Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões.
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.
Sexta-feira, 9 de Dezembro de 2011
Anúncios sexistas
Hoje em dia os publicitários têm muito cuidado ao conceber as suas campanhas. Más experiências anteriores, com anúncios que ofendiam certas pessoas ou classes sociais, fizeram-nos aprender. Conheça alguns cartazes não muito antigos em que o objecto de humilhação era mais de metade da população mundial: a mulher. Humor de mau gosto...
"Quer dizer que uma mulher consegue abri-lo?"Publicidade enganadora, agressiva ou subliminar são conceitos que nos soam familiares. Efectivamente, não há muitas regras no mundo da publicidade para além dos limites éticos de quem a concebe e promove. Obcecados com as vendas e os lucros, promotores e publicitários não olham a meios para persuadir os consumidores a comprar os seus produtos. Todos temos memória de algumas campanhas chocantes, mas nem por isso menos eficazes. Até há cerca de 20 anos, mais ou menos, era possível ver em várias campanhas mensagens ofensivas para determinadas pessoas ou grupos sociais. Sempre que necessário recorria-se a conteúdos racistas e sexistas onde o objecto humilhado era frequentemente a mulher.
Esta utilização continuada da mulher em tom depreciativo explicava-se, na lógica fria da publicidade, porque o público alvo eram os homens - eram eles que ganhavam o dinheiro e, consequentemente, o gastavam. Eram, pois, os potenciais compradores, mesmo que os produtos se destinassem às mulheres. As situações criadas e os chavões comerciais dos publicitários serviam-se frequentemente do humor (ainda hoje se servem), mas um humor boçal, primitivo e de mau gosto, em que a mulher fazia literalmente de palhaço.
Felizmente hoje em dia já não é assim. Há mais respeito e cuidado com as mensagens publicitárias que se enquadram na linha do "politicamente correcto". Os publicitários e anunciantes aprenderam, dir-nos-ão. Se nos permitem, duvidaremos de tanta bondade. O que aconteceu simplesmente é que aqueles indivíduos e grupos que antes eram ridicularizados se tornaram também potenciais compradores. As mulheres deixaram de ser empregadas domésticas não remuneradas e abraçaram carreiras profissionais. Ganham os seus salários e gastam-nos, não necessariamente no mesmo que os homens. E os publicitários - e publicitárias - sabem-no bem.
Toda a mulher tem um problema com a sua figura! Os simpáticos fabricantes de lingerie "Spirella" queriam convencer todos os indivíduos do sexo feminino que as suas linhas não eram... hum... ideais (nenhuma mulher gosta de se ver ao espelho, é sabido). Mas eles tinham a solução: não era necessário ir para o ginásio moldar o corpo; bastava vestir uma das suas peças milagrosas!
O Chef faz tudo excepto cozinhar - é para isso que servem as mulheres! Este robô de cozinha da Kenwood podia fazer tudo excepto retirar às mulheres o imenso privilégio de cozinhar. Repare-se no ar feliz do casal (na altura não eram precisos psiquiatras).
Se o seu marido alguma vez descobre... Que ela anda com outro? Não. Simplesmente que não comprou a nossa marca de café. Absolutamente imperdoável.
Shhh! A mamã está no caminho da guerra! E porquê? Porque as lides domésticas a deixaram cansada e irritável. E então estraga o dia (ou a melhor parte dele) aos machos da casa. Mas se ela usasse o sabonete "New Ivory" acalmava os nervos...
Sopre-lhe o fumo para a cara e ela segui-lo-á a qualquer parte. Concordamos em absoluto: não há nada mais irresistível do que alguém nos soprar o fumo para a cara, é evidente. Já o slogan Mantenha-a no lugar a que pertence nos deixa algumas dúvidas quando à sua eficácia na venda de sapatos para homem.
"Se alguma vez partisses as unhas 14 vezes a limpar um forno saberias porque eu quero tanto este que se limpa sozinho." A mensagem deste anúncio era duplamente negativa. Por um lado transmitia a ideia de que a mulher era uma criatura desajeitada e fútil, obcecada com as suas unhas; por outro, de que o seu lugar era na cozinha. Ao afirmar Cuide da sua casa enquanto cuida do seu peso, o segundo anúncio pretendia apenas vender vitaminas. Certo.
Quanto mais a mulher trabalha, mais bonita se torna! - desde que seja trabalhar em casa, claro, porque sempre É bom ter uma mulher por casa.
Fonte: obvious
Terça-feira, 29 de Junho de 2010
Propagandas de alimentos não saudáveis terão mensagens de alerta
Anvisa publicou resolução que torna obrigatória a informação ao consumidor.
Medida inclui também publicidade de refrigerantes e outras bebidas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta terça-feira (29) no Diário Oficial da União uma resolução que obriga que as propagandas de alimentos considerados com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans, de sódio, e de bebidas com baixo teor nutricional, como os refrigerantes, venham acompanhadas de mensagens alertando para os riscos à saúde em caso de consumo excessivo. As empresas terão 180 dias para se adequar à resolução. Segundo a Anvisa, o regulamento técnico publicado tem como objetivo “coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o público infantil a padrões de consumo incompatíveis com a saúde e que violem seu direito à alimentação adequada”. As mensagens publicitárias devem ser acompanhadas de alertas sobre os perigos do consumo excessivo desses nutrientes.
Exemplos:
a) “O (nome/ marca comercial do alimento) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária”.
b) “O (nome/ marca comercial do alimento) contém muita gordura saturada e, se consumida em grande quantidade, aumenta o risco de diabetes e de doença do coração”.
c) “O (nome/ marca comercial do alimento) contém muita gordura trans e, se consumida em grande quantidade, aumenta o risco de doenças do coração”.
d) “O (nome/ marca comercial do alimento) contém muito sódio e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de pressão alta e de doenças do coração”.
Quando o alimento ou o conjunto a que ele pertença possuir quantidade elevada de dois ou mais nutrientes, deverá ser aplicado o seguinte alerta cumulativamente em relação aos nutrientes: “O (nome/ marca comercial do alimento ou conjunto) contém muito (a) [nutrientes que estão presentes em quantidades elevadas], e se consumidos(as) em grande quantidade aumentam o risco de obesidade e de doenças do coração”.
Refrigerantes incluídos
A medida vale também para bebidas como refrigerantes, refrescos artificiais, concentrados para o preparo de bebidas à base de xarope de guaraná ou groselha e chás prontos para o consumo. Também se incluem bebidas adicionadas de cafeína, taurina, glucoronolactona ou qualquer substância que atue como estimulante no sistema nervoso central.
A medida deve ser aplicadas nas peças publicitárias dos alimentos. Ela não se aplica aos rótulos.
De acordo com a resolução, as empresas deverão manter em seu poder, à disposição da Autoridade Sanitária os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem publicitária e informar seu departamento comercial e as agências de publicidade, sobre este regulamento técnico e as responsabilidades no seu cumprimento.