Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.

Domingo, 18 de Julho de 2010
O Bicho-Humano e o metano
Que os animais também são grandes “detonadores” da camada de ozônio já deve ser do conhecimento de todos. Mas eles não o fazem de propósito, claro. As grandes criações de animais em massa, dos bichos-humanos, é que também os tornam co-vilões do clima.


A criação de gado, por exemplo, é um detonador do clima da terra sobretudo por duas razões. Uma é por exigir enorme espaços de terra, que se obtém pelo desmatamento. E nessas derrubadas, anualmente se produzem 2,4 bilhões de dióxido de carbono!

Imagens de satélite de agosto de 2001, comparadas com as de agosto de 2006, revelaram o incrível aumento do desmatamento no Mato Grosso do Sul. Foram 540 mil hectares de florestas destruídos em apenas cinco anos!

Calcula-se que cada hamburguer que se consome destruiu 6 metros quadrados de floresta. Só o Brasil e a Bolívia terão desmatado, de 2007 até 2010, três milhões de hectares de florestas. Para produzir o quê? Inclusive carne de hamburguer!

Outro aspecto, não menos perigoso, é o que os animais expelem. Seus escrementos, pela composição e grande quantidade, poluem o solo. E o gás metano, que os mamíferos produzem em sua digestão, é um dos maiores “inimigos” do clima mundial.

Nós, humanos, também produzimos gases. Cerca de um litro por dia. Mas o gado produz até 250 litros por dia! Ou seja, a cada 40 segundos uma vaca arrota uma bela porção de metano! E cada arroto cava um furo a mais na camada de ozônio.

Hoje, só nos países mais pobres do mundo, há mais de 1,3 bilhão de pessoas que subsistem através da criação de gado. Ela ocupa uma terça parte das terras cultiváveis do planeta. E 33% das áreas cultivadas são usadas só para produzir comida para os animais.

E agora, diante desse quadro?
Você bem sabe que se criam animais por causa dos costumes alimentares dos bichos humanos, não é mesmo? A carne dos animais, seu leite e derivados fazem parte “imprescindível” da mesa de bilhões de pessoas.

Mas não para as/os vegetarianas/os! E se você ainda não se preocupou com as relações existentes entre criação de animais » costumes alimentares » destruição da camada de ozônio » mudança de clima da terra, convido a fazê-lo.

Que tal você tomar um pouco de seu tempo para refletir sobre essas questões tão importantes, inclusive para a nossa sobrevivência?

Faça a sua parte! Tente! Não comer carne de animais é algo perfeitamente viável. Prescinda você um pouco de seus hábitos carnívoros pelo bem-estar das futuras gerações. Tanto das gerações de seres humanos, como das de animais. – Eles lhe serão eternamento gratos!


publicado por Maluvfx às 01:04
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Sexta-feira, 4 de Junho de 2010
ONU recomenda dieta vegana para combater mudanças climáticas
Fazenda em Mato Grosso

Uma mudança global para uma dieta vegana é vital para salvar o mundo da fome, pobreza de combustíveis e os piores impactos da mudança climática, diz um novo relatório da ONU. A previsão é de que a populção mundial chegue a 9.1 bilhões de pessoas em 2050 e o apeite por carne e laticínios é insustentável, diz o relatório do programa ambiental da ONU (UNEP).



A agricultura, particularmente produtos de carne e laticínios, é responsável pelo consumo de cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do uso de terra e 19% das emissões de gases estufa, diz o relatório que foi lançado para coincidir com o dia do meio ambiente no próximo sábado (05 de junho).

Diz o relatório: “Espera-se que os impactos da agricultura cresçam sustancialmente devido ao crescimento da população e o crescimento do consumo de produtos animais. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil producar alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial de impactos somente seria possível com uma mudança de dieta, eliminando produtos animais.”

O painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o mais crescimento econômico, eles disseram.

Professor Edgar Hertwich, o principal autor do relatório, disse: “Produtos animais causam mais dano que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. Biomassa e plantações para animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fóssil.”

Ernst von Weizsaecker, um dos cientistas que lideraram o painel, disse: “Crescente afluência está levando a um maior consumo de carne e laticínios – os rebanhos agora consomem boa parte das colheitas do mundo e, por inferência, uma grande quantidade de água doce, fertilizantes e pesticidas.”

Fonte: Guardian
via Lobo Repórter


publicado por Maluvfx às 20:13
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Sábado, 22 de Maio de 2010
Dia Internacional da Biodiversidade
Biodiversidade

A biodiversidade engloba a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no planeta. Assiste-se a uma perda constante deste conjunto, com extinções e destruições com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. 

As principais causas são as alterações nos habitats naturais, resultantes dos sistemas intensivos de produção agrícola, da construção, da exploração de pedreiras, da sobrexploração das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da introdução de espécies alóctones invasivas, da poluição e, cada vez mais, das alterações climáticas globais. Vários estudos recentes da AEA mostram que se não forem envidados mais esforços políticos significativos, é improvável que esse objectivo seja atingido.






Alterações Climáticas e Perda de Biodiversidade: Portugal Será um dos Países da Europa mais Afectados
A Terra está a perder biodiversidade a uma taxa sem precedentes. No Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, as alterações climáticas voltam a constituir a preocupação central assumindo-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.
A Terra está a perder biodiversidade a uma taxa sem precedentes. No Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, as alterações climáticas voltam a constituir a preocupação central assumindo-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.

Península Ibérica: zonas húmidas e anfíbios entre os mais afectados
Na Europa, a subida do nível do mar poderá ser até 50 % mais acentuada do que a média global. Cerca de 20% das zonas húmidas podem correr o risco de desaparecer até 2080, arrastando as espécies animais e vegetais que delas dependem. Os ecossistemas mediterrânicos, incluindo os de Portugal, estão entre os mais vulneráveis a uma subida de 2 a 5º C, sob um efeito combinado da seca e dos fogos florestais.
No Sul da Europa, o potencial hidroeléctrico diminuirá entre 20 a 50 % até 2070, o que é particularmente alarmante no caso de Portugal, se pensarmos que o Governo tenciona construir mais barragens.
A isto somam-se mudanças drásticas na distribuição das espécies animais. Os anfíbios na Península Ibérica serão especialmente afectados e condenados a viver em áreas cada vez mais limitadas, tal como os répteis, que dependem de charcos e pântanos para a sua reprodução. Quanto às florestas já estão a sofrer dos Verões excessivamente quentes e consecutivos incêndios florestais, aos quais se irá juntar a problemática da escassez de água.

