Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Sexta-feira, 23 de Julho de 2010
Cerveja de R$ 1,3 mil é servida em animais mortos empalhados
Embalagem e teor alcoólico da cerveja 'The End of History' geraram polêmica
Uma cerveja escocesa cuja garrafa é feita a partir de animais empalhados está provocando polêmica e revolta entre alguns consumidores.
Cada garrafa da cerveja The End of History ("O Fim da História"), feita pela cervejaria BrewDog da cidade escocesa de Fraserburgh, custa a partir de 500 libras (cerca de R$ 1.350).
As garrafas são inseridas em animais empalhados, que servem de embalagem para o produto. Entre os animais usados estão sete mustelídeos, quatro esquilos e uma lebre. A cervejaria alega que todos os animais morreram de causas naturais e não foram caçados. A BrewDog atraiu críticas de duas entidades escocesas, uma de proteção dos animais e outra de combate ao alcoolismo.
A Advocates for Animals diz que a ideia de se usar animais mortos como garrafas é "perversa".
"É sem sentido e é completamente negativo usar animais mortos, quando nós gostaríamos de celebrar animais vivos", disse à BBC a diretora da Advocates for Animals, Libby Anderson.
"É uma forma errada de se pensar em animais. As pessoas deveriam aprender a respeitar os animais, em vez de usá-los como um truque idiota de marketing. Eu espero que as pessoas não joguem fora 500 libras em algo tão macabro."
Já a Alcohol Focus Scotland, entidade de combate ao alcoolismo, criticou a The End of History, anunciada pela BrewDog como a cerveja com maior teor alcoólico do mundo – 55%.
"Isso é outro exemplo de uma companhia passando dos limites do que é aceitável, tudo em nome de táticas baratas de marketing", disse Bárbara O'Donnell, diretora da entidade.
A BrewDog já foi criticada anteriormente por fabricar cervejas com teor alcoólico de 32% e 41%. Normalmente, o teor alcoólico de uma cerveja comum varia de 4% a 7%.
A cerveja também é anunciada pelo fabricante como a mais cara da história. Os donos da cervejaria defendem o produto das críticas.
"Nós queremos mostrar às pessoas que existe uma alternativa às cervejas de corporações monolíticas, introduzindo-as a uma abordagem completamente nova em relação à cerveja, elevando o status da cerveja na nossa cultura", disse James Watt, um dos fundadores da BrewDog.
Fonte:
BBC Brasil
Terça-feira, 1 de Junho de 2010
Indústria cruel
A verdade sobre os bastidores da carne no “dia nacional do hambúrguer” nos EUAPor Giovanna Chinellato (da Redação)Dia 28 de maio foi o dia nacional do hambúrguer nos EUA. Os americanos consomem mais de 14 bilhões de hambúrgueres por ano. Um hambúrguer do McDonalds custa cerca de dois dólares. Mas quanto custa um hambúrguer para os animais?
Um hambúrguer pode conter carne de centenas de vacas diferentes, até de abatedouros diferentes. A maior parte do gado de corte passa seus últimos meses de vida em baias minúsculas de engorda.
No período de engorda, os animais são forçados a ingerir hormônios, antibióticos e alimento gorduroso. Sua ração é à base de milho, mas normalmente contém restos de galinhas, porcos e perus. E também pode conter animais atropelados e cães e gatos eutanasiados, assim como esterco de bois, porcos ou galinhas. Como as vacas deveriam comer apenas grama, elas precisam ruminar o alimento. Para isso, usam-se pastilhas de borracha em vez de fibra natural.
Depois de algumas semanas na engorda, os bois são mandados para o matadouro. Eles recebem uma pancada na cabeça e são pendurados de cabeça para baixo a fim de que sangrem até a morte. A pancada que recebem quase nunca é suficiente para deixá-los inconscientes e continuam se debatendo quando a faca rasga suas gargantas.
Além do custo para os animais, existe o impacto ambiental do hambúrguer. A fabricação de um único hambúrguer gasta combustível fóssil suficiente para um carro pequeno rodar 40 km. De acordo com a Rainforest Action Network, aproximadamente cinco metros quadrados de floresta são destruídos para a produção de cada hambúrguer.
Qual o mal de apenas um hambúrguer? Bem, se você perguntar para Stephanie Smith, muito mal. Stephanie Smith era uma instrutora de dança aposentada e, graças a um único hambúrguer, ela nunca mais poderá andar. Certa vez ela comeu um hambúrguer infectado com coliformes fecais, que carregava a bactéria E. coli. Ela se sentiu mal depois de comer o hambúrguer e foi mantida em coma induzido por três meses. Hoje ela está paralisada, com problemas cognitivos e danos no rim. O caso de Stephanie contra a produtora Cargill Inc. foi estabelecido no começo desse mês.
Ainda pensando em como comemorar o dia nacional do hambúrguer? Recomendamos hambúrguer de soja.
via ANDA
Sexta-feira, 28 de Maio de 2010
Por que não sou vegetariano
Acho natural e louvável que as pessoas apliquem sua empatia a animais não-humanos.
E acho ainda mais natural que isso costuma ser feito mais à medida em que o animal em questão é mais aparentado a nós. É por isso que cães fazem mais sucesso entre nós que lagartos. Lagartos nos parecem frios e indiferentes, cães demonstram ter várias das nossas emoções.
