Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.

Domingo, 5 de Agosto de 2012
Os Melhores Argumentos Contra Touradas Provêm dos Pró Touradas
Alfonso Guerra ex vice-presidente do governo espanhol (jornal Tiempo de Hoy)

“Quem não provoque danos a terceiros, não deve ser alvo da intervenção de instituições que regulem o que os cidadãos fazem”.
“Existe tratamento cruel do touro de lide? Sim, há crueldade na sorte de varas e no estoque, mas anteriormente, no campo, o touro viveu em boas condições”.

Claro que o terceiro não é alvo de danos porque é um animal! E como esse animal viveu em boas condições anteriormente, tem como “prémio” ser torturado e morto numa praça de touros!

Excerto de uma reportagem de uma corrida de touros em Valência em 2010, autor Rafael Cabrera.

“Se vissem com saiu o segundo touro, não prestando atenção à capa e aos bandarilheiros, fugindo deles, sem investir uma única vez na capa, nem nos cavalos, veriam o reflexo do touro Fernando de Walt Disney e não entenderiam como se pode torturar um animal que não busca a luta, não investe e não mostra nenhum comportamento agressivo. Se vissem o estado em que chegou o quarto na muleta, caindo de patas para o ar em diversas ocasiões, e um toureiro fazendo intentos indecentes para tourear um moribundo”.

Sem comentários, a descrição é por si só elucidativa.

Excerto do livro
‘Conocer y seleccionar el ganado vacuno bravo de lidia’ de José Rufino Martín

“Na Festa Brava este animal imponente tem sido o representante da natureza, seleccionado para verter o seu sangue na arena. Exemplifica como nenhum outro ser vivo a nobreza impetuosa; o instinto de bravura moldado pela mão do homem; a força virginal canalizada para seguir os enganos com prontidão”.

Seleccionado para verter o seu sangue na arena! Moldado pela mão do homem! Ora nem mais, fabricado pelo predador humano para ser torturado e dessangrado até à morte numa praça de touros.

Excerto de um entrevista de Manuel Jorge de Oliveira, cavaleiro tauromáquico:
“O mundo dos toiros é corrupto ao mais alto nível”


“Quando falo em corrupção quero dizer que ninguém mexe um dedo sem ter dinheiro por trás. O tipo que abre a porta tem que ter dinheiro senão não abre a porta do toiro. Há rapaziada de 20 e 30 anos que paga para tourear.
Quando se entra numa praça e se vê o toiro está a ver-se a morte em movimento. É a arte de enfrentar a morte em movimento. A morte é o toiro”.

A afirmação sem pruridos do que nós estamos fartos de saber, o que move esta gente é o dinheiro, o vil metal, que muitas vezes consegue transformar um ser íntegro num corrupto da pior espécie. Afinal o dinheiro não tem cor e mesmo que esteja manchado de sangue, para esta gente é indiferente.

Fonte


publicado por Maluvfx às 08:46
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Quinta-feira, 2 de Agosto de 2012
É Falso que o Espectáculo Seja Cruel! O Aficionado é Sensível ao Drama…! Mais Aberrações da “Prótoiro”
É igualmente falso que o espectáculo seja cruel, sendo que a crueldade supõe o prazer que se retira do sofrimento de uma vítima”. (“Parecer” da “Prótoiro”)

Crueldade: desumanidade, barbaridade.


Prazer: deleite, alegria, divertimento.


Vítima: alguém que morre num ritual, alguém que é sacrificado aos interesses de outrém.


Assim sendo, uma tourada é um espectáculo desumano, bárbaro, que supõe o deleite de todos os intervenientes e implica a morte de um animal que é sacrificado aos interesses de outrém, neste caso aos interesses de todos que lucram e fazem dela, tourada, um negócio.

Ora, o aficionado é certamente sensível ao drama do toiro, mas não vê nele uma vítima de sevícias”. (“Parecer” da “Prótoiro”)

Sensível: Compassivo.


Sevícias: castigo corporal, maus – tratos.


O aficionado, é uma pessoa compassiva? Se tal fosse verdade, não defenderia a continuidade deste espectáculo. Antes pelo contrário seria o primeiro a querer a sua abolição.


Sevícias, maus-tratos, castigos corporais, tal como espetar farpas, bandarilhas, etc. Se os aficionados não conseguem olhar para um touro cravejado com estes instrumentos de tortura e ver nele uma vítima de sevícias, então é caso para perguntar se o que vêem é uma vítima de carícias!!!!