Que resposta para estes problemas?
Dada a dimensão e inter-relações do problema das alterações climáticas, é necessária uma forte vontade e determinação colectiva aos vários níveis; global, nacional e local. Concretamente é importante preservar a biodiversidade especialmente sensível às alterações climáticas, criar refúgios e preservar habitats que permitam uma adaptação de longo termo (ex: vales fechados onde algumas espécies possam migrar em altitude), estabelecer redes de áreas protegidas terrestres, aquáticas e marinhas que tenham em linha de conta as alterações climáticas previstas, reforçar a investigação sobre as ligações alterações climáticas-biodiversidade, e integrar plenamente a biodiversidade nos planos de mitigação e adaptação que cada país deve criar.

Portugal – um caminho estruturante na Conservação da Natureza é preciso
A nível europeu e mesmo nacional algumas iniciativas voluntárias estão em curso, mas é necessário actualizar as Directivas já existentes. Portugal é reconhecido como um dos países da Europa com maior riqueza ao nível da biodiversidade. Porém, nos últimos anos temos vindo a constatar um desinvestimento na Conservação da Natureza levando a graves problemas na gestão das áreas protegidas e na preservação dos habitats. As alterações climáticas, que se fazem sentir cada vez mais, associadas à ausência de medidas adequadas de gestão de espécies e habitats e ao desregrado ordenamento do território, poderão fazer com que Portugal perca parte substancial da sua riqueza biológica.

Os serviços prestados pela Biodiversidade
A diversidade biológica é a base da vida na Terra e um dos pilares do desenvolvimento sustentável. A riqueza e variedade da vida tornam possível o “fornecimento de serviços” dos quais dependemos: água potável, alimento, abrigo, medicamentos e vestuário. Os ambientes ricos em biodiversidade são mais resistentes quando atingidos por uma calamidade natural. Tudo isto é de particular importância para os cidadãos mais pobres do mundo, pelo que sem a conservação e uso sustentável da biodiversidade não será possível atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A avaliação dos ecossistemas do mundo e seus serviços feita num estudo à escala mundial permitiu a identificação das alterações climáticas como a maior causa da perda de biodiversidade do nosso planeta, em conjunto com a alteração do padrão de uso dos solos.

A nova grande ameaça à Biodiversidade. Uns conseguirão adaptar-se...
As alterações climáticas já estão a forçar a biodiversidade a adaptar-se, seja através de mudanças de habitat, alterações nos ciclos de vida, ou o desenvolvimento de novas características físicas. Os impactes já observados incluem por exemplo o branqueamento de corais causados pelo aumento de temperaturas do mar, que está a causar a morte de recifes de coral da Austrália às Caraíbas. As aves são bons indicadores das alterações climáticas: algumas espécies já adiantaram a sua época de nidificação, outras movem-se, desaparecendo totalmente das áreas originais. As populações de urso polar estão a ficar em risco à medida que o alimento se torna cada vez mais difícil de caçar. Outras espécies enfrentam desafios mais singulares: o sexo das tartarugas marinhas por exemplo, depende da temperatura, sendo que as temperaturas mais quentes fazem aumentar o número de fêmeas em detrimento dos machos.

Outros não... 1 milhão de espécies sob risco de extinção
Porém nem todas as espécies conseguem adaptar-se e nesse caso enfrentam a extinção. As previsões apontam que até cerca de 1 milhão de espécies ficará extinta como resultado das alterações climáticas. Os recentemente extintos Sapo-dourado e a Rã-parteira-gástrica - descoberta em 1972 na Austrália - já foram identificados como as primeiras vítimas das alterações climáticas. Várias espécies de montanha vêem também ameaçada a sua sobrevivência, o que poderá conduzir à extinção de espécies endémicas. Um estudo feito com 1.350 espécies de plantas de montanhas europeias prevê que a taxa de extinção possa atingir os 60%.

A Biodiversidade também é necessária no combate às alterações climáticas
A ligação entre a biodiversidade e as alterações climáticas funcionam em ambos sentidos: a biodiversitdade é ameaçada pelas alterações climáticas induzidas pelo Homem, mas os recursos da biodiversidade podem reduzir os impactes sobre as pessoas e produção agrícola; a conservação dos habitats pode reduzir a quantidade de CO2 libertado na atmosfera. Estima-se que a desflorestação actual seja responsável por 20% das emissões de CO2. Conservar certas espécies como mangais e culturas agrícolas resistentes à seca pode reduzir impactes desastrosos, tais como as inundações e a fome. Aumentando a resistência dos ecosssitemas podemos melhorar a sua capacidade para nos fornecerem serviços vitais sob a pressão das alterações climáticas. 


Ano Internacional da Biodiversidade


publicado por Maluvfx às 06:03
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Dia Internacional da Biodiversidade
Biodiversidade

A biodiversidade engloba a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no planeta. Assiste-se a uma perda constante deste conjunto, com extinções e destruições com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. 

As principais causas são as alterações nos habitats naturais, resultantes dos sistemas intensivos de produção agrícola, da construção, da exploração de pedreiras, da sobrexploração das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da introdução de espécies alóctones invasivas, da poluição e, cada vez mais, das alterações climáticas globais. Vários estudos recentes da AEA mostram que se não forem envidados mais esforços políticos significativos, é improvável que esse objectivo seja atingido.






Alterações Climáticas e Perda de Biodiversidade: Portugal Será um dos Países da Europa mais Afectados
A Terra está a perder biodiversidade a uma taxa sem precedentes. No Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, as alterações climáticas voltam a constituir a preocupação central assumindo-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.
A Terra está a perder biodiversidade a uma taxa sem precedentes. No Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, as alterações climáticas voltam a constituir a preocupação central assumindo-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.