Alguns veganos dizem que você deve aplicar direitos iguais ou análogos aos direitos humanos a outros animais, na medida em que estes animais apresentam "sensciência".
Tenho para mim que o problema começa com a terminologia. Sensciência é um termo muito obscuro. Não descreve as coisas bem. Se se refere à recepção sensorial, no quesito do tato por exemplo um peixe é mais sensciente que um bugio; no olfato um um porco é mais sensciente que um chimpanzé, na visão um lêmure de Madagascar é mais sensciente que um musaranho-toupeira.
Se se refere à capacidade de processamento cortical ou à dor, a coisa fica complicadíssima. Para começar, a maioria das espécies animais sequer tem um córtex cerebral. Em nós e outros vertebrados existe um sistema nocirreceptor (uma parte do sistema sensorial dedicada a detectar a dor), mas este sistema não servirá como comparação para saber se a maioria das espécies animais sente alguma dor.
Pode-se argumentar, entretanto, que os animais usados na pecuária como gado de corte têm homologias de córtex e sistema nociceptor, o que é verdade. Vacas realmente podem sentir dor como nós.
Mas uma ética baseada apenas em homologias de nocicepção e processamento cortical é incompleta, mais tarde direi o porquê.
O que importa para o momento é que "sensciência" é um termo de uma obscuridade inadmissível para tentar impor a outros uma conduta.
Uma dieta vegetariana é bem mais custosa financeiramente que uma dieta onívora [que vem sendo praticada na nossa linhagem há milhões de anos].
Alguns dos motivos para tanto são os seguintes:
- os animais que comemos sintetizam, extraem e concentram em seus tecidos nutrientes essenciais que se formos extrair dos vegetais precisaremos ter um grande gasto energético com processamento industrial. Enquanto o refugo desse processamento é eliminado naturalmente e mais facilmente reciclável nos animais de criação [porque, apesar da inflação populacional que causamos, eles são parte de uma biosfera que evoluiu métodos de reciclagem eficientes por bilhões de anos], o lixo que seria gerado por nossa indústria que faria este trabalho seria de mais difícil reciclagem.
- os animais fazem o trabalho da indústria alimentícia bem melhor, porque sua economia fisiológica é resultado da seleção natural. Por isso, para alimentar a população mundial com todos os nutrientes essenciais, incluindo a vitamina B12, é bem mais barato [sustentando portanto mais vidas] usar o consumo de produtos alimentícios de origem animal.
Dizer, como dizem os veganos, que comer animais é imoral, traz consigo algumas premissas tácitas, como por exemplo um absolutismo moral, como se saber o que é moral e imoral fosse tão objetivo quanto saber a que temperatura e pressão a água ferve.
Não é bem assim. Fundamentos morais só existem na forma de postulados internos a escolas filosóficas particulares.
Fundamento moral será o imperativo categórico para os kantianos, será o cálculo de quantidade de dor e prazer para os utilitaristas, será a obediência cega a decálogos para fundamentalistas cristãos.
Filosofia moral [também chamada de Ética, a área da filosofia que se dedica à investigação da conduta (ethos), e a partir disso o discernimento de que condutas são desejáveis ou indesejáveis] não é álgebra.
É engraçado escutar de veganos que eu, por exemplo, seria imoral por comer carne, quando eles usam como premissas um termo obscuro (sensciência) e uma ideia bastante simplória do que seria moralidade, filosofia moral ou ética.
Eu poderia mostrar facilmente que observando certas acepções de "sensciência" e "moral", eu estou agindo perfeitamente bem, sendo "ético", ao comer carne apenas de animais anencéfalos. Ou seja, eu posso achar na ética que estes veganos defendem uma justificação para continuar comendo carne.
Mas o problema não pára aí.
Existe uma assimetria de tratamento da biodiversidade animal aqui, e uma incongruência filosófica.
Comecemos pela assimetria. Levando em conta o mantra de "respeitem os animais", eu como biólogo devo chamar atenção para o seguinte:
Por que ninguém tem dó das moscas que caem na sopa ou das lombrigas assassinadas com licor de cacau?
Existem razões para salvar as Taenia spp. e outros animais nojentos, entre os quais presumo que estejam Necator spp., Ascaris spp.,Tunga penetrans, Pulex irritans, Schistosoma mansoni, insetos das ordens Phthiraptera, Blattaria, Diptera, além de outros animais classificados como Annelida, Mollusca, Chelicerata, Platyhelminthes.
Por que estes invertebrados nojentos devem ser protegidos da extinção?
- Porque por estarem aqui neste planeta há milhões de anos, são parte do equilíbrio dos ecossistemas onde são encontrados naturalmente. A quebra desse equilíbrio pela extinção desses animais ameaça muitas outras espécies conectadas a eles, inclusive as que sustentam o ser humano.
- Porque são resultados improváveis e contingentes do processo da evolução biológica, e não existem em nenhum outro lugar neste universo. Eliminá-los seria como queimar todas as obras de Shakespeare.
- Porque a evolução lhes concedeu modos eficazes de sobrevivência, que se estudados podem gerar novas tecnologias.