Vê-o como um combatente perigoso, muitas vezes heróico – mesmo que ele seja quase sempre vencido”. (“Parecer” da “Prótoiro”)

Não é quase sempre vencido, é sempre vencido e para provar o combatente perigoso que o touro é, vejam-se estas fotos:

Num mundo perfeito, V.Exas., estariam neste momento numa instituição psiquiátrica.

in Prótouro
Pelos touros em liberdade


publicado por Maluvfx às 12:09
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Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012
Acabemos com a tourada em Portugal
Num mundo que vive de noções deturpadas, vejo muita gente a defender matérias como se tivessem uma perfeita definição do que é arte e principalmente como se achassem donos e senhores da definição de 'cultura'. A prova disso mesmo é a ignóbil convicção - num certo cultivo grotesco de uma profunda ignorância - de que o prazer na tourada não é consequência da tortura e do sofrimento de um animal inocente, isto é o touro entra na arena porque é seu destino ser toureado. Não é necessário salientar a indigência de semelhante... não lhe vou chamar raciocínio, mas absurda dedução... A «lógica» pseudo-moralista desta maralha é a mesma das beatas que passam horas infindáveis em oração por si próprias. Ou a dos doentes mentais que passam horas a puxar o brilho ao pelo dos cavalos numa mostra doentia de um afecto que terminará um dia pelos transformar em base de mesas depois de serem feridos de morte, mas que no entanto não são capazes de se levantar para afagar o bebé que chora a meio da noite, pois isso não é coisa de macho e a mulher que o faça. Que dizer de quem acha que o sentimento que se pode ter por um animal, o prazer de partilhar momentos de alegria e a angústia de uma correria para o veterinário, não passam de modas? Tudo não passa de um sentimento menor, ressabiado, de uma pequenez sem sentido e de um profundo sentimento de frustração perante a vida e a sociedade que os envolve. Partir do princípio de que o homem é o único que pode ter direitos e de que o direito é uma realidade cultural, é a mais profunda demonstração de uma falácia ignorante e desprovida de qualquer sentido.

O homem, como ser sapiente, tem a obrigação moral de defender os animais e essa defesa é o exponencial moral da condição humana, jamais sendo uma degradação da sua humanidade. Rotular os movimentos anti-taurinos como uma tendência social de origem urbana, é não compreender o mundo rural e uma tentativa de conflitualidade entre dois «mundos». Note-se a utilização do termo virilidade como uma justificação do meio pró-tourada como que o confronto entre o animal e a besta (e a besta não é o touro), viesse provar a superioridade do homem. As próprias justificações pró-taurinas são a imagem reflectida de um pensamento que se quer erradicado de uma sociedade evoluída. O meio rural não é, sendo-o só na tacanha visão de uma mente doentia, um mundo violento e pouco higiénico, e tão pouco um mundo onde a aceitação da tourada é plena. É a eterna dicotomia aldeia versus cidade sem nunca terem a noção de que "aldeia sempre foi sinónimo de isolamento e conformismo, de mesquinhez, aborrecimento e mexerico." Esta só o é porque se acha conveniente manter um povo ignorante e estúpido, pois um povo que não questiona é um povo e uma sociedade submissa e permissível à violência das touradas.

por Rui Barbosa


publicado por Maluvfx às 11:37
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Portugal já foi um País Sem Touradas
No ano de 1836, Passos Manuel, ministro do reinado de D. Maria, promulgou um Decreto no qual proibia as touradas em todo o país (Diário do Governo nº229, de 1836):



“Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros”.


A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor:

“(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo na praça pública não têm nada a ver com piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, (…) proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração deste espectáculos(…)”

A 15 de Outubro de 1978, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Artigo 10º:

“Nenhum animal deve ser explorado para entretenimento do homem. As exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis com a dignidade do animal.”

Ao fazer do sofrimento de um animal um meio de diversão, o Ser Humano está a propagar e banalizar a violência gratuita como forma de ser e estar na sociedade. De geração em geração, o sofrimento alheio banaliza-se no inconsciente colectivo.


publicado por Maluvfx às 05:37
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Terça-feira, 31 de Julho de 2012
"Quem não gosta não vai."

