Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.

Quinta-feira, 8 de Novembro de 2012
O percurso do cavalo usado para toureio
Por: Dr. Vasco Reis (médico veterinário aposentado)

Como animal de fuga que é, procuraria a segurança, pondo-se à distância daquilo de que desconfia ou que considera ser perigoso.

No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio; bridão - com accção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior– barbela), coisas muito castigadoras. É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas hipocritamente de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.

Ele é impelido para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro ou a ser parado por tracção nas rédeas.

Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca.
Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.

É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem estar.

Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.



Fonte das fotos: bolasetetouradas.blogspot




publicado por Maluvfx às 04:09
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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2012
O maior problema...

"O maior problema dos animais somos nós, os humanos. Os que os maltratam e massacram, por razões óbvias. São inimigos deles. E nós, os que os defendemos, porque não nos entendemos sobre como o fazer, e nos tornamos também um problema para eles"


publicado por Maluvfx às 10:05
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Domingo, 21 de Outubro de 2012
A decadência da tauromaquia
Praça de touros de Tijuana
La decadencia de la tauromaquia

'Agoniza, en declive y herida de muerte'', éstas serían las palabras con las que, a día de hoy, se definiría la situación de la tauromaquia en España. Unas palabras que empiezan a oírse de los propios ganaderos, empresarios, periodistas, críticos taurinos, aficionados y toreros.
La conciencia social, la apatía de los aficionados taurinos, la falta de dinero,  la fuerte crisis que golpea a España, y la voluntad de algunos Ayuntamientos están haciendo que hoy la tauromaquia esté mas que nunca al borde del precipicio.
Desde el año 2007, los festejos taurinos han descendido un 47% en toda España. Los ganaderos ya destinan más reses al  matadero que a las plazas de toros y cuentan día tras día con enormes pérdidas económicas por lo que ya  se plantean seriamente la alternativa de los mataderos como única vía de escape.

La herida abierta por Cataluña en el año 2010 prohibiendo las corridas de toros, lejos de cicatrizar, se hace mas profunda a medida que las organizaciones en defensa de los animales con el apoyo de mas del 73% de la población siguen trabajando para abolir una cruel tradición digna de un pueblo primitivo.

Dos años después de su prohibición en Cataluña, parece que le llega el turno a San Sebastián donde su alcalde quiere poner fin a esta atrocidad y de este modo no derramar mas sangre inocente en las arenas de sus plazas.

 "El sufrimiento de los animales no debe convertirse en un espectáculo público" , dijo el alcalde Juan Carlos Izaguirre.

No deja de llamar la atención que con un país al borde de pedir el rescate financiero, se malgasten mas de 500 millones de euros en festejos taurinos y que a pesar de usar la palabra austeridad , muchos Ayuntamientos siguen endeudándose año tras año celebrando corridas de toros en plazas cada vez mas vacías.
A pesar de que un 73% de la ciudadanía esta en contra o le es indiferente la tauromaquia, el Gobierno central hace oídos sordos al grito unánime de la población que pide el fin de de la tortura y muerte de miles de toros cada año en nuestro Estado.
La tauromaquia sobrevive  gracias a  los intereses  privados de algunos políticos, al endeudamiento de los Ayuntamientos, al regalo masivo de entradas a los centros escolares de algunas comunidades y al engaño de los turistas. A estos últimos se les vende un espectáculo de danza entre un toro y un caballo, en el que en ningún momento hay maltrato hacia el toro. Una vez iniciado el festejo, salen horrorizados, con lágrimas en sus ojos por lo que están presenciando.

La organización internacional por la defensa de los animales AnimaNaturalis seguirá trabajando para que en un futuro cercano esta mal llamada "fiesta nacional" acabe por abolirse en todo el estado y deje de avergonzar a la mayoría de los ciudadanos que no quieren que se les identifique con dicha atrocidad.

Guillermo Amengual, coordinador para España de la 'Campaña Antitauromaquia'.
http://animanaturalis.org/p/1584

Encerramento da temporada 2012 no Cartaxo



publicado por Maluvfx às 06:07
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Quarta-feira, 26 de Setembro de 2012
Algarve pela Abolição da Tauromaquia: Garraiada da polémica
Temos a nossa primeira vitória!O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Faro, Engenheiro Macário Correia garantiu ao AAT hoje, dia 24 de Setembro de 2012, NÃO AUTORIZAR a Garraiada da Semana da Recepção ao Caloiro em Faro. O AAT, em nome do movimento de cidadania dos abolocionistas da tauromaquia, louva a coragem política deste autarca, elevando a história da cidade de Faro a uma cidade LIMPA DE TAUROMAQUIA!!!!!!!!!