Por outro lado, por que os invertebrados nojentos que parasitam APENAS o homem (não é o caso da maioria dos citados) devem ser extintos?
- Antes eles do que nós. Eu queimaria todas as peças de Shakespeare se conservá-las ameaçasse a minha vida.
Por que o PETA, o vegan-power, e movimentos afins são ridículos?
- Porque doutrinam pessoas com falácias, porque agem de maneira assimétrica na conservação da biodiversidade (não se importando com os invertebrados nojentos aqui listados), porque demonstram grande ignorância sobre a biodiversidade, e porque acham que os direitos dos outros animais têm de ser defendidos passando por cima dos direitos humanos.
Tratada a assimetria, falemos da incongruência. Alguns veganos e vegetarianos dizem não comer carne porque querem defender os direitos dos animais de corte.
Se deixarmos de abater estes animais para consumo, que vai ser deles? O ser humano fez foi favorecer o sucesso reprodutivo de espécies como Gallus gallus e Bos taurus. Sem nós, eles nunca seriam tão numerosos, não teriam a oportunidade de sequer nascer.
Nesta ética vegetariana, o que é melhor? Sofrer ou nunca ter existido?
Estariam alguns vegetarianos defendendo o direito de não existir?
Em conclusão, para não me estender demais, devo ressaltar que eu não defendo o sofrimento dos outros animais. Métodos de abate indolor são bem-vindos.
Mas alguns vegans/vegetarianos-moralistas estão querendo demais: a total e completa parada no consumo de produtos de origem animal. Isso é fanatismo, isso é doutrinação, isso é dogmatismo, isso é ser inflexível, parecem pastores pregando sua seitazinha por aí.
Uma informação que não deve constar em filmes veganos como "A carne é fraca" nem nos blogs veganos que estão se multiplicando pela internet feito bolor em pão guardado:
Crianças recém-nascidas por volta dos 7 meses de gestação precisam do extrato de pulmões de porcos para conseguirem respirar.
Porque os pulmõezinhos delas não produzem os surfactantes (que evitam que o pulmão fique colapsado como um saco molhado por dentro), que são jogados fora quando se mata um porco. Há sintéticos, mas funcionam mal.
Então, é preferível salvar os porquinhos a salvar bebês recém-nascidos?
Não? Então é aceitável o abate de porcos para esse fim, não é?
Então é melhor guardar certas ilações moralistas vegetarianas fanáticas, já temos muitos outros tipos de fanatismos prejudiciais na nossa sociedade para nos preocupar.
Não há nada melhor para uma criança desnutrida comer do que um bom e suculento fígado. Vamos ficar gastando rios de dinheiro para extrair os mesmos nutrientes de um fígado em toneladas de plantas, em vez de ir pelo caminho mais fácil que é criar um herbívoro que faz isso por nós?
A Ética existe em função do ser humano, que precisa seguir uma vida tranquila sem remorsos do que fez ou fará (se bem que não é grande o número de pessoas que realmente tem essa preocupação, não entre políticos). Não me venha dizer que eu tenho que me sentir culpado pelo salaminho que comi hoje, quando eu mal digeri a minha incapacidade de fazer alguma coisa pelo menininho que me pediu esmola.
Sistemas éticos absolutistas só servem aos dogmáticos, não aos céticos, e têm um saldo negativo para com a felicidade ao longo da história.
por Eli VieiraCriador da rede social Evolucionismo, presidente da Liga Humanista Secular do Brasil (LiHS). Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília
Nota: Gostaria de saber qual a vossa opinião. Comentem!
Quinta-feira, 13 de Maio de 2010
A produção de ovos de granja e derivados de galinha
As fazendas que abastecem as grandes cidades aplicam métodos de linha de montagem. Os animais são tratados como máquinas que convertem rações baratas em carne, ovos e leite mais caros. Sob esse aspecto, os animais vivem vidas miseráveis do nascimento ao abate. As galinhas têm a má sorte de servirem aos humanos de duas maneiras: pela sua carne e pelos seus ovos.
As galinhas poedeiras passam a vida inteira sem poder se locomover devido ao minúsculo tamanho das suas celas , pisando em fios de arame, sem descanso para os pés, com a luz acesa 24 horas por dia, confinadas sem possibilidades de andar , sem ver a luz e tomar banho d e sol , sem conseguirem virar sobre si mesmas, levantar ou bater uma asa. Normalmente, são usadas gaiolas contendo 2 ou 3 aves , medem de 30 a 35 centímetros de largura por 43 de comprimento (menos que uma página de jornal aberta).
Não podem levantar totalmente no fundo da gaiola e o chão é inclinado para o ovo rolar em direção à calha coletora. O sofrimento do animal é devido ao espaço reduzido e à alimentação pouco natural, forçada, que é um risco para a saúde animal e humana, devido ao uso excessivo de antibióticos, hormônios e à acumulação de toxinas. Em alguns casos, o número de galinhas chega a 9 por gaiola.