 Estas pessoas reduzem ÉTICA e MORAL a simples "gostos". Como se a VIDA e SOFRIMENTO pudessem ser comparados a um objecto do qual se possa ou não gostar. Quem diz um objecto diz uma música, um livro, um filme, um programa de televisão...
Não se coloca a questão de se gostar ou não de touradas, isso é absolutamente IRRELEVANTE perante o que está em causa, que é o SOFRIMENTO de um SER SENCIENTE. Lá por haver gente que ADORA ver acidentes de viação e que até pára o carro, provocando grandes engarrafamentos, APENAS na esperança de "apreciar" as possíveis vítimas, não vamos encorajar a que haja mais acidentes apenas para satisfazer os "gostos" mórbidos dessas pessoas. VALORES como o direito ao BEM-ESTAR e à VIDA quer de animais humanos e não humanos, têm de prevalecer independentemente dos "gostos" das pessoas.

É um princípio, e foi por esse princípio que se aboliu a escravatura e outras situações análogas. As pessoas das touradas ainda não compreenderam que o mundo evoluiu e que a luta pelos direitos dos animais equivale à luta, no passado, pelos direitos dos escravos, judeus e de outros seres considerados de 2ª e descartáveis, como o são ainda os animais. Nem se dão conta de que com esta atitude arrogante, cruel e ORGULHOSAMENTE IGNORANTE, acima do bem e do mal, da ética e da moral, da ciência, do conhecimento e da cultura, estão a provocar na maioria das pessoas, sentimentos tão negativos, como outrora se nutriram pelos nazis.

Ganadeiros, toureiros, forcados a aficionados: o MUNDO já não vê os animais como objectos interactivos descartáveis. A ciência já provou que estes além de sentirem como nós têm também consciência e que cada vez mais a sua integridade física e psicológica tende a ser respeitada. Como tal, uma vez que as touradas NÃO SERVEM NENHUMA NECESSIDADE BÁSICA nem são INDISPENSÁVEIS à nossa SOBREVIVÊNCIA, não são mais do que CRIMES cometidos contra SERES PUROS E INOCENTES que promovem a violência GRATUITA, provocam traumas psicológicos nas crianças e contribuem para a degradação ética e moral dos cidadãos.

Os nazis também estavam protegidos pela lei e não foi por isso que o mundo deixou de os considerar CRIMINOSOS. Será assim que vocês ficarão na História também à semelhança dos esclavagistas que se opuseram fortemente à abolição da escravatura. Os ganadeiros e afins, são hoje, os Lanistas do passado. Uma vergonha para a humanidade.

por Cláudia Vantacich


publicado por Maluvfx às 11:08
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Touradas, vistas por adolescentes.
"Quando há uma tourada na TV não costumo assistir porque mete-me muita pena ver o touro a morrer.
No entanto também me mete muita raiva, porque por vezes os toureiros matam o touro só por divertimento. Aí o que me apetece é saltar do sofá, entrar pela TV dentro e em vez de matar o touro matar o toureiro.
Se eu fosse Presidente da República de Portugal a primeira coisa que eu fazia era proibir as touradas em Portugal .
Também apoio um protesto que ouve em Pamplona – Espanha, que foi quase todas as pessoas daquela cidade desfilaram todos nus e sobre o seu corpo nu lia-se: deixai morrer o touro em paz.
É tudo o que eu acho sobre as touradas."
Catarina


"Eu acho que as touradas não deviam existir, pois é uma coisa absurda e só faz sofrer o animal.
Nunca pensei em ser toureira e não sei como é que os toureiros têm a coragem de fazer tal barbaridade. Se os toureiros tivessem consciência veriam que são pessoas muito injustas e agressivas para com o touro.
Quando eu era bem pequena pensava que os touros eram maus, então era por isso que existiam as touradas mas agora sei que o touro é um animal muito indefeso nas mãos do homem.
Às vezes passo por um canal da TV onde está a dar touradas e logo me caí uma lágrima, mudo de canal e penso :
Como devem estar a sofrer aqueles animais.
Apesar de não gostar de nada nas touradas, a parte que eu menos gosto é quando os toureiros espetam as espadas e as bandarilhas no lombo do touro.
E é isto tudo que eu acho sobre as touradas"
Telma