Em nome do CAPT, queremos congratular o AAT pelo seu empenho e dedicação na erradicação da tauromaquia no Algarve, Faro e em Portugal! Muitos parabéns. Pequenos passos levam-nos a grandes vitórias! Deixamos aqui também um agradecimento especial ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Faro, Engenheiro Macário Correia pela audácia e apoio nesta luta tão importante para Portugal e para a evolução deste país. Bem hajam!

CAPT - Campanha Abolicionista da Tauromaquia em Portugal
Movimento Português pela ABOLIÇÃO da tauromaquia em Portugal e no Mundo! 


Macário Correia cancela garraiada e declara que touradas não são bem-vindas no concelho


Macário diz que touradas não são bem vindas a Faro



Macário Correia cancela garraiada e declara que touradas não são bem-vindas em Faro


Macário Correia cancela garraiada e declara que touradas não são bem-vindas no concelho de Faro



Faro: Presidente Macário Correia não autoriza "Garraiada" da semana recepção ao caloiro

25-09-12
“ O Algarve pela Abolição da Tauromaquia” (AAT), é um grupo de cidadãos cuja missão é a luta pela abolição das “corridas de touros”, touradas, vacadas, largadas, rodeos e afins ou de qualquer outro tipo de manifestação da chamada “tradição tauromáquica” no Algarve. 

O AAT diz num comunicado que teve conhecimento de que estava agendada uma “garraiada” na semana de recepção ao caloiro para esta quarta-feira dia 26 de Setembro, actividade da Associação Académica de Estudantes da Universidade do Algarve.

Posto isto, e no seguimento do trabalho do AAT desde 2011, foi feito um pedido ao autarca farense Macário Correia para a não autorização da mesma.

Hoje foi confirmado ao AAT que Macário Correia não deu autorização para esta prática.

Além disso o AAT confirma no mesmo comunicado que as licenças necessárias à garraiada não foram pedidas, sublinhando, assim, a ignorância dos grupos académicos, que mais deveriam ser de formação superior: “graças a ela uma vaca bebé não vai ser “garraiada” ao belo prazer de um grupo de pessoas que de “formação superior” deixam tudo a desejar”.

O AAT propõe ainda à Associação Académica da Ualg “dignar-se” a fazer uma actividade de angariação de fundos a reverter às organizações que em Faro tanto fazem para a manutenção do bem estar de inúmeros animais. 



«Garraiada» que já não ia decorrer causa grande polémica em Faro

A «Garraiada» da Receção ao Caloiro da Associação Académica da Universidade do Algarve, que se devia realizar esta quarta-feira, esteve envolta em polémica, mas nunca chegou sequer ao pedido de licenciamento.

Tanto a AAUAlg, como o presidente da autarquia, confirmam que tudo não passou de uma intenção, nunca formalizada, apesar de constar do programa do evento. Os estudantes também frisaram que a iniciativa nada tinha que ver com uma tourada, não envolvendo derramamento de sangue.

Segundo a Associação Académica, «foram iniciadas as diligências necessárias para criar condições legais para o referido evento, tendo em especial atenção o cuidado pela seleção da empresa que iria transportar as vacas e com as questões do respetivo licenciamento».

«Contudo, não estando todas as condições reunidas, a AAUALG não entrou sequer com qualquer pedido formal junto da Autarquia para o licenciamento do evento», acrescentou.

O presidente da Câmara de Faro Macário Correia confirmou ao Sul Informação que nunca houve pedido de licenciamento. «Quando me apercebi que isso estava agendado, falei com eles [dirigentes da AAUAlg], que acharam por bem não avançar, dada a polémica que envolve o tema», referiu.

Elogiando a postura do presidente da AAUAlg Pedro Barros, que considerou ser «uma pessoa muito aberta e interessada em fazer a aproximação dos estudantes à cidade», Macário Correia adiantou, ainda assim, que «se tivesse sido feito o pedido, não o autorizava, por ser um assunto controverso».