Estas galinhas põem mais de 250 ovos por ano, logo os seus corpos ficam fracos e morrem frequentemente com ovos entalados ou por problemas de fígado, devidos ao esforço desenvolvido para produzir gordura e proteínas para os ovos. Após um ano de produção de ovos, as galinhas são consideradas gastas, “inúteis” e são abatidas. Os seus esqueletos fragilizados partem durante o transporte e no matadouro, acabam em derivados de galinha, onde os seus corpos são desfeitos de modo a esconder as nódoas negras , as penas e as fezes dos consumidores. Muitas são incluídas em rações para outros animais de criação.
Os pintos machos não têm valor econômico e são deitados fora no dia em que nascem, da forma mais barata possível, frequentemente postos no caixote do lixo, onde sufocam ou são esmagados e triturados vivos por máquinas de tratamento de lixo. Alguns produtores evitando o “desperdício”, moem os pintinhos vivos, com penas e fezes e depois temperam para fabricar derivados de galinha ( Caldo Knorr, Maggi, Arisco , etc...) Os pintinhos machos que nascem nas granjas são descartados, vivos , moídos numa espécie de liquidificador gigante. Outros são incinerados ou enterrados vivos .
Esta é uma realidade que resume bem o modo de pensar e agir da indústria de criação intensiva produtora de aves e ovos e outros animais no mundo inteiro . Você não precisa deixar de comer ovos - e certamente não o fará. M as quando for ao supermercado, d ê preferência aos ovos de GALINHA CAIPIRA , ou encomende-os a um sitiante (temos vários em Guaratiba), eles são mais naturais e as galinhas caipiras são criadas mais soltas e sem os requintes bárbaros do capitalismo selvagem . Assim , você estará contribuindo em não sustentar essa indústria, fazendo uma alimentação sem crueldade e diminuindo o sofrimento e a tortura dos animais no mundo .
Fonte
Terça-feira, 11 de Maio de 2010
Leite pode, né?
Um dos equívocos mais comuns das pessoas que param para praticar, criticar ou pensar no vegetarianismo é a presunção de que não pode haver implicações éticas na produção de leite. Partindo desse pressuposto errado, muitos julgam o veganismo uma postura radical, desnecessária e exagerada. Não é.
Essa presunção geralmente se baseia no raciocínio simplista de que "pra produzir o leite, não mata-se a vaca". Existem duas realidades básicas com que precisamos nos confrontar para quebrar este preconceito.
1 - Mata-se a vaca, sim. Todos os animais usados pela indústria se desgastam e, num certo momento, passam a não ser tão produtivos quanto o produtor gostaria. Então o produtor manda-nos para o abate sem pestanejar, e coloca animais novos no lugar. Como um telefone celular que começa a dar defeito e você troca.
2 - Enquanto a vaca não torna-se improdutiva, ela tem uma vida miserável. A maior parte do tempo confinada em espaços pequenos, com mangueiras elétricas ordenhadeiras acopladas nas suas tetas. Grande parte das vacas sofrendo de mastite, inflamação das mamas devida à ordenha exagerada. Todas sendo emprenhadas a uma frequência alucinante e perdendo seus filhos apenas 24 horas após o parto, apesar de seu cuidado maternal ter uma tendência natural a durar meses. Todas urrando desesperadamente ao ser separada de seus filhotes, de forma muito semelhante ao desespero de uma mãe humana ao ser forçadamente separada do seu bebê.
Esta vaca, que passará por várias separações forçadas e um sofrimento inimaginável durante toda a sua vida, poderá chegar aos cinco anos de idade - quando já estará exaurida e será mandada para o abate.
Portanto, a resposta é
não - leite não pode. Um copo de leite ou um pedaço de queijo vêm com tanto sofrimento quanto um pedaço de carne, senão mais. A propósito, comer apenas 100 gramas de queijo equivale a beber de 2 a 2,5 litros de leite.
Não devemos ter papas na língua ao falar isso, nem devemos ter o cinismo de fingir que não sabemos disso. Se você não sabia, agora sabe.
Esta é uma homenagem de Dia das Mães às vacas leiteiras - tão mães quanto as mães humanas, mas diariamente sentenciadas a um dos maiores suplícios que uma mãe pode sofrer: a separação forçada dos seus filhos. O cuidado maternal é um comportamento natural extremamente significativo para grande parte dos mamíferos e aves - não apenas para os humanos. Se você ainda não acredita nisso, ou acredita mas não assimila, sugiro visitar uma fazenda e arrancar um bezerro recém-nascido de perto da sua mãe. Os urros da mãe falarão por si.
FonteArgumento Animal DEBATENDO OS QÜIPROCÓS DA EXPLORAÇÃO ANIMAL by Guilherme Carvalho
Quinta-feira, 6 de Maio de 2010
Bicho não é gente
O colunista de Zero Hora Cláudio Moreno, em sua coluna de 4 de maio de 2010, conseguiu provar que é possível ser culto em uma área do conhecimento e ser curto em outras.
