Ética é o conjunto de valores, ou padrões, a partir dos quais uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma decisões. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana.

Sábado, 8 de Setembro de 2012
Deputados defensores dos animais avisam que touradas em horário infantil é um “retrocesso social”
A Associação Parlamentar de Defesa dos Animais (APDDA) avisou que a retransmissão de touradas em horário infantil não tem sentido e é um “retrocesso social”, depois de sete anos sem transmissão na televisão pública.

Para a APDDA, o anúncio de retransmitir de novo este “espetáculo decadente e cruel” na televisão pública estatal é um “passo atrás” na consciencialização pelo respeito pelos animais.

“As corridas de touros em horário infantil violam todo o espírito e letra da legislação até agora”, sublinhou o porta-voz da dita associação, o deputado de CHA, Chesús Yuste, que dirigiu uma conferência de imprensa para dar conta dos novos projetos da associação, que tem já 28 deputados.

Segundo explica a associação, a RTVE tinha decidido não retransmitir touradas em horário infantil. Mas agora eliminou as touradas da secção de violência para com animais do seu Manual de Estilo, no passado mês de Abril, como passo prévio para recuperar este espetáculo na televisão pública.

Neste sentido, Yuste indicou que a intenção da associação, formada por vários grupos parlamentares, é alcançar acordos de forma a apresentar várias iniciativas no parlamento sobre o tema.

Calendário de trabalho

No que diz respeito ao calendário de trabalho da APDDA, o deputado aragonês adiantou que em dezembro deste ano se celebrará o quinto aniversário da criação da associação e se realizará uma entrega de prémios aos que mais se distinguiram na defesa dos animais.

Entretanto, em abril ou maio, realizar-se-âo umas jornadas de estudo, com participação dos promotores, em que se abordarão diferentes assuntos de interesse sobre o tema.

Para mais, nos próximos meses trabalharão na situação dos animais de companhia, com campanhas de esterilização e fomento de adoções para reduzir a carga das administrações públicas.

Da mesma forma, sinalizou-se que se dará continuidade à subcomissão parlamentar sobre os maus tratos a animais que, no seu entendimento, produziu algumas conclusões “interessantes”, como a necessidade de aprovar uma legislação estatal sobre proteção animal que permita garantir um mínimo entre as legislações autonómicas.

A APDDA falou também da necessidade de abordar uma reforma do Código Penal para endurecer as penas contra os maus tratos a animais e abordar o “polémico assunto” do Toro de la Vega de Tordesillas (Valladolid).

Esta associação parlamentar engloba um total de 28 deputados e ex-deputados de grande parte dos grupos. Assim por exemplo destaca-se a senadora da CiU, Monsterrat Candini; a deputada da IU, Ascensión de las Heras; o ex-senador da Entesa Catalana, Josep María Esquerda; o ex-deputado dos verdes Francisco Garrido; o senador Jordi Guillot da ICV; o ex-deputado Joan Herrera; o ex-senador da CiU, Josep Maldonado; Joan Josep Nuet, deputado da IU; e a deputada da ICV, Laia Ortiz.

Do PSOE encontra-se o porta-voz para as Alterações Climáticas e ex-Ministra do Ambiente Cristina Narbona; o ex-deputado e responsável pelo Meio Ambiente Hugo Morán; a deputada catalã Esperanza Esteve, assim como Pablo Martín Peré e o navarro Juan Moscoso.

DO PP encontram-se os deputados Leopoldo Barreda, Antonio Gallego, Concha Bravo, José Miguel Castillo, Marta Torrado e José López Garrido. Em representação do PNV está Emilio Olabarria, enquanto que do ICV está o senador Joan Saura e o deputado Joan Coscubiela.