Em primeiro lugar, por mim as touradas podiam nem existir.
Na minha opinião as touradas são um desporto muito estúpido porque nenhum toureiro gostaria de ser massacrado como o touro é. Quando vejo as touradas pela TV mudo logo de canal, porque sei que me mete nojo A primeira vez em que vi touradas achei uma diversão porque ainda não tinha consciência, pois era muito nova para entender o mal que o toureiro fazia ao touro, mas agora já ando a estudar e por isso já entendo muito bem o que se passa em cada tourada.
Eu não entendo porque é que muitos dos portugueses gostam de fazer mal ao touro por divertimento, por fama. Também não entendo porque é que inventaram este tipo de divertimento, que passados alguns anos se tornou numa violência para com o touro.
A parte que eu menos gosto numa tourada, apesar de não gostar de nada, são as forcadas, que é quando o Homem atrai o touro para lhe fazer mal e empoleira-se nos chifres e...
Natacha

Protesto contra as touradas - Deixai os touros morrer em paz
Em sinal de protesto contra os maus tratos dados aos animais, os activistas na sua maioria portugueses, norte americanos, espanhóis, entre outros países da Europa – decidiram manifestar-se na véspera de início de San Fermin .
A "acção" organizada pela maior associação de defesa de protecção dos animais do mundo , a norte americana "Peta" visa contestar, pela primeira vez, no local, um espectáculo tauromáquico em Espanha.
O protesto durou cerca de dez minutos e foi tanto aplaudido como assobiado por numerosos pamploneses (Pamplona) que assistiram a esta iniciativa ecologista .
A associação "ANIMAL", foi a única organização portuguesa de defesa dos direitos dos animais que aderiu à iniciativa. Seis organizadores desta associação deslocaram-se de Portugal para participar no protesto, que seguiu o percurso que os animais farão na tradicional largada.
Todos os anos, dezenas de pessoas ficam feridas e algumas morrem durante estas largadas de touros.
Deram também corpo ao protesto manifestantes vindos da Alemanha, Áustria e Canadá. Sobre o seu corpo nu lia-se a frase:
"Deixai os touros morrer em paz"


Movimento anti-touradas de Portugal
Nós entendemos que o Homem não tem o direito de massacrar um animal por uma razão absurda e só por divertimento.
Mesmo que estes direitos não fossem reconhecidos por alguém, o respeito pelos animais deve ser cumprido, porque tal como nós também têm o direito de viver.
Se deixarmos que estas pessoas torturem os touros por tão simples espectáculos dessa tortura retira a humanidade às pessoas e cria uma sociedade agressiva.
A agressividade que provoca os espectadores de touradas, o facto de massacrar o touro não acaba na praça e tem como resultado a desvalorização da vida.

As touradas têm que acabar pois não passam de espectáculo de violência e sofrimento feitas pelo Homem sobre um animal.