Para o articulista, em seu artículo “Bicho não é gente” (leia-o na íntegra, ao final desta mensagem), “Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o animal, a quem atribuem “direitos”. Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os animais. Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles…”.Se verdadeiros os argumentos arremessado, pode-se depreender que:> Quem não tem a capacidade de dizer não a seus instintos, como uma criança faminta ou como um mãe que mesmo sob risco de morte tenta salvar a qualquer custo seu filho em perigo, está alguns degraus abaixo de “nós”, que “temos a capacidade de dizer não a nossos instintos”;> Quem não tem consciência de si mesmo, como os portadores de distrofias mentais severas, também estão alguns degraus abaixo de “nós”, que “temos consciência de nós mesmos”;> Quem se preocupa em definir os limites éticos de nossa relação com os animais está alguns degraus acima dos outros, mesmo que “definir os limites éticos” signifique “azar, stou com fome e minha barriga ronca mais alto que minha ética…Partindo das premissas do curto articulista, é perfeitamente possível justificar o abuso de crianças, afinal, elas não tem, ainda – a “capacidade de dizer não a seus intintos”, quando bebês não “tem consciência de si mesmos”, e “não se preocupam em definir os limites éticos de sua relação com os animais” – isot é, ainda seguindo a linha de raciocínio perpetrada no artículo, os menores não tem direitos.Mas o mais triste é que, apesar de ser um excelente articulista sobre questões do idioma pátrio (o articulista é professor de português) e de entender muito de mitologia, com excelentes artigos escritos a respeito de ambos os assuntos, o profeçor desconhece lições mínimas – e terríveis – de História: os mesmos argumentos por ele utilizados neste artículo já foram esgrimidos como verdades incontestáveis em outras épocas – leia-se o texto do rapaz, com a palavra “animal” trocada por outras palavras representativas de grupos então minoritários, e tem-se uma noção muito clara do quanto falta para evoluirmos.O artigo original – preconceito atual Onde lê-se “bicho”, leia-se “índio” – preconceito passado Onde lê-se “animal”, leia-se “negro” – preconceito passado Onde lê-se “animal”, leia-se “negro” – preconceito passadoBicho não é gente“Infelizmente, essa confusão entre os dois mundos nem sempre é tão inofensiva. Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o animal, a quem atribuem “direitos”.Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os animais.Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles…”.Índio não é gente“Infelizmente, essa confusão entre os dois mundos nem sempre é tão inofensiva. Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o índio, a quem atribuem “direitos”.Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os índios.Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles…”.Veado não é gente“Infelizmente, essa confusão entre os dois mundos nem sempre é tão inofensiva. Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o veado, a quem atribuem “direitos”.Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os veados.Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles…”.Negro não é gente“Infelizmente, essa confusão entre os dois mundos nem sempre é tão inofensiva. Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o negro, a quem atribuem “direitos”.Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os negros.Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles…”.Como pulou a história de Roma e seu legado jurídico durante seus estudos, o profeçor esquece que um dos preceitos básicos do Direito, herança dos romanos, é o de que a cada direito corresponde um dever, e vice-versa. Assim, ao afirmar que “Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles,”, dá a entender que já que temos deveres para com eles também temos direitos sobre eles.O fecho de ouro, digno de quem domina gramaticalmente o idioma mas não avança muito nas idéias que fujam deste campo do conhecimento (como Ética e História), é do gênero ‘oração-final-que-mostra-que-apesar-de-tudo-eu-não-sou-mau’: … “uma responsabilidade que se tornou gravíssima no momento em que todos os animais deste planeta – da foca ao tigre, da anta ao canguru – passaram, tanto quanto o gato de nossa casa, a depender do bem ou mal que decidirmos fazer.”.Restrinja-se a o Português à Mitologia, professor, faça este bem à humanidade. E aos animais.O artículo, na íntegra:Bicho não é gentePlínio, o grande naturalista de Roma, dizia que o elefante era o mais humano dos animais – e por várias razões. Primeiro, porque entendia a língua do seu país, obedecia às ordens que recebia e lembrava muito bem de suas tarefas. Depois, porque era sensível aos prazeres do amor e da glória, e possuía, num grau raro até mesmo entre os homens, noções de honestidade e justiça. Além disso, demonstrava extraordinária prudência, pois, embora fosse corajoso, sempre procurava evitar as perigosas viagens por mar, recusando-se a subir em qualquer navio sem que antes seu tratador prometesse, solenemente, que um dia o traria de volta para casa.Havia evidências indiscutíveis de que este nobre animal tinha uma inteligência fora do comum e dela se orgulhava. Plínio conta que Mutianus, que foi cônsul por três vezes, conheceu um elefante que, tendo aprendido a traçar com a tromba todo o alfabeto grego, fazia questão de riscar na areia macia a frase “Eu mesmo escrevi estas palavras” – e a