Fonte:  Espaço NOA Notícias de Outros Animais
Europapress (traduzido)


publicado por Maluvfx às 13:34
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Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012
Publicidade Longe da Crueldade - Mensagem Especial Anunciantes TV

Por favor, envie a mensagem abaixo sugerida, ou outra da sua autoria, para os endereços indicados. O objectivo é que seja exercida alguma pressão sobre: (1) os anunciantes da televisão que têm vindo, ao longo de 2012, a promover as suas marcas nos blocos de publicidade das touradas televisionadas; (2) as agências de meios que lhes planificam as inserções de publicidade; (3) a RTP e a TVI, que, este ano, estão a emitir corridas de touros. Se não houver interessados em anunciar nos blocos publicitários das touradas, haverá menos interesse na emissão destas, e a indústria tauromáquica sairá a perder.

Para:
dir.comercial@rtp.pt,conselho.opiniao@rtp.pt,direccao.comercial@tvi.pt,aesteves@mediacapital.pt,mcarvalho@sic.pt,atendimento@sic.pt,lourdes.galhoz@danone.com,apoiocliente@imperiobonanca.pt,bmportugal@bacardi.com,info_mbp@daimler.com,info@lactogal.pt,info@sograpevinhos.eu,mail@companhiadasquintas.pt,pt.correio@gsk.pt,recepcao@reckittbenckiser.com,theswatchgroupeuropa@swatchgroup.com,webmaster@lis.boehringer-ingelheim.com,Apoio.Cliente@telepizza.pt,apoio.ptnegocios@telecom.pt,apoiocliente@fidelidademundial.pt,apoiocliente@vodafone.com,atendimento@multicare.pt,cerealis@cerealis.pt,clientes.farma@novartis.com,consumidor@sumolcompal.pt,contacto@bayer.pt,fabricadafelicidade@refrige.pt,geral@mosqueteiros.com,geral@telecom.pt,info@aveleda.pt,info@drinksunlover.com,investor.relations@galpenergia.com,ir@zon.pt,KineraseSupport@valeant.com,marketing@multiopticas.pt,nuno.t.vieira@telecom.pt,provedor.scc@centralcervejas.pt,provedoria@jeronimo-martins.pt,provedoria@sonae.pt,Responsibility@its.jnj.com,servico_clientes@elcorteingles.pt,socialmedia@lidl.pt,suporte-siteparamim@proximity.pt,sustainabledevelopment@loreal.com,trade@zoomarine.pt,comunicacao.unicer@unicer.pt,info.portugal@carat.com,jose.cardoso@mecglobal.com,info.pt@omd.com,arena.portugal@arena-media.com.pt,zo@zenithoptimedia.pt,tomas.gonzalez-quijano@mindshareworld.com,portugal@mediacom.com,smglisboa@smgiberia.com.pt,info.lisboa@brandconnection.com,executive@executive-media.pt,media@novaexpressao.pt,antonio.duarte@maxusglobal.com,info.pt@phdnetwork.com,info.lisboa@umww.com,pedro.loureiro@mediagate.pt,alberto.rui@pt.initiative.com,mailpt@mpg.com

Cc.:
marinhenses.antitouradas@gmail.com

Exmos. Srs.,

Venho, por este meio, apelar à RTP e à TVI para que deixem de emitir touradas, e à SIC - a quem muito agradeço por ter deixado de as emitir -, para que jamais retroceda nesta matéria.

Venho, igualmente, apelar aos anunciantes da televisão para que se dissociem por completo da tauromaquia, nomeadamente, tomando todas as medidas para que, em circunstância alguma, os spots publicitários das suas campanhas sejam difundidos no intervalo imediatamente anterior ou em interrupções comerciais de qualquer espetáculo tauromáquico televisionado.

Incluo nos destinatários desta mensagem algumas agências de meios, para que também estas saibam que, embora me recuse terminantemente a assistir a atos de crueldade contra animais, vou tendo conhecimento de quais as marcas que não se estão a dissociar dos blocos de publicidade supra referidos, por intermédio de materiais como estes: http://youtu.be/fBnf-z9Ze78 e https://www.facebook.com/photo.php?fbid=452671758099726&set=a.454703424563226.106105.215151238518447&type=3&theater. E se até há pouco tempo, não sabia quais as marcas implicadas, agora que sei, qualquer aparição das mesmas me transporta mentalmente para cenários de sangue, dor, sofrimento, agonia e morte, fazendo-me perder completamente a vontade de as utilizar/consumir.