Quanto ao facto de ter autorizado espetáculos tauromáquicos enquanto presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia assegurou que foram «mínimos». «Houve muitos que desaconselhei a fazer. Aprovei alguns de caráter lúdico, mas de sangue muito poucos», referiu. «Tinha, de resto, um acordo com a associação para a diminuição dos mesmos», revelou.

A AAUAlg, por seu lado, frisou que este é um espetáculo de características lúdicas, «que promove o espírito de união e entreajuda entre os caloiros e os seus académicos, não contendo qualquer “crime” de sangue para com os animais eventualmente utilizados, pois a “Garraiada” não é uma Tourada».

«Assim, a AAUALG repudia as declarações das associações de Defesa do Animais, em virtude de nunca antes terem tido a coragem de contactar diretamente a Associação Académica ou os seus dirigentes, realizando juízos de valor sobre pessoas e instituições sem qualquer tipo de fundamento», rematou.


Defensores e detratores das touradas também já se pronunciaram

As notícias que vieram ontem a lume sobre uma decisão do presidente da Câmara de Faro de proibir a realização de uma Garraiada no concelho foram bem recebidas pelas associações anti-tourada. Mas a reação dos que apoiam esta tradição não se fez esperar, com a associação Prótoiro a acusar o autarca de procurar protagonismo, numa altura em que se arrisca a perder o mandato.

Segundo o jornal “i”, que cita um comunicado que lhe foi enviado pela associação pró-tourada, esta acusa Macário Correia de «sobrepor-se à liberdade» dos munícipes, que «deixará de representar». «A Prótoiro repudia veementemente este ataque à liberdade dos cidadãos, neste caso estudantes, de poderem usufruir de uma manifestação cultural tauromáquica de caráter popular, tão enraizada nas nossas comunidades estudantis», disse ainda a associação.




publicado por Maluvfx às 08:26
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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012
Depoimentos...
 Estão sempre a dizer para nos calarmos, argumentando que a porcaria em que participam directa ou indirectamente está salvaguardada pela lei e por uma qualquer distorcida "lei dos gostos e das opiniões" e tentando também dissuadir-nos na luta dizendo que só estamos a ajudar à porcaria da festa. Não, vamos deixar que as pessoas sejam expostas passiva e acriticamente, ainda por cima em ambiente festivo de tortura, que propicia e bem ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos, sem as expor a uma visão oposta. Claro, e depois sempre com as lamúrias de que não querem que isto seja uma ditadura. Que isto seja uma ditadura querem os senhores, que mais não queriam que tudo encarneiradinho a participar na porcaria das vossas festas sanguinárias, a fazer fila para comprar os vossos bilhetes sujos! E depois dizem para irmos viver para o Peru e ainda aproveitam as condições desfavoráveis do país noutros aspectos sócio-económicos, ainda que seja claramente muito melhor viver pobre e sem compactuar culturalmente na tortura de animais do que ser pobre e, além disso, fazê-lo. Que ridicularidade! Mas dizem para irmos para um país livre de touradas e não vermos simplesmente, como se a nossa consciência deprimisse sem o estímulo visual, como as suas mentes condicionadas deprimem a transmissão do impulso nervoso pelo nervo óptico, para não conseguirem enxergar a valente merda que fazem quando participam num espectáculo bárbaro! Até podiam pegar na gente aficcionada toda e formar uma nação isolada e dizer que não tínhamos nada que ver com as suas tradições culturais, que não tínhamos nada que interferir nas suas expressões culturais! Pois, só que os animais, infelizmente para suas insolências, não existem para servir sob um país ou os interesses humanos. Isso é coisa do passado. Hoje em dia, com o desenvolvimento tecnológico, não é justificável que os animais continuem a servir o homem, ou a prestar juramento a uma bandeira ou ao cifrão, quase como regime militar obrigatório. É ridículo e é arcaico. Estão também sempre com a história de que quem é contra é porque não conhece as touradas e arroga conhecimento. Eu não preciso de saber que gás usavam no extermínio de judeus ou que pão lhes davam de comer nos campos de concentração ou que armamento os obrigavam a produzir para o exército alemão para saber que foi uma calamidade que teve que ser terminada, ainda que pela força. A única coisa que eu prefiro de saber é que é um espectáculo que promove maus tratos a animais, humilhação, agonia, desespero, obrigando-os a participar neste delírio psicopata! Não preciso de saber mais nada. Tradição, história? A evolução suplanta tudo isso! A história da humanidade é como a história de qualquer pessoa individual, serve para aprender com os erros do passado e alterar a conduta para algo que promova a coerência e a integridade! Já Leonardo Da Vinci, no século XV, defendia os animais. Mas tal como na sua época, as suas invenções e visão do mundo no geral eram demasiado avançadas para a mentalidade rústica que imperava, talvez quase 6 séculos depois! algumas das suas ideias sejam grandes demais para caber na cabeça de muita gente, infelizmente. Mas não se preocupem, que este espectáculo decadente há-de acabar, quando se educarem as crianças para o respeito absoluto da vida alheia, sem descriminação de espécie, e não se permitir que elas sejam mais expostas a violência contra animais em ambiente depressor da sensibilidade! As touradas, como outras actividades que constituem verdadeiros atentados à dignidade da vida animal e à sua plena expressão em ambiente natural, e uma afronta tão ignominiosa que faz nutir asco à inteligência e à integridade do homem moderno! Eu até acho ridículo que em tantos sítios se pondere sequer resolver isto por meio de referendos. Também foi preciso fazer um referendo para consagrar na lei a proibição de matar, maltratar ou torturar um ser humano? Ou somos suficientemente atrasadinhos para isso? Então, porque raio é preciso atender a lobbies para decidir isso? Decidir democraticamente vidas, não é democracia alguma. A vida tem um valor intrínseco infinitamente superior a qualquer sistema político ou social! Deixemos de ser ridículos. Postos de trabalho? Mas agora vamos justificar imoralidades com base em questões económicas? É o dinheiro que dita o valor ou a extensão de uma vida? Até dá vómitos pensar isso! Se a Igreja de um dia para o outros começasse a ter problemas financeiros e descobrisse que se restaurasse os autos-de-fé até teria suficiente assistência para reequilibrar as suas finanças seria legítimo fazê-lo?! Quanto parvoíce vai para aqui... E sim, é mais do que óbvio que os espectáculos estão a decair em assistência. Até porque, sabem que mais, prefiro gastar 6 € ou 8 € até que sejam a ver um bom filme durante 2 horas do que a gastar um balúrdio descomunal para compactuar nos maus tratos a seres sencientes! Mas onde é que está a dúvida? O que raio é que as torturas ensinam? A ser-se cobarde? A ser-se exibicionista? A fazer depender a sua felicidade de reputação da violência contra seres que não se podem defender? Também se sentem bem a bater em mulheres e crianças, se tiverem uma plateia a aplaudir-vos? Enfim, enfim...