Península Ibérica: zonas húmidas e anfíbios entre os mais afectados
Na Europa, a subida do nível do mar poderá ser até 50 % mais acentuada do que a média global. Cerca de 20% das zonas húmidas podem correr o risco de desaparecer até 2080, arrastando as espécies animais e vegetais que delas dependem. Os ecossistemas mediterrânicos, incluindo os de Portugal, estão entre os mais vulneráveis a uma subida de 2 a 5º C, sob um efeito combinado da seca e dos fogos florestais.
No Sul da Europa, o potencial hidroeléctrico diminuirá entre 20 a 50 % até 2070, o que é particularmente alarmante no caso de Portugal, se pensarmos que o Governo tenciona construir mais barragens.
A isto somam-se mudanças drásticas na distribuição das espécies animais. Os anfíbios na Península Ibérica serão especialmente afectados e condenados a viver em áreas cada vez mais limitadas, tal como os répteis, que dependem de charcos e pântanos para a sua reprodução. Quanto às florestas já estão a sofrer dos Verões excessivamente quentes e consecutivos incêndios florestais, aos quais se irá juntar a problemática da escassez de água.

Que resposta para estes problemas?
Dada a dimensão e inter-relações do problema das alterações climáticas, é necessária uma forte vontade e determinação colectiva aos vários níveis; global, nacional e local. Concretamente é importante preservar a biodiversidade especialmente sensível às alterações climáticas, criar refúgios e preservar habitats que permitam uma adaptação de longo termo (ex: vales fechados onde algumas espécies possam migrar em altitude), estabelecer redes de áreas protegidas terrestres, aquáticas e marinhas que tenham em linha de conta as alterações climáticas previstas, reforçar a investigação sobre as ligações alterações climáticas-biodiversidade, e integrar plenamente a biodiversidade nos planos de mitigação e adaptação que cada país deve criar.

Portugal – um caminho estruturante na Conservação da Natureza é preciso
A nível europeu e mesmo nacional algumas iniciativas voluntárias estão em curso, mas é necessário actualizar as Directivas já existentes. Portugal é reconhecido como um dos países da Europa com maior riqueza ao nível da biodiversidade. Porém, nos últimos anos temos vindo a constatar um desinvestimento na Conservação da Natureza levando a graves problemas na gestão das áreas protegidas e na preservação dos habitats. As alterações climáticas, que se fazem sentir cada vez mais, associadas à ausência de medidas adequadas de gestão de espécies e habitats e ao desregrado ordenamento do território, poderão fazer com que Portugal perca parte substancial da sua riqueza biológica.

Os serviços prestados pela Biodiversidade
A diversidade biológica é a base da vida na Terra e um dos pilares do desenvolvimento sustentável. A riqueza e variedade da vida tornam possível o “fornecimento de serviços” dos quais dependemos: água potável, alimento, abrigo, medicamentos e vestuário. Os ambientes ricos em biodiversidade são mais resistentes quando atingidos por uma calamidade natural. Tudo isto é de particular importância para os cidadãos mais pobres do mundo, pelo que sem a conservação e uso sustentável da biodiversidade não será possível atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A avaliação dos ecossistemas do mundo e seus serviços feita num estudo à escala mundial permitiu a identificação das alterações climáticas como a maior causa da perda de biodiversidade do nosso planeta, em conjunto com a alteração do padrão de uso dos solos.

A nova grande ameaça à Biodiversidade. Uns conseguirão adaptar-se...
As alterações climáticas já estão a forçar a biodiversidade a adaptar-se, seja através de mudanças de habitat, alterações nos ciclos de vida, ou o desenvolvimento de novas características físicas. Os impactes já observados incluem por exemplo o branqueamento de corais causados pelo aumento de temperaturas do mar, que está a causar a morte de recifes de coral da Austrália às Caraíbas. As aves são bons indicadores das alterações climáticas: algumas espécies já adiantaram a sua época de nidificação, outras movem-se, desaparecendo totalmente das áreas originais. As populações de urso polar estão a ficar em risco à medida que o alimento se torna cada vez mais difícil de caçar. Outras espécies enfrentam desafios mais singulares: o sexo das tartarugas marinhas por exemplo, depende da temperatura, sendo que as temperaturas mais quentes fazem aumentar o número de fêmeas em detrimento dos machos.

Outros não... 1 milhão de espécies sob risco de extinção
Porém nem todas as espécies conseguem adaptar-se e nesse caso enfrentam a extinção. As previsões apontam que até cerca de 1 milhão de espécies ficará extinta como resultado das alterações climáticas. Os recentemente extintos Sapo-dourado e a Rã-parteira-gástrica - descoberta em 1972 na Austrália - já foram identificados como as primeiras vítimas das alterações climáticas. Várias espécies de montanha vêem também ameaçada a sua sobrevivência, o que poderá conduzir à extinção de espécies endémicas. Um estudo feito com 1.350 espécies de plantas de montanhas europeias prevê que a taxa de extinção possa atingir os 60%.

A Biodiversidade também é necessária no combate às alterações climáticas
A ligação entre a biodiversidade e as alterações climáticas funcionam em ambos sentidos: a biodiversitdade é ameaçada pelas alterações climáticas induzidas pelo Homem, mas os recursos da biodiversidade podem reduzir os impactes sobre as pessoas e produção agrícola; a conservação dos habitats pode reduzir a quantidade de CO2 libertado na atmosfera. Estima-se que a desflorestação actual seja responsável por 20% das emissões de CO2. Conservar certas espécies como mangais e culturas agrícolas resistentes à seca pode reduzir impactes desastrosos, tais como as inundações e a fome. Aumentando a resistência dos ecosssitemas podemos melhorar a sua capacidade para nos fornecerem serviços vitais sob a pressão das alterações climáticas. 


Ano Internacional da Biodiversidade


publicado por Maluvfx às 06:03
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Domingo, 18 de Abril de 2010
Já nada é como antes...
Hoje acordei melancólica. Fui ao meu baú de memorias e lembrei-me deste vídeo.
Já nada é como antes, nem as pessoas, nem o clima, nem o Planeta. 
Evoluímos? Como? 
As memórias perdem-se no tempo e nem os líderes se lembram de promessas, de palavras que outrora foram tão fortes, tão sinceras e tão inocentes.
Manda quem quer e faz quem pode. Mas os que podem continuam sem fazer NADA!
Vale a pena relembrar esta história. 
Nós merecemos melhor. O Planeta merece melhor!



