no começo do mês, cujo tema foi “Comunicação e Compaixão: Usando a mídia social como uma força pelo bem”. O twitter pessoal de Biz (@biz) tem mais de 1,6 milhões de seguidores, e ele regularmente twitta a respeito de causa animal e ambiental.
Biz Stone também está promovendo lanches vegetarianos para escolas. Ele mandou uma carta a George Miller, membro do comitê de Casa Educação e Trabalho, em que escreveu: “centenas de milhares de estudantes pelo país não comem carne, de acordo com um estudo do Centro de controle e prevenção a doenças. Entretanto, esses pequenos vegetarianos dificilmente encontram alimentos saudáveis sem carne nas cantinas escolares.”
Biz Stone obviamente acredita no poder do alimento, porque a sede do Twitter em São Francisco oferece almoços e lanches veganos gratuitos aos seus empregados. As sedes também são pintadas sem uso de produtos tóxicos, que podem causar câncer em animais e pessoas. Muitos dos móveis são feitos de material reciclado. Existe até um piano no lobby, de acordo com a twittada de Biz Stone em 6 de abril.
Mas além de seu fundador, o Twitter é amigo dos animais porque você pode ser parte de uma comunidade que se importa com os animais. Existe uma leva constante de twittadas veganas. As pessoas trocam artigos e receitas veganas, assim como encorajamentos e frustrações. Confira
aqui a lista dos veganos mais seguidos no Twitter.
Sou nova no Twitter (siga-me por @anniiemal), mas agora que sei que é um lugar tão amigo dos animais, estarei escrevendo 140 caracteres com mais frequência. Siga também a @changeAnimals.
via ANDA