Eu compreendo perfeitamente que uma má formação pessoal e influências culturais negativas e persistentes possam inculcar uma visão dos animais como meras coisas, utensílios do ser humano, utensílios de caça, de divertimento, de palhaçada, de testes ridículos. Apenas peço que uma vez na vida parem para pensar que se calhar o mundinho iludido em que vivem de superioridade incontestável da vida humana sobre a animal, não passa disso mesmo, de uma ilusão inculcada culturalmente.
por Ricardo Lopes


publicado por Maluvfx às 05:53
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Quinta-feira, 20 de Setembro de 2012
Intelectuais contra as touradas
(...) um cartaz sem data, mas provavelmente de meados do século passado (foi visado pela Comissão de Censura), no qual várias personalidades portuguesas se pronunciavam sobre touradas, a convite da Sociedade Protectora dos Animais.
(..) esse cartaz (..) transcrevia posições antigas contra as touradas que se tornaram actuais (...) transcrevo alguns dos depoimentos de intelectuais portugueses da época que nele constam:
"Os espectáculos bárbaros e cruéis, em que o prazer dos espectadores está precisamente na contemplação do martírio e, porventura, na agonia dos animais sacrificados, em que se integram as corridas de touros, o tiro aos pombos e os combates de animais uns contra os outros, devem ser banidos de todas as sociedades com pretensão a civilizadas".
Pedro José da Cunha, Professor e
 Antigo Reitor da Universidade de Lisboa
"Sou contra os 'touros de morte' como teria sido contra os bárbaros combates dos circos romanos, em que os homens eram atirados às feras. Não posso concordar, portanto, com que se atirem, nos nossos circos, as pobres feras aos homens!"
Leal da Câmara, Professor e Pintor de Arte
"Como homem e como professor não posso deixar de lhes enviar a minha mais completa e entusiástica adesão ao protesto levantada pela Sociedade Protectora dos Animais contra um espectáculo indigno do nosso tempo, da nossa mentalidade, da nossa civilização".
Aurélio Quintanilha, Professor da Universidade de Coimbra
"A multidão desvairada das praças de touros é a mesma multidão odiosa das arenas de Roma, é a mesma multidão que nas madrugadas das execuções se proscreve dos leitos para ir contemplar, numa bestialidade repugnante, o dos condenados à morte a contorcer-se no garrote ou na forca, a cabeça dos decapitados dependurando-se sangrenta, clamando vingança, não das mãos delicadas, da filha de Herodíades, mas sim das mãos imundas, indignas do carrasco."
Ferreira de Castro, Escritor 