Severn Cullis-Suzuki ( Vancôver, no Canadá) é uma activista, escritora oradora de temas ambientais. É possivel que não saibam quem é, porque não aparece na televisão nem nas revistas, mas ficou conhecida aos 12 anos de idade, quando silenciou a ONU num discurso no Rio de Janeiro durante a ECO92.




As suas palavras na altura, parecem tão actuais agora como o eram em 1992.
 Já passaram 18 anos e afinal o que mudou?

Eu falei por seis minutos e recebi uma aclamação de pé. Alguns dos delegados gritaram mesmo. Eu pensei que eu tinha alcançado algum deles com o meu discurso. Agora, dezoito anos mais tarde, depois de ter participado em mais conferências, eu não estou certa que o tenha conseguido. Minha confiança nos povos, no poder e no poder de uma voz foi agitada profundamente.
Quando eu era pequena, o mundo era simples. Mas como um novo adulto, eu estou aprendendo que como nós temos que fazer a escolha -instrução, a carreira, estilo de vida- a vida começa cada vez mais complicada. Nós estamos começando a sentir a pressão de produzir e ser bem sucedidos. Nós estamos aprendendo uma maneira nova de olhar o futuro a curto prazo, centrando sobre termos de quatro anos do governo e relatórios de negócio trimestrais. Nós somos ensinados que o crescimento económico é progresso, mas nós não somos ensinados a como levar a cabo uma maneira feliz, saudável ou sustentável de vida. E nós estamos aprendendo que aquilo que nós pensámos para nosso futuro quando tínhamos 12 anos era idealista e ingénuo.


A mudança ambiental real depende de nós. Nós não podemos esperar nossos líderes. Nós temos que focalizar quais as nossas próprias responsabilidades e em como nós podemos fazer a mudança acontecer.


Filha do Biólogo canadense David Suzuki, Severn Cullis Suzuki, fundou aos 9 anos a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente (ECO). Ficou famosa e conhecida no mundo todo em 1992, quando com 12 anos, proferiu o discurso acima, durante a ECO 92 - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro (Brasil, 1992) e emocionou todos, conseguindo tirar lágrimas de vários delegados e dirigentes políticos, sendo ovacionada por todos os presentes. Desde então, não parou mais! Mundialmente reconhecida como "A menina que calou o mundo por 5 minutos", Severn Suzuki é hoje ativista ambiental, palestrante internacional, apresentadora de TV, autora e membro ativo do painel sobre Meio Ambiente das Nações Unidas. Em suas palestras leva pelo mundo inteiro a importância de redefinir nossos valores, pensar no social, nos mais carentes, agir pensando nas consequências futuras e de ouvir as crianças. É dela também o projeto Skyfish, um site que incentiva a juventude a falar sobre seu futuro e adotar um estilo de vida sustentável.

Este discurso, aconteceu em 1992, mas nunca foi tão atual!



Severn Suzuki
Em 1992, Severn Suzuki, representante da ECO, organização de crianças em defesa do meio ambiente, calou o mundo com apenas algumas palavras.


Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Rio de Janeiro, 1992
“Hoje eu tenho medo de tomar sol por causa dos buracos na camada de Ozônio, tenho medo de respirar porque não sei quais substâncias químicas o estão contaminando…” 
“Apesar do meu medo, eu não tenho medo de mudar o mundo da maneira que eu acredito que deve ser mudado”. clamou Severn para os líderes que assistiram calados, e que ganhou, no ano seguinte, o prêmio anual das Nações Unidas para o Meio Ambiente, pelo seu discurso.
Depois de tanto tempo,  seu discurso ainda é extraordinário e relevante. Porém, é triste perceber que as palavras de Severn Suzuki ainda são muito atuais e, agora, é uma realidade urgente. Ela mesma sabe disso. Sua caminhada em defesa do planeta não parou depois do seu discurso, na cidade do Rio de Janeiro. Severn Cullis Suzuki  tem sido sempre ativa no trabalho da justiça ambiental e social.
O texto do vídeo fala por si, mas pode ser resumido como um grito das crianças para os adultos. Se antes eles ensinaram às crianças a como se comportar, a cuidar do meio ambiente, hoje deixam o mundo sem florestas, destroem a Camada de Ozônio e deixam animais entraram para os cruéis rankings da extinção. Sublinha o medo de um futuro que poderá não existir, e que devemos lutar para impedir que isto aconteça. O preço do nosso futuro, da mudança tecnológica, está nos recursos que nós consumimos, a fim de gerar riqueza. Temos de pensar primeiro sobre as mudanças, às vezes irreversíveis, antes de avançar ainda mais. E se estamos fazendo o nosso ecossistema pagar um preço demasiado alto, a última frase de Severn, emblemática e poderosa, dirigidas aos adultos no encerramento de sua fala é a melhor reflexão:
“Eu desafio vocês. 
Por favor, façam suas ações refletirem as suas palavras. Obrigada”.

Severn hoje, é membro ativo do painel sobre Meio Ambiente das Nações Unidas, É dela também o projeto Skyfish, um site que incentiva a juventude a falar sobre seu futuro e adotar um estilo de vida sustentável.


publicado por Maluvfx às 01:24
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010
Cientistas dizem que cães e gatos poluem mais que carros
Getty ImagesFoto por Getty Images
O estudo mostrou que um veículo que percorre 10 mil km anuais tem um impacto ecológico duas vezes menor que um cão


O problema está no impacto ecológico causado para produzir alimento que eles comem.
Os mais carinhosos animais de estimação, sejam eles gatos ou cachorros, poluem duas vezes mais do que um carro. Quem chegou a essa conclusão foram cientistas na Nova Zelândia que calcularam a superfície necessária para produzir a carne e os cereais consumidos por eles.
O estudo de Robert e Brenda Vale, publicado em outubro de 2009, na revista New Scientist, provocou reações hostis dos defensores dos animais domésticos e de seus proprietários.
Em seu trabalho, os cientistas apontam que para alimentar Medor, um cachorro de tamanho médio que come 164 kg de carne e 95 kg de cereais por ano, o impacto no meio ambiente corresponde a uma superfície de 0,84 hectares.
Por outro lado, um veículo com tração 4x4 que percorre 10 mil km anuais, levando em conta a energia necessária para sua fabricação e a utilizada para seus deslocamentos, tem um impacto ecológico de 0,41 hectares, duas vezes menos que o cãozinho.
Roland Sarda-Esteve, especialista em meio ambiente, explicou que o resultado tem a ver com o tipo de animal e o que ele come.
- Quando se tem um animal ou um objeto, existe obrigatoriamente um preço e uma emissão de carbono. O uso de um 4x4 é menos nocivo em relação ao impacto sobre o clima que um animal de estimação consumidor de carne e cereais.
Reha Huttin, presidente da Fundação 30 milhões de Amigos, uma ONG (Organização Não Governamental) de defesa dos animais.
- Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer.