este contrapõe o exemplo daquele outro que, envergonhado por ter nascido com o raciocínio mais lento, tinha sido surpreendido, à noite, revisando em segredo as lições que o treinador lhe ministrava durante o dia…Os leitores do passado aceitavam candidamente esses relatos de Plínio. Não enxergavam o absurdo contido na simples ideia de um paquiderme alfabetizado, nem indagavam como é que se descobre quando um elefante está com vergonha, ou que método ele usa para revisar as lições do dia anterior. O romano de dois mil anos atrás imaginava que os animais eram muito mais próximos do homem do que realmente eles são, atribuindo-lhes a capacidade de pensar e de entender a linguagem humana – não muito diferente, aliás, de uma querida amiga minha que, ainda hoje, mantém “conversas sérias” com o cachorro, certa de que basta falar bem devagar para que o danado entenda frases repletas de orações condicionais e de verbos conjugados no futuro!Infelizmente, essa confusão entre os dois mundos nem sempre é tão inofensiva. Há gente pregando por aí o fim de qualquer limite, rebaixando o homem e endeusando o animal, a quem atribuem “direitos”. Mas são seres irremediavelmente diferentes! Eles têm lá seus sentimentos, desenvolvem algumas habilidades, trocam mensagens básicas com os demais membros da espécie – mas isso é tudo. Só nós temos a capacidade de dizer não a nossos instintos, só nós podemos ter consciência de nós mesmos (e disso o nosso rosto é a expressão mais visível) e só nós nos preocupamos em definir os limites éticos de nossa relação com os animais. Eles não têm direitos; nós é que temos deveres para com eles, uma responsabilidade que se tornou gravíssima no momento em que todos os animais deste planeta – da foca ao tigre, da anta ao canguru – passaram, tanto quanto o gato de nossa casa, a depender do bem ou mal que decidirmos fazer.VAL
Prezado Sr. Cláudio Moreno:
Em resposta a seu artigo ‘Bicho não é gente’, que li na Zero Hora de ontem (04/05), gostaria de citar um trecho da excelente reportagem publicada na revista Terra, edição 141, número1, janeiro de 2004: “Admitindo-se que a escala de inteligência animal é tão longa como os estudos recentes de etologia supõe, o problema passa a ser, então, identificar comportamentos que demonstrem habilidades superiores, como a autoconsciência e a manipulação lógica de símbolos. Para a surpresa de muitos pesquisadores, essas características estão sendo identificadas em praticamente todos os mamíferos pesquisados-de camundongos a elefantes. Pesquisas com cães, por exemplo, vêm demonstrando que esses animais têm habilidades cognitivas impressionantes. Embora eles convivam com seres humanos há cerca de 15 mil anos, tendo inclusive recebido o epíteto de ‘melhor amigo do homem’, somente agora os etólogos estão confirmando hipóteses que os donos de cães smpre desconfiavam: que eles pensam e sentem de uma maneira muito semelhante a nós”. E segue: “…O filósofo Kant afirmou que a razão humana não pode especular nada além do que a experiência permite. Agora somos obrigados a admitir que nem sequer a inteligência é um atributo somente humano. A muralha que um dia separou o homem dos outros animais já não parece inabalável e sua queda, preconizada por muitos etólogas, pode nos obrigar a mais uma vez rever nossa posção na natureza”, conclui assim brilhante matéria do jornalista VinÍcius Romanini, intitulada ‘Existo, Logo Penso’.
Então, Sr. Cláudio, os animais merecem ou não merecem ter direitos?
Cordialmente,
Marcio Vinharski
via VAL
Quarta-feira, 5 de Maio de 2010
EMBARQUE DE ANIMAIS VIVOS: PROTESTE!
Mensagem enviada pelo GAE - Grupo pela Abolição do Especismo, de Porto Alegre/RS
ESTÁ VENDO ESTE FOCINHO?
Este é um dos dez mil bovinos que neste momento estão amontoados em um navio-curral de vários andares, viajando em direção ao Egito e não é para conhecer as pirâmides.
Eles estão submetidos às piores condições, nas quais passarão quase um mês, tempo que dura esta viagem absurda. Tudo porque estão sendo exportados como se fossem coisas, como se não tivessem apego à vida, como se não estivessem em pânico, como este da foto, que busca um pouco de ar, tem a sorte de estar numa beirada, e tenta entender onde está, entender como foi parar tão longe de onde vivera até então e o que fez para merecer estar ali. Sem seus conhecidos, sem a alimentação que estava acostumado a buscar nos campos, sem um espacinho para deitar e ruminar.
Está esmagado, porque o lucro depende de quantos cabem em cada compartimento. Não sabe ainda que muitos morrerão no caminho e serão jogados no mar, que talvez ele seja um deles e que morrer no caminho talvez seja um prêmio. Quem não morrer prosseguirá, dia após dia, até chegar ao ponto final onde não encontrará pastagens verdejantes, mas sim os homens que os conduzirão à morte.
Como são mortos os bois no Egito? Nem imaginamos. Talvez seja até pior do que é no Brasil.
Quem tem o direito de tirar as vidas destes animais que nada fazem a não ser se submeter a tudo? Que crime eles cometeram que não o de serem dóceis? O de ter uma carne que os egípcios e os brasileiros e tantos outros gostam de ter à mesa por nunca terem pensado nos direitos animais ou por puro egoísmo.
Se você concorda que esse comércio tem que parar, tente fazer duas coisas:
Lembrando: só assinar é muito pouco. É incindir sobre apenas um aspecto da crueldade e da exploração animal. A forma de realmente mostrar que os animais importam para você, todos os animais, é se tornando vegano.