 (...)
 Seria hoje possível encher um cartaz com depoimentos semelhantes de intelectuais portugueses?

Fonte: De Rerum Natura


publicado por Maluvfx às 11:40
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Sábado, 15 de Setembro de 2012
Porque é que há gente aficcionada e se mantém fiel à tradição?
Deve haver muito tribalismo. Marias e Manéis são criados no ambiente tauromáquico desde a infância, absorvem a cartilha e vão com os outros e as outras. São alvo da influência e evitam pensar, interessar-se, terem coragem em discordar e mudar, mesmo que vacilem e reconheçam que há sofrimento dos animais. Mas seria difícil discordar, seria incómodo, provocaria zanga e arriscaria acusação de traição e castigo por parte da multidão. 

Com certeza, que reconhecem sofrimento da parte dos animais, mas mais forte do que compaixão será o gosto pelo "espectáculo", pela "festa das pessoas (claro que os animais não festejam, pois sofrem)", a presunção, a cumplicidade, o companheirismo, a confraternização, mais ou menos embriagada e embriagadora. 

Para essa onda, então que se lixe o sofrimento dos bichos, quando a tourada é tão "entusiasmante"?

Trata-se, pois, de defender o espectáculo, a tradição, o negócio, a facturação dos “artistas”, as "admiráveis qualidades" da tauromaquia e os "feitos culturais, virtuosos e admiráveis dos artistas tauromáquicos" e as barrigadas de gozo que as touradas proporcionam?

Penso que cartas abertas críticas e didácticas dirigidas ao lobby pouco influência terão na evolução desta mentalidade, mas deverão ter um ricochete importante e levar o público em geral a tomar conhecimento e a reflectir sobre a realidade da tauromaquia. Pouco esforço exigem, pois os argumentos dos críticos da tauromaquia são óbvios. Penso que devem ser frequentes e variadas.
Provavelmente, até provocarão respostas dos aficcionados, que representem tiros nos próprios pés.

Vasco Reis
médico veterinário aposentado
Aljezur


publicado por Maluvfx às 10:43
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Touradas V
Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada. A violência, o sangue, a crueldade, tudo o que humilha e desrespeita a vida jamais poderá ser considerado "arte" ou "cultura". A violência é a negação da inteligência.
Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que se sustem na tradição), cujas vítimas directas são milhares de animais.
É degradante ver que nas praças de touros torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.
Portugal não se pode permitir continuar a prática do crime económico que é desperdiçar milhares de hectares de terra para manter as manadas de gado, dito bravo. A verdade é que são precisos dois hectares de terreno, o equivalente a dois campos de futebol, para criar em estado bravio cada boi destinado às touradas. Ora isto é tanto mais criminoso quando Portugal é obrigado a importar metade da alimentação que consome. Decerto os milhares de hectares desperdiçados a tentar manter bois em estado bravio, produziriam muito mais útil riqueza se aproveitados em produção agrícola, frutícola, etc.
Uma minoria quer manter as touradas e as praças de touros, bárbara e sangrenta reminiscência das arenas da decadência do Império Romano. De facto nas arenas de hoje o crime é o mesmo: tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos para divertimento das gentes das bancadas. Como pode continuar tamanha barbaridade como esta, das touradas, no século XXI?
Só pode permanecer como tradição o que engrandece a humanidade e não os costumes aberrantes que a degradam e a embrutecem.

Não seja responsável pela tortura.
Não assista a touradas!


publicado por Maluvfx às 04:24
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Sexta-feira, 14 de Setembro de 2012
Apelo contra a transmissão televisiva de touradas e contra a publicidade tauromáquica
Apelo fundamentado em conhecimentos científicos irrefutáveis.