Huttin também considerou perigoso atacar pessoas que criam animais sob risco de "impor normas, por exemplo, sobre o tamanho dos mascotes".
Seria, a seu ver, mais razoável que cada um calculasse seu próprio impacto sobre o meio ambiente e se esforce diariamente.
Fonte

Estudo foi publicado em outubro na revista 'New Scientist'.
Pesquisa causou polêmica entre defensores dos animais.

Os animais de estimação, sejam eles gatos ou cachorros, poluem duas vezes mais do que um carro, de acordo com cientistas neo-zelandeses que calcularam a superfície necessária para produzir a carne e os cereais consumidos por eles.
O estudo de Robert e Brenda Vale, publicado em outubro de 2009 na revista "New Scientist", provocou reações hostis dos defensores dos animais domésticos e de seus propietários.


Esse cão pode poluir duas vezes mais do que um carro, diz pesquisa

Em seu trabalho, os cientistas apontam que para alimentar Medor, um cachorro de tamanho médio que come 164 quilos de carne e 95 quilos de cereais por ano, o impacto no meio ambiente corresponde a uma superfície de 0,84 hectares.
Por outro lado, um veículo 4x4 que percorre 10.000 quilômetros anuais, levando em conta a energia necessária para sua fabricação e a utilizada para seus deslocamentos, tem um impacto ecológico de 0,41 hectares, duas vezes menos que o cãozinho.
Roland Sarda-Esteve, especialista em meio ambiente, explicou que "quando se tem um animal ou um objeto, existe obrigatoriamente um preço e uma emissão de carbono".
O engenheiro, pesquisador do laboratório de ciências do clima e do meio ambiente, estimou que "o uso de um 4x4 é menos nocivo em relação ao impacto sobre o clima que um animal de estimação consumidor de carne e cereais".

"Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer"
Por sua vez, os defensores dos animais julgaram o estudo "pouco sério" e com riscos de "instrumentalização".
"Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer", reagiu Reha Huttin, presidente da Fundação 30 milhões de Amigos.
Huttin também considerou perigoso atacar pessoas que criam animais sob risco de "impor normas, por exemplo, sobre o tamanho dos mascotes".
Seria, a seu ver, mais razoávez que "cada um calculasse seu próprio impacto sobre o meio ambiente e se esforce diariamente".

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publicado por Maluvfx às 06:32
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Cientistas dizem que cães e gatos poluem mais que carros
Getty ImagesFoto por Getty Images
O estudo mostrou que um veículo que percorre 10 mil km anuais tem um impacto ecológico duas vezes menor que um cão


O problema está no impacto ecológico causado para produzir alimento que eles comem.
Os mais carinhosos animais de estimação, sejam eles gatos ou cachorros, poluem duas vezes mais do que um carro. Quem chegou a essa conclusão foram cientistas na Nova Zelândia que calcularam a superfície necessária para produzir a carne e os cereais consumidos por eles.
O estudo de Robert e Brenda Vale, publicado em outubro de 2009, na revista New Scientist, provocou reações hostis dos defensores dos animais domésticos e de seus proprietários.
Em seu trabalho, os cientistas apontam que para alimentar Medor, um cachorro de tamanho médio que come 164 kg de carne e 95 kg de cereais por ano, o impacto no meio ambiente corresponde a uma superfície de 0,84 hectares.
Por outro lado, um veículo com tração 4x4 que percorre 10 mil km anuais, levando em conta a energia necessária para sua fabricação e a utilizada para seus deslocamentos, tem um impacto ecológico de 0,41 hectares, duas vezes menos que o cãozinho.
Roland Sarda-Esteve, especialista em meio ambiente, explicou que o resultado tem a ver com o tipo de animal e o que ele come.
- Quando se tem um animal ou um objeto, existe obrigatoriamente um preço e uma emissão de carbono. O uso de um 4x4 é menos nocivo em relação ao impacto sobre o clima que um animal de estimação consumidor de carne e cereais.
Reha Huttin, presidente da Fundação 30 milhões de Amigos, uma ONG (Organização Não Governamental) de defesa dos animais.
- Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer.

Huttin também considerou perigoso atacar pessoas que criam animais sob risco de "impor normas, por exemplo, sobre o tamanho dos mascotes".
Seria, a seu ver, mais razoável que cada um calculasse seu próprio impacto sobre o meio ambiente e se esforce diariamente.
Fonte

Estudo foi publicado em outubro na revista 'New Scientist'.
Pesquisa causou polêmica entre defensores dos animais.

Os animais de estimação, sejam eles gatos ou cachorros, poluem duas vezes mais do que um carro, de acordo com cientistas neo-zelandeses que calcularam a superfície necessária para produzir a carne e os cereais consumidos por eles.
O estudo de Robert e Brenda Vale, publicado em outubro de 2009 na revista "New Scientist", provocou reações hostis dos defensores dos animais domésticos e de seus propietários.


Esse cão pode poluir duas vezes mais do que um carro, diz pesquisa

Em seu trabalho, os cientistas apontam que para alimentar Medor, um cachorro de tamanho médio que come 164 quilos de carne e 95 quilos de cereais por ano, o impacto no meio ambiente corresponde a uma superfície de 0,84 hectares.
Por outro lado, um veículo 4x4 que percorre 10.000 quilômetros anuais, levando em conta a energia necessária para sua fabricação e a utilizada para seus deslocamentos, tem um impacto ecológico de 0,41 hectares, duas vezes menos que o cãozinho.
Roland Sarda-Esteve, especialista em meio ambiente, explicou que "quando se tem um animal ou um objeto, existe obrigatoriamente um preço e uma emissão de carbono".
O engenheiro, pesquisador do laboratório de ciências do clima e do meio ambiente, estimou que "o uso de um 4x4 é menos nocivo em relação ao impacto sobre o clima que um animal de estimação consumidor de carne e cereais".

"Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer"
Por sua vez, os defensores dos animais julgaram o estudo "pouco sério" e com riscos de "instrumentalização".
"Os cientistas às vezes gostam de se divertir, e aqui, visivelmente, se divertiram com os números, porque é possível dizer o que se quer", reagiu Reha Huttin, presidente da Fundação 30 milhões de Amigos.
Huttin também considerou perigoso atacar pessoas que criam animais sob risco de "impor normas, por exemplo, sobre o tamanho dos mascotes".
Seria, a seu ver, mais razoávez que "cada um calculasse seu próprio impacto sobre o meio ambiente e se esforce diariamente".

Fonte


publicado por Maluvfx às 06:32
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Quarta-feira, 7 de Abril de 2010
Pesquisa Afirma que Animais Não Causam Efeito Estufa!
Pesquisador afirma que diminuir o consumo de carne e laticínios não traz impacto real no combate ao aquecimento global. A conclusão foi apresentada no início da semana durante o 239º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química. 
Apesar das alegações de que a criação de animais gera muitos gases causadores do efeito estufa, o perito em qualidade do ar, Dr. Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia-Davis, disse que culpar vacas e porcos é cientificamente errado e impede que a sociedade foque em soluções efetivas para combater o problema. Para ele, cortar o consumo de leite e carne significaria apenas mais fome em países pobres – e não diminuição do aquecimento. O foco deveria ser em agricultura e pecuária inteligente, adotando praticas para produzir mais comida com menos emissões. A principal medida, no entanto, seria reduzir o uso de petróleo e carvão para eletricidade, aquecimento e combustível, já que, segundo ele, os meios de transporte causam 26% de todas as emissões-estufa nos Estados Unidos, enquanto a criação de gado e porco gera apenas 3%.  Ele afirmou ainda que essa opinião contrários à carne vem de um erro cometido no relatório das Nações Unidas de 2006 chamado “Livestock’s Long Shadow”. Nele, dizia-se que a criação de animais era responsável por 18% dos gases causadores do efeito estufa – o que seria mais do que os transportes. No entanto, apesar dos animais serem grandes liberadores de metano, Mitloehner acredita que houve um erro na metodologia utilizada na época. As emissões dos rebanhos foram calculadas de forma diferente das do transporte. Os dados dos animais incluíam sua alimentação, suas emissões digestivas e o processamento da carne em comida. Mas na análise do transporte estavam incluídas apenas as emissões de combustíveis pelos veículos, e não todo o ciclo do transporte do combustível e retirada do petróleo.
Fonte: Eco4planet


publicado por Maluvfx às 14:28
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Segunda-feira, 5 de Abril de 2010
Após críticas de 'exagero', FAO vai rever impacto da indústria da carne no clima

Indústria da carne
Para cientista, FAO exagerou impacto da indústria da carne no clima
Especialistas da ONU vão voltar a analisar o papel da indústria da carne nas mudanças climáticas, depois que um relatório sobre o tema foi acusado de exagerar a relação entre os dois fenômenos.
Um relatório de 2006 concluiu que a produção de carne é responsável por 18% das emissões de gases nocivos ao ambiente. Pelo relatório, a indústria da carne polui mais do que o setor de transporte.
O relatório vem sendo citado por ativistas e celebridades que fazem campanha por dietas mais baseadas em vegetais, como o ex-beatle Paul McCartney. No ano passado, o músico lançou uma campanha com o lema "Menos carne = menos calor".
Mas uma nova análise, apresentada em um encontro científico nos Estados Unidos, afirma que a comparação com o transporte é equivocada.
Mais fome
Reduzir a produção e o consumo traria benefícios menores ao meio ambiente do que o que se acreditava, afirma o cientista Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia em Davis (UCD).
Essa 'análise' tendenciosa é uma clássica comparação de 'maçãs com laranjas', que realmente confundiu o assunto.
Frank Mitloehner, cientista sobre o texto da FAO de 2006
"Pecuária mais inteligente, não menos pecuária, é igual a menos calor", disse ele na conferência da Sociedade Americana de Química, em San Francisco.
"Produzir menos carne e leite só vai significar mais fome em países pobres."
Algumas figuras centrais no debate sobre mudanças climáticas – como o diretor do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), Rajendra Pachauri – têm citado o índice de 18% produzido pelo relatório como um motivo para as pessoas reduzirem seu consumo de carne.
O relatório de 2006 – intitulado A Grande Sombra do Gado, publicado pela FAO, a agência da ONU para alimentação e agricultura – chegou ao índice de 18% somando todas as emissões de gases nocivos ao ambiente associados à produção de carne, desde a fazenda até a mesa.
Isso inclui a produção de fertilizantes, técnicas para abrir campos, emissões de metano da digestão dos animais e uso de veículos em fazendas.
Transporte
No entanto, o professor Mitloehner afirma que os autores do relatório não calcularam as emissões do setor de transporte da mesma forma, se limitando a usar dados do IPCC que só incluem queima de combustíveis fósseis.
"Essa 'análise' tendenciosa é uma clássica comparação de 'maçãs com laranjas', que realmente confundiu o assunto", disse ele.
Um dos autores do relatório da FAO, Pierre Gerber, disse à BBC que aceita a crítica feita por Mitloehner.
"Eu tenho que dizer que, sinceramente, ele tem razão em um ponto – nós analisamos tudo na produção de carne, e não fizemos a mesma coisa com transporte", disse ele.
"Mas o resto do relatório eu creio que não foi realmente contestado."
Eu tenho que dizer que, sinceramente, ele tem razão em um ponto – nós analisamos tudo na produção de carne, e não fizemos a mesma coisa com transporte.
Pierre Gerber, autor do relatório da FAO de 2006
A FAO está preparando agora uma análise mais abrangente de emissões do setor de alimentos, disse Gerber.
O relatório será concluído até o final do ano e deve permitir comparações mais precisa entre diferentes tipos de dietas – tanto com carne como vegetarianas.
Organizações usam métodos diferentes para alocar emissões entre setores da economia.
Em uma tentativa de capturar tudo que é associado com produção de carne, a equipe da FAO inclui contribuições, por exemplo, de transporte e desmatamento.
A metodologia usada pelo IPCC separa emissões de desmatamento em uma categoria diferente, mesmo que algumas árvores tenham sido derrubadas para contribuir para a agricultura. O mesmo acontece com o transporte.
Por isso, para alguns analistas, o índice de 18% de emissões produzidas pela indústria da carne no relatório da FAO é tão elevado.
A maioria das emissões relacionadas à indústria da carne vem da abertura de campos – feita por desmatamento – e das emissões associadas à digestão de animais.
Outros cientistas argumentam que a carne é uma fonte necessária de proteína em algumas sociedades com pouca diversidade de alimentos, e que em regiões do leste africano e do Ártico não há possibilidade de plantas sobreviverem. Nesses lugares, a dieta baseada em carne é a única opção.
Mitloehner afirma que em sociedades desenvolvidas, como nos Estados Unidos – onde as emissões do setor de transporte chegam a 26% do total, comparado com 3% da pecuária – a carne é o alvo errado das campanhas de redução de ambições.