Touradas à corda
Há na ilha Terceira duas espécies de touradas: as de praça e as de corda. As primeiras são iguais ás Touradas Portuguesas; as segundas, o touro corre pela estrada preso pelo pescoço a uma corda de 80 m de comprimento, na extremidade, normalmente há 6 Homens que a seguram fazendo-o parar quando for preciso.
O número de touros corridos é de 4 e a duração de tempo para cada um é de 30 minutos. Do segundo para o terceiro touro, há um intervalo de 30 minutos e de touro para touro, há um intervalo de 15 minutos. As touradas começam às 4 da tarde e acabam ao por do sol.
As touradas de fama, onde são corridos os touros escolhidos a capricho das melhores criações da ilha. Dá-se o nome de Arraial ao lugar destinado para a tourada. A área é curta, pois em poucos casos excede 500m lineares e tem de ser assim para não cansar muito o touro.
Um foguete atirado do Touril, anuncia que vai começar a tourada. Depois de amarrado o touro, à corda sai por uma fresta do caixão e os Homens da bolça, começam a estende-la para um dos lados do arraial em todo o seu cumprimento. Pouco depois um foguete anuncia que vai sair o touro. Toda a gente se dispersa atabalhoadamente encontrando-se, empurrando-se caindo uns em cima dos outros. Uns trepam pelos buracos das paredes de pedra solta procurando lugar no cimo delas; outros sobem muros, outros refugiam-se nas vendas, nos cafés ou na maior parte procuram externos do Arraial. Apenas alguns rapazes já grandes se deixam ficar no caminho, à certa distancia do Touril para verem mais de perto a saída do touro e poderem capetá-lo.
Então abre-se a porta do caixão e um grande barulho anuncia a saída do touro, que, numa correria veloz leva à sua frente toda a gente que se encontra no caminho, fazendo igualmente deslocar-se numa fuga desordenada, na extremidade do Arraial se dispunham a ver a tourada ao longe. O touro pára em volta e faz-se o terreiro, onde apenas um ou outro mais rápido se atreve a passar correndo em frente do touro arremendo o toureiro pelintra; mas precisamente quando o touro se dispõe a arremeter, logo outro, abanando um casaco o distrai da primeira arremetida e assim por algumas vezes até que o touro toma a querença. A expectativa é geral.
Os pastores do meio da corda tentam puxar o touro, que já não obedece aos acenos que o provocam.
Então o pastor do meio da corda, cheio de ver "acanalhar o touro," tenta pôr a corda sobre o lombo do touro e esticando-a atira-lhe uma chicotada, e logo o desperta. O touro desperta pela chicotada arremete furioso e lança-se sobre a multidão enquanto que a corda desenrolando-se e esticando-se pela violência da corrida, atira com uns tantos incautos de encontro à parede ou ao chão em quedas espectaculares e extremamente ridículas. Na frente não se contava com a corda, nem com aquele arranque feito pelo touro. Homens atrevidos correm para o touro, pegam-lhe de cerneira e conseguem tirar a pessoa dos cornos do touro, enquanto que as pessoas se agarram ao rabo e á cabeça da corda para não o deixarem arremeter.
Uns saltam para fora, outros inadvertidamente para o cerrado onde o touro, em campo largo, arremete furiosamente contra tudo e todos, até que dali para fora de o puxarem pela corda. Novamente no arraial continuam as peripécias e assim continua o touro a sua odisseia, até chegar a hora de o meterem novamente no Touril. Um "foguetão" anuncia a recolha do cornúpeto, enquanto cá fora, no Arraial o povo falando sobre as peripécias da corrida dizem:
"É um bicho de respeito"!

Qual respeito!


Fonte: site Prof2000.pt (alunos do secundário)


publicado por Maluvfx às 11:04
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Tourada não é CULTURA!
‎20% de desconto em toda a cultura!
- Será que posso comprar um bilhete para a tourada?
Não... Tourada NÃO É CULTURA!!!


publicado por Maluvfx às 08:57
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Portugal, a luta pela abolição das touradas
A propósito do desinteresse manifestado por Plínio pelos
espectáculos circenses, o nosso Castilho considerou "selvajaria
inqualificável" os espectáculos de touradas, verdadeira "nódoa da nossa sociedade", e chegou a elaborar um requerimento dirigido a Sua Alteza Real para que pusesse cobro a tal "nódoa".
Júlio de Castilho

Requerimento a sua magestade el-rei pedindo a abolição das touradas em Portugal, Lisboa, 1876 
(apresentado em nome da Sociedade Protectora dos Animais)


" A Acção Dissolvente das Touradas"
 Vitória Pais Freire de Andrade (Madeira)

"... frontal oposição à realização de touradas..."
"... tema
 a
 que
 regressa
 no
 ano
 seguinte
 considerando
 que
 se
 os

educadores
 se
 empenhassem
 aquela
 diversão
 acabaria,
 não
 sendo
 possível
 defendê‐la
 e
 ensinar
 simultaneamente
 às
 crianças
 o
 amor
 pelos
 animais...."
in "Uma
 mulher
 à 
frente
 do 
seu 
tempo"

Interessante publicação em separata de uma conferência
pronunciada a 29 de Março de 1925 na Associação de Classe de
Empregados de Escritório, que consistia num ataque “ao barbaro e
selvático espectáculo que constituem as diversões tauromáquicas."
É muito curioso identificar a quantidade significativa de instituições que apoiaram a publicação desta separata e que se vêem apresentadas no texto introdutório da obra, bem como o estilo e enquadramento do
argumento que aqui se desenvolve.
in otiumcumdignitate


publicado por Maluvfx às 06:13
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Segunda-feira, 30 de Julho de 2012
Porquê Touradas?
O titulo que eu escolhi foi sobre as criticas que têm surgido sobre as touradas ao longo destes últimos anos, mas porquê a tourada?
Existem muitos argumentos a favor das touradas e algumas delas são:


Tudo o que é tradição merece ser preservado, a tourada é tradição, logo, a tourada merece ser preservada.
Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.
Quem não gosta ou não concorda, não veja.
Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.
Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.
O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.
Os Touros nascem para serem lidados, são animais agressivos por natureza.
Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?
A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.
As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.