Grupo pela Abolição do Especismo GAE
www.gaepoa.org
tags: animais,
anti-ética,
conscientizar,
crueldade,
defesa animal,
direitos animais,
direitos dos animais,
exploração animal,
gae,
maus-tratos,
protestos,
proteção animal,
vídeos
Sexta-feira, 23 de Abril de 2010
Tortura e sacrifício de animais em rituais religiosos
O Deputado Edson Portilho, do Rio Grande do Sul, teve a desventura de criar um projeto de lei que permite que os animais sejam torturados e sacrificados em rituais religiosos.O parlamentar, sabendo que os protetores dos animais se manifestariam, fez a seguinte trama: marcou a apresentação para votação da lei num dia de julho, mas fez um chamado urgente e marcou a reunião às pressas, mais cedo. Os únicos avisados foram os demais deputados. Ou seja: não havia defesa.Os animais não tiveram oportunidade de ter pessoas que os representassem. Quem poderia responder por eles? E aconteceu o que mais temíamos: houve 32 votos contra os animais e apenas 2 a favor. Os animais agora poderão ter olhos e dentes arrancados e cortados em vários pedaços para fazer o tal Banho de Sangue. Os animais que não servem mais para o ritual são mortos a sangue frio, conscientes e sem qualquer anestesia.Por isso, vamos garantir que o deputado nunca mais consiga se reeleger. Divulgue, para que Edson Portilho não se eleja para mais nenhum tipo de cargo.Fontevia Vista-se Vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), solicitou nesta sexta-feira à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que revogue a Lei 12.131 que altera o Código Estadual de Proteção aos Animais do Rio Grande do Sul. Em ofício ( veja a imagem do ofício )enviado ao gabinete da governadora, Tripoli argumentou que a proposição sancionada em 2004 afronta o bem-estar animal pois permite que ocorram maus tratos em rituais das religiões afro-brasileiras.
“É uma proposta malfada, uma atrocidade. Nossa manifestação é contrária pois a lei permite que os animais sejam torturados e sacrificados indiscriminadamente durante cerimônias religiosas”, atentou. No documento, o parlamentar paulista também ressaltou que se houver necessidade entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao Supremo Tribunal Federal com a finalidade de suprir a lei.
Fontevia Vista-seAlexandre Costa | 24 de abril de 2010Após extraordinária manifestação de internautas, deputado solicita revogação da lei que permite que animais sejam torturados e sacrificados indiscriminadamente durante cerimônias religiosas no Rio Grande do Sul.
O vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), solicitou no final da tarde de sexta-feira (23) à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB-RS), que revogue a Lei 12.131/2004 que altera o Código Estadual de Proteção aos Animais do Rio Grande do Sul. Em
ofício enviado ao gabinete da governadora, Tripoli argumentou que a proposição do deputado Edson Portilho, sancionada em 2004, afronta o bem-estar animal, pois permite que ocorram maus-tratos em rituais e cerimônias religiosas.
“É uma proposta malfadada, uma atrocidade. Nossa manifestação é contrária, pois a lei permite que os animais sejam torturados e sacrificados indiscriminadamente durante cerimônias religiosas”, atentou. No documento, o parlamentar paulista também ressaltou que, se houver necessidade, entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao Supremo Tribunal Federal com a finalidade de suprir a lei.
A ação do deputado veio na hora certa, e acredito que foi motivada por milhares de pessoas que se uniram para repugnar a lei. Quando vi a ”nota” que mencionava a atrocidade contra os animais no site da Anda (Agência de Notícias de Direitos Animais), resolvi transformá-la na
matéria principal do meu blog.
Fiquei indignado com tamanha crueldade. Mesmo que para fins de cultos religiosos, é uma prática absurda de ser aceita. Depois de publicada, divulguei durante todo o dia no meu
twitter, no Orkut, sites agregadores e em outros blogs. Com isso mobilizamos milhares de colaboradores que utilizaram a rede para denunciar. Várias pessoas retuitavam e criavam
hashtags de denúncia e repugnação contra esta prática e contra o político autor da Lei. A mensagem foi reeditada, ganhando inúmeros apelos que se multiplicaram vertiginosamente na rede. No final do dia, o nome do deputado autor da infeliz façanha estava no topo do
Trending Topics Brasil do
Twitter, que mostra quais são os assuntos mais comentados do dia.
Acredito que a mobilização de milhares de blogueiros, twitteiros e internautas de um modo geral, foi fundamental para disseminar a notícia e ao mesmo tempo, resgatar a opinião da sociedade que na sua maioria ficou indignada com a lei. A matéria publicada em meu Blog e retuitada milhares de vezes foi apenas uma contribuição de uma grande manifestação promovida por internautas de todo o país. As redes sociais tem um poder que ainda não conhecemos e não sabemos realmente como utilizá-la.
Sábado, 10 de Abril de 2010
Mais uma moda desumana de humanos
Parece natural esquartejar animais mas pior é as pessoas pagarem para ver este 'espectáculo'(?), festa(?) onde as estrelas são açougueiros (talhantes, em Portugal) célebres que cortam com precisão quase ciruurgica animais em cima de uma mesa, como se de cirurgias se tratassem.
Que mais iremos ver?
Que mais irão inventar para humilhar um animal depois de morto?!??
O ser humano é o
único animal que mata por desporto, por prazer, não para sobreviver mas por gula, para se entupir de cadáveres putrefactos que lhe vão assegurar uma vida sem qualidade, com todos os problemas de saúde inerentes ao consumo animal.
Porquê??