Parar de comer carne não seria solução

 

Getty Images
Parar de comer carne não seria solução
Pesquisador americano afirma que é errado culpar rebanhos pelo aquecimento



SÃO PAULO – Pesquisador afirma que diminuir o consumo de carne e laticínios não traz impacto real no combate ao aquecimento global.

A conclusão foi apresentada no início da semana durante o 239º  Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.



Apesar das alegações de que a criação de animais gera muitos gases causadores do efeito estufa, o perito em qualidade do ar, Dr. Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia-Davis, disse que culpar vacas e porcos é cientificamente errado e impede que a sociedade foque em soluções efetivas para combater o problema.

Para ele, cortar o consumo de leite e carne significaria apenas mais fome em países pobres – e não diminuição do aquecimento. O foco deveria ser em agricultura e pecuária inteligente, adotando praticas para produzir mais comida com menos emissões.

A principal medida, no entanto, seria reduzir o uso de petróleo e carvão para eletricidade, aquecimento e combustível, já que, segundo ele, os meios de transporte causam 26% de todas as emissões-estufa nos Estados Unidos, enquanto a criação de gado e porco gera apenas 3%.

Ele afirmou ainda que essa opinião contrários à carne vem de um erro cometido no relatório das Nações Unidas de 2006 chamado "Livestock's Long Shadow". Nele, dizia-se que a criação de animais era responsável por 18% dos gases causadores do efeito estufa - o que seria mais do que os transportes.

No entanto, apesar dos animais serem grandes liberadores de metano, Mitloehner acredita que houve um erro na metodologia utilizada na época. As emissões dos rebanhos foram calculadas de forma diferente das do transporte. Os dados dos animais incluíam sua alimentação, suas emissões digestivas  e o processamento da carne em comida. Mas na análise do transporte estavam incluídas apenas as emissões de combustíveis pelos veículos, e não todo o ciclo do transporte do combustível e retirada do petróleo.
 INFO Online


publicado por Maluvfx às 18:38
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Quinta-feira, 18 de Março de 2010
Nicholas Stern, mudança climática e consumo de carne



O britânico Nicholas Stern, autor do Relatório Stern, declarou ao jornal The Times que a pecuária destinada ao consumo de carne representa “um desperdício de água e contribui poderosamente para o efeito estufa”. Acesse a matéria da agência de notícias EFE, reproduzido pela Folha Online, clicando aqui.
Relatório do economista britânico Nicholas Stern, encomendado pelo governo britânico e lançado em 2006. O levantamento gerou grande impacto mundial ao afirmar que se não forem tomadas medidas para a redução das emissões, a concentração dos gases geradores de efeito estufa na atmosfera poderá atingir o dobro do seu nível pré-industrial já em 2035, sujeitando-nos praticamente a um aumento da temperatura média global de mais de 2ºC. O Relatório Stern apontou também que, em longo prazo, há mais de 50% de possibilidade de que o aumento da temperatura venha a exceder os 5ºC. 
Clique aqui para acessar o documento via site da ANDI.


O Relatório Stern (do nome do seu coordenador, Sir Nicholas Stern, economista britânico do Banco Mundial) é um estudo encomendado pelo governo Britânico sobre os efeitos na economia mundial das alterações climáticas nos próximos 50 anos.
O relatório resultante desse estudo foi apresentado ao público no dia 30 de Outubro de 2006 e contem mais de 700 páginas e é um dos primeiros estudos encomendados por um governo sobre o assunto a um Economista e não a um cientista da área.
Uma das principais conclusões a que se chega no relatório é que com um investimento de apenas 1% do PIB Mundial se pode evitar a perda de 20% do mesmo PIB num prazo de simulação de 50 anos.