Exmos. Srs.,

Dirijo-me a V.Exas apoiado em conhecimentos científicos irrefutáveis, que me motivam e cuja revelação deve influir didacticamente em quem tenha capacidade de compreensão. Nesse sentido, permitam-me recordar que:

"Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa, ausentes nas plantas. Portanto, medo e dor são essenciais e condições de sobrevivência.
A ciência revela que a constituição anatómica, a fisiologia e a neurologia do touro, do cavalo e do homem e de outros mamíferos são extremamente semelhantes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto, o ferimento.
Eles são tanto ou mais sensíveis do que nós ao medo, ao susto, ao prazer e à dor.
Descobertas recentes confirmam que animais, muito para além de mamíferos, aves, polvos, são seres inteligentes e conscientes. O senso comum apreende isto e a ciência confirma."
É inegável que touradas provocam enorme sofrimento a touros e cavalos. É lastimável que empresa apoiem isso.

Venho, por este meio, apelar à RTP e à TVI para que deixem de emitir touradas, e à SIC - a quem muito agradeço por ter deixado de as emitir -, para que jamais retroceda nesta matéria.
Venho, igualmente, apelar aos anunciantes da televisão para que se dissociem por completo da tauromaquia, nomeadamente, tomando todas as medidas para que, em circunstância alguma, os spots publicitários das suas campanhas sejam difundidos no intervalo imediatamente anterior ou em interrupções comerciais de qualquer espetáculo tauromáquico televisionado.
Incluo nos destinatários desta mensagem algumas agências de meios, para que também estas saibam que, embora me recuse terminantemente a assistir a atos de crueldade contra animais, vou tendo conhecimento de quais as marcas que não se estão a dissociar dos blocos de publicidade supra referidos, por intermédio de materiais como estes: http://youtu.be/fBnf-z9Ze78 e https://www.facebook.com/photo.php?fbid=452671758099726&set=a.454703424563226.106105.215151238518447&type=3&theater. E se até há pouco tempo, não sabia quais as marcas implicadas, agora que sei, qualquer aparição das mesmas me transporta mentalmente para cenários de sangue, dor, sofrimento, agonia e morte, fazendo-me perder completamente a vontade de as utilizar/consumir.
Gostaria muito que todas as estações de televisão nacionais, ao invés de transmitirem espetáculos violentos e deseducativos como as touradas, optassem por dar o seu contributo para que Portugal seja um país onde as crianças e os jovens sejam, desde cedo, ensinados a respeitar os animais e a natureza. Gostaria também que as restantes organizações a que ora me dirijo, tivessem presente que são co-responsáveis pela sociedade em que estão inseridas, e deixassem de promover as suas marcas nos espaços em causa, por uma sociedade civilizada. Por um Portugal mais modernos e progressista que não admita espetáculos de crueldade contra os animais.
Agradecendo pela atenção dispensada e ficando na expectativa de uma resposta, que espero que seja positiva, a esta minha mensagem,

Com os melhores cumprimentos,
Vasco Manuel Martins Reis, médico veterinário
Aljezur



publicado por Maluvfx às 10:44
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Terça-feira, 11 de Setembro de 2012
(des)Argumentos: Touradas IV
DEFENSORES DOS ANIMAIS: A tourada é um ato bárbaro indigno de pessoas civilizadas que desrespeitam os mais elementares direitos de todos os seres vivos da Terra: viver sem sofrimento.

AFICIONADOS: A tourada é um nobre espetáculo em que um ser humano enfrenta um animal selvagem, com técnica, coragem, elegência, num ritual com milénios.

ARGUMENTOS EM DEFESA DAS TOURADAS
1 - Se não houvessem touradas e os seus adeptos, os touros bravos já estavam extintos.
2 - Quem não gosta ou não concorda, tem a opção de não ver. Pois, quem gosta não tem o direito de ver?
3 - As touradas são uma tradição antiga e por isso deve ser defendidas e perpetuadas.
4 - Está cientificamente que os touros não sofrem durante as touradas.
5 - O que se exige nua tourada de um touro é apenas que seja fiel à natureza com que nasceu.
6 - Se quem gosta respeita, ou devia respeitar quem não gosta, quem não gosta deve respeitar quem não gosta.
7 - A arte de tourear é uma arte bonita.
8 - As touradas enaltecem a nobreza do touro.

in PENSAR AZUL, Alves, F; Arêdes J.; Carvalho J.


publicado por Maluvfx às 06:46
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