Depois destes argumentos válidos porquê quererem acabar com as touradas?
Se é para salvar os touros, então estão enganados pois se acabarem com as touradas, acabam com a raça dos touros, pois os touros são criados muito bem, são bem alimentados, têm uma vida de luxo que até algumas pessoas não o têm, para depois subirem para a arena.
Se acabarem com as touradas os touros já nem criados são.


Por isso a minha pergunta, Porquê as touradas?
Se depois disto tudo se percebe a importância das touradas.


Fonte


publicado por Maluvfx às 19:11
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Sábado, 28 de Julho de 2012
"Se calhar este indivíduo até tem razão."
Acho curioso o facto de, à semelhança do que a SIC fez, a RTP ou a TVI não se dignem a transmitir um documentário/reportagem apresentando argumentos anti e pró-tourada. Acho curioso, mas não acho de todo algo abstruso, pois é facilmente justificável pelo lastimável contrato que têm com os organizadores dos eventos de chacina que ao que parece vão abundar este Verão.
Uma televisão que diz prestar serviço público, deveria considerar na elaboração da programação oferecer ao telespectador a possibilidade de tomar contacto com a maior diversidade de ideias possível. Porque é que dão tempo de antena aos toureiros barrigudos (já explico a seguir) e não a quem luta pelos direitos de uma espécie animal vilmente perpetuada por um punhado de senhores dementes que se acham donos de vidas alheias? Tudo bem, não há tempo para permitir tempo de antena a toda a gente. Mas então, sejam honestos, e admitam que o que fazem não é serviço público, mas sim serviço interesseiro, na melhor defesa de determinados emolumentos, que não duvido que existirão.
É essencial permitir às pessoas tomarem contacto com ideias adversas à sua própria cultura, que procuram sempre impor acrítica e passivamente. Parecendo que não, é muito fácil no mundo actual alguém deixar-se perder intelectualmente no sensacionalismo e no prazer fácil e imediato. E claro que uma pessoa comum, ao sintonizar uma corrida de touros e ao vislumbrar o gáudio do público presente no local, não vai sequer ponderar, ou dificilmente o fará, a hipótese de toda aquele gente estar errada e de aquele espectáculo, afinal, até poder tratar-se de uma chacina descarada. É difícil remar contra a maré espontaneamente. É preciso que isso se torne um exercício de rotina. E para o poder realizar é necessário receber estímulos adequados. Se calhar se alguém disser à pessoa que está a ver a corrida de touros para atentar no sofrimento do animal que está a ser barbaramente agredido, ela até pára para pensar "Se calhar este indivíduo até tem razão.". E daí a nada poderá estar a mudar de ideias. Já para não falar no completo desplante que é a transmissão destes circos sádicos em horário nobre, deixando a mentalidade inocente e sensível das crianças à mercê da ganância de assassinos, para turvar permanentemente.
Meus amigos, de certo que quem treinava gladiadores na antiga Roma, também não ficou satisfeito quando se viu privado do seu meio de subsistência no qual se apoiou tão cegamente e desumanamente, que, não duvido, lhe conferia um certo prestígio perante a nobreza e prerrogativas condizentes. Todas as profissões estão sujeitas à extinção. A mentalidade evolui, a cultura evolui, a tecnologia evolui. Tantas e tantas profissões tradicionais e respeitáveis que estão, cada vez mais rápido, a serem extinguidas no nosso país e da nossa identidade cultural até. Mas consideram problemático que alguém que recebe remunerações numa soma exorbitante, numa soma que jamais poderia ser adquirida pela esmagadora maioria da população mundial durante uma vida inteira de trabalho digno, perca a sua ocupação, em favor do melhor respeito pela vida alheia, que tanto a nossa condição racional nos impõe? Sejam sensatos, por favor. Talvez assim, até alguns profissionais desse ramo pudessem dedicar-se à educação que nunca receberam, desde cedo sendo cultuados, dessensibilizados, lavados e manipulados, desprovidos da própria essência humana.

por  Ricardo Lopes


publicado por Maluvfx às 19:38
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