Conclusões




  • Os benefícios de uma ação forte e imediata para enfrentar as mudanças climáticas ultrapassam de longe os custos de não fazer nada.
  • A mudança climática afeta os elementos básicos para vida da população: acesso à água, produção de alimentos, saúde e o ambiente.
  • Usando modelos econômicos tradicionais, o custo e riscos da mudança climática equivale a uma perda de 5-20% do PIB mundial por ano.
  • Em contrapartida, agir – por meio da redução dos gases que provocam o efeito estufa – custa apenas 1% do PIB mundial por ano.
  • Os investimentos nos próximos 10-20 anos irão impactar profundamente no clima na segunda metade do século XXI e o próximo. Nossas ações podem criar um desequilíbrio econômico e social, similar as guerras mundiais.
  • Como é um problema mundial, a solução deve partir de um patamar internacional.
  • Se as emissões continuarem nesse ritmo, em 2035 teremos o dobro de gases do efeito estufa do que antes da Revolução Industrial. Isto irá aumentar a temperatura média mundial em 2°C, e no longo prazo em mais de 5°C (com probabilidade de 50%) – essa variação equivale a de hoje com a última era glacial.
  • Essa enorme variação da temperatura mundial irá alterar a geografia humana e física do mundo.
  • Mesmo as predições mais moderadas anunciam impactos sérios na produção, na vida humana e no ambiente mundial.
  • Todas as nações serão afetadas. Os mais pobres sofrerão mais, justamente os que menos contribuíram para esse desastre.
  • Os efeitos da mudança climática não podem mais ser evitados (20-30 anos), mas deve ser feito um esforço para adaptação, de forma que a economia e a sociedade não sofram o impacto diretamente. Isso custará dezenas de bilhões de dólares. Deve ser ainda mais procurada por países em desenvolvimento.
  • Os níveis de emissão de CO2e são atualmente 430ppm e cresce 2ppm/ano.
  • Os riscos serão reduzidos significativamente se os níveis forem mantidos em 450-550ppm. Isso equivale a uma redução de 25%, no mínimo, até 2050.
  • Estabilizar nos níveis atuais exigiriam uma redução de 80%.
  • Para 500-550ppm, deve-se investir 1% do PIB mundial por ano.
  • Esse panorama pode mudar se não for tomada nenhuma política, por inovações tecnológicas ou efeitos combinados.
  • Os países desenvolvidos devem cortar suas emissões em 60-80% até 2050. Mas os países em desenvolvimento também devem fazer cortes significativos.
  • O mercado de carbono pode ser muito eficiente para se atingir esse objetivo. Envolveria centenas de bilhões de dólares por ano em investimentos em tecnologias pouco poluentes e gerariam muito emprego.
  • Essa estratégia não significa: ou cortar a emissão desses gases ou desenvolver o país. Deve-se desenvolver através de investimentos não poluentes. Ignorar os efeitos da mudança climática é que impedirá o desenvolvimento.
  • A emissão pode ser reduzida através do aumento da eficiência energética, mudança na demanda e adoção de tecnologia limpa para energia, aquecimento e transporte.
  • O setor energético precisa ser descarbonizado em 60% até 2050, para atingir a meta de 550ppm.
  • Mesmo com mudanças, o uso de energia fóssil e emissora de carbono deve continuar a ser mais da metade da fonte energética, principalmente em países em rápido crescimento. Por isso a necessidade de captura e estocamento de carbono.
  • Não apenas no setor energético; desflorestamento, agricultura e industria também devem ter suas emissões controladas.
  • Mudança climática é a maior das falhas de mercado. Deve ser atacada em três frentes:

    • Valoração do carbono, por meio de taxas, impostos, comércio e regulação.
    • Desenvolvimento e inovação em tecnologias que emitem pouco carbono.
    • Remover as barreiras a eficiência energética e informar, educar e persuadir os indivíduos de sua responsabilidade.
  • O esforço deve ser coletivo e internacional. União Europeia, Califórnia e China tem políticas ambiciosas. UNFCCC e Kyoto são avanços no sentido de generalizar essas metas. Esforços individuais são insuficientes.
  • Os elementos-chave para o futuro quadro mundial são:

    • Comércio de carbono: para privilegiar aqueles que emitem pouco e fazer crescer a inovação tecnológica não-poluente.
    • Cooperação tecnológica: por acordos ou informais, o investimento em suporte à P&D energético deveria dobrar e no uso das novas tecnologias quintuplicar.
    • Reduzir o desflorestamento: é mais importante e com mais custo-benefício que a redução no setor de transporte.
    • Adaptação: fundos internacionais, focando nos países mais vulneráveis, que desenvolva novas culturas mais resistentes a secas e enchentes.
  1.  STERN REVIEW: The Economics of Climate Change - Summary of Conclusion




O Relatório Stern na íntegra



Table of contents
Summary of conclusions
Preface and acknowledgements
Introduction to Review
Executive summary (full)
Executive summary (short)
Abbreviations and acronyms
Part I: Climate change: our approach (Chapters 1-2)
Introduction
Chapter 1: The science of climate change
Chapter 2: Economics, ethics and climate change
Chapter 2 Technical annex: Ethical frameworks and intertemporal equity
Part II: Impacts of climate change on growth and development (Chapters 3-6)
Introduction
Chapter 3 How climate change will affect people around the world
Chapter 4 Implications of climate change for development
Chapter 5 Costs of climate change in developed countries
Chapter 6 Economic modelling of climate change impacts
Part III: The economics of stabilisation (Chapters 7-13)
Introduction
Chapter 7 Projecting the growth of greenhouse gas emissions
Chapter 8 The challenge of stabilisation
Chapter 9 Understanding the costs of mitigation
Chapter 10 Macroeconomic models of costs
Chapter 11 Structural change and competitiveness
Chapter 12 Opportunities and wider benefits from climate policies
Chapter 13 Defining a goal for climate change policy
Part IV: Policy responses for mitigation (Chapters 14-17)
Introduction
Chapter 14 Harnessing markets to reduce emissions
Chapter 15 Carbon markets in action
Chapter 16 Accelerating technological innovation
Chapter 17 Beyond carbon markets and technology
Part V: Policy responses for adaptation (Chapters 18-20)
Introduction
Chapter 18 Understanding the economics of adaptation
Chapter 19 Adaptation policies: key principles and applications in the developed world
Chapter 20 The role of adaptation in sustainable development
Part VI: International collective action (Chapters 21-27)
Introduction
Chapter 21 Framework for understanding international collective action for climate change
Chapter 22 Creating a global price for carbon
Chapter 23 Supporting the transition to a low carbon economy in developing countries
Chapter 24 Promoting effective international cooperation on technology
Chapter 25 Reversing emissions from land use change
Chapter 26 International support for adaptation
Chapter 27 Building international co-operation on climate change
PostscriptTechnical Annex to Postscript
Annex 7.a Climate change and the Environmental Kuznets Curve 
Annex 7.b Emissions from the power sector
Annex 7.c Emissions from the transport sector
Annex 7.d Emissions from the industry sector
Annex 7.e Emissions from the buildings sector 
Annex 7.f Emissions from the land use sector 
Annex 7.g Emissions from the agriculture sector
Technical Annexes to Chapter 7
Stern Review Index
Independent Reviews Index


publicado por Maluvfx às 12:21
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