Que mal nos fizeram os animais para merecerem ser escravizados, usados, abusados, violentados, presos e privados de um acto, de um direito natural e inerente a qualquer animal, a
VIDA!
Se a moda pega....
Nada em vista (ainda) pelo Brasil ou Portugal, mas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, açougueiros comandam festas disputadíssimas em que desossam animais enquanto os participantes tomam drinks e observam o animal que está inteiro em cima de uma mesa ser cortado.
Enquanto fazem a desossa, os açougueiros explicam os cortes, dão dicas e receitas. A carne vai para a grelha e depois é servida. Os preços dos convites vão de 25 a 100 dólares, depende do endereço da festa e do status do açougueiro-celebridade.
Festa que açougueiros desossam animais é moda entre gourmets
O açougueiro celebridade do Brooklyn,
de Nova York, Tom Mylan
aplicando a arte da desossa
Para se tornar uma celebridade das facas afiadas, o caminho trilhado pela maioria deles foi o da cozinha para o açougue. Com formação em gastronomia, os chefs queriam saber mais sobre a procedência das carnes que preparavam. A partir daí identificaram produtores locais e acabaram virando ativistas contra a carne industrializada. Os açougueiros de butique trabalham apenas com animais orgânicos, criados soltos a alimentados em pastos. Estudando a arte das facas, hoje eles dão cursos - que podem chegar a 10 mil dólares - e ensinam como os mortais devem fazer para cortar o próprio bife.
O ex chef e hoje açougueiro Ryan Farr, do açougue 4505 Meat, em São Francisco, Estados Unidos, é adepto da filosofia nose-to-tail, onde se aproveita todo o animal, do nariz ao rabo. No seu blog, ele anuncia festas da desossa, dá dicas e receitas de como preparar e aproveitar todas as partes do animal. "Penduraremos um gordo bezerro do rancho Magruder que foi alimentado com capim. Eu o cortarei inteiro, grelharemos hambúrgueres frescos e todo o resto. Mmmmmm!", do seu blog.
Quem popularizou a cozinha nose-to-tail foi o chef inglês Fergus Henderson, que inspirou os açougueiros americanos atuais. Ele fundou o restaurante St John, em Londres, e ficou famoso por preparar pratos com cortes de carne dispensados por outros chefs. Inicialmente seu restaurante era frequentado por jovens artistas ingleses, mas logo ganhou o reconhecimento de uma estrela do Guia Michelin e ele entrou para o seleto hall dos maiores chefs do mundo.
Tom Mylan é outro que trocou as panelas pelas facas. Ex chef, hoje mantém o açougue e laboratório The Meat Hook, no Brooklyn, em Nova York, onde dá aulas e festas da desossa. Do seu blog: "A festa é minha e eu vou ficar louco se eu quiser, sim" e "Corações de pato recheados com chorizo. Nada mais a dizer aqui". Os novos açougueiros são divertidos e mantêm blogs, twittam e postam no Facebook. É assim que os foodies antenados sabem das festas e dos cortes preparados por esses açougueiros-celebridades.
No Brasil há cinco gerações, a família de açougueiros Wessel mantém a marca há 52 anos e é uma das únicas butiques de carne que ainda existe por aqui. István Wessel atribui aos cortes especiais que vendem. "Há 10 anos os chefs não tinham formação nenhuma em carnes. Trabalhavam apenas com cortes como mignon e picanha". A procura por especialização ainda é grande, garante. Wessel dá duas aulas por ano, e as vagas esgotam rapidamente.
Redação Terra
Domingo, 21 de Março de 2010
Repúdio à semana do foie gras, em São Paulo
Sentiens Defesa Animalsentiens@sentiens.net
Um dos exemplos mais bizarros e desumanos de violência contra os animais é a produção do foie gras, ou patê de fígado de ganso. Anualmente, 10 milhões de gansos e patos são mortos para a produção de quase 17 mil toneladas de foie gras.
O processo se resume a tortura: os animais são confinados nos criadouros em espaços pequenos para que não consigam se movimentar e, consequentemente, não gastem energia desnecessariamente. Numa área de dois metros quadrados são confinados até 12 animais.
Como eles se alimentam? Nada naturalmente. Se você está pensando em algo como ciscar, você está, infelizmente, muito enganado.
O criador prende a ave entre as pernas e, esticando seu pescoço, enfia um grosso tubo de metal por sua garganta. Esse tubo tem, em média, 30 centímetros de comprimento. Em seguida, um motor bombeia uma mistura de milho e gordura diretamente no estomago do animal. Um anel de borracha amarrado no pescoço impede que a ave vomite.
Esse processo é repetido de 3 a 5 vezes ao dia, fazendo com que a ave consuma cerca de 3 quilos de ração por dia. Com essa alimentação excessiva e desequilibrada o animal desenvolve problemas cardíacos e disfunções intestinais. Após 3 ou 4 semanas, os “sobreviventes” são abatidos.
O que se vê, então, são órgãos deformados. O fígado de um animal sadio pesa cerca de 120 gramas. O do animal tratado dessa maneira chega a 1200 gramas, dez vezes mais que o normal!
E é esse fígado doente, com mais do que o dobro de gordura de um hambúrguer comum, que as pessoas comem com satisfação em requintados restaurantes.