Gostaria muito que todas as estações de televisão nacionais optassem por dar o seu contributo para que Portugal seja um país onde as crianças e os jovens sejam, desde cedo, ensinados a respeitar os animais e a natureza; em vez transmitirem espetáculos violentos e deseducativos como as touradas. Gostaria também que as restantes organizações a que ora me dirijo, tivessem presente que são co-responsáveis pela sociedade em que estão inseridas, e deixassem de promover as suas marcas nos espaços em causa, por uma sociedade civilizada. Por um Portugal mais modernos e progressista que não admita espetáculos de crueldade contra os animais.

Agradecendo pela atenção dispensada e ficando na expectativa de uma resposta, que espero que seja positiva, a esta minha mensagem,
Com os melhores cumprimentos,
(Nome)
(Localidade)

= Campanha =
"Publicidade Longe da Crueldade" 



Corrida de Touros TVI - 2/08/2012

Corrida de Verão RTP - Albufeira, 8/08/2012

RTP 12-04-2012


Marinhenses Anti-touradas

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Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012
Lesões Oculares nos Touros
Lesões Oculares nos Touros - Tristemente Frequente e Presente em Corridas

Um estudo realizado em Espanha, apoiado numa amostra de mais de 6000 touros, revelou um grande número de lesões oculares sofridas por estes animais durante o desembarque da viatura de transporte, no período de espera para entrada na arena ou no decorrer da lide. Em 23% deles, foram encontradas úlceras de córnea, descolamento de retina, luxação e subluxação de lente, fratura da borda orbital na fronte, e hemorragia intra-ocular.

Não é, pois, de estranhar que, recentemente, num espetáculo tauromáquico emitido pela RTP1, um touro não rejeitado durante a inspeção, tenha acabado por revelar cegueira na arena, em direto.

Segue-se a transcrição de algumas palavras proferidas pelo cavaleiro tauromáquico Tito Semedo e pelo comentador da RTP Vasco Lucas, com referências à forma como o diretor de corrida Ricardo Pereira e o médico veterinário João Pereira se foram posicionando, durante um muito triste momento televisivo que durou cerca de 5 longos minutos, contados desde que o cavaleiro tauromáquico disse, pela primeira vez, bem alto, que o bovino não via nada, até o animal ter sido mandado retirar da arena:

Toureiro – “O toiro não vê! Não vê! Não vê! O toiro tem problemas de visão! Não vê nada, nada, nada!”

> Diretor de corrida manda o toureiro lidar o touro

Algumas voltas à arena depois:

Toureiro – “Sr. Diretor, o toiro não vê nada! Não vê! Ponho o ferro!?”

> Diretor de corrida faz gesto para o cavaleiro avançar, indicando “um”

Durante as mal-sucedidas tentativas de fazer o bovino reagir:

Comentador da RTP – “Já tenho visto toiros com muita reação semelhante e depois de levarem o ferro, despertam.”

Algumas voltas à arena depois:

Toureiro – “Não vê nada!”

> Diretor de corrida e médico veterinário fazem, de novo, sinal para a lide prosseguir

Toureiro – “Vou enganar o público? Ponho o ferro e fica toureado? Ah, é um ferro e depois fica toureado!...”

> Diretor de corrida manda continuar

Durante mais algumas mal-sucedidas tentativas de fazer o touro reagir:

Comentador da RTP – “Porque é que o Tito não coloca o ferro?” (...) “Até porque se o toiro não vê é porque já não tem outra utilidade; portanto, tanto faz ir sem ferro como com ferro!”

Toureiro (desta vez dirigindo-se não ao diretor de corrida mas ao público) – “O toiro não vê!”

Comentador da RTP - “Conseguiu virar o público contra o diretor de corrida e médico veterinário, que ao fim ao cabo gostaria de ver como é que o toiro reage ao castigo, como todos nós gostaríamos de ver!”

(...)

E lá foi, finalmente, dada a instrução para que o desgraçado do animal fosse retirado da arena!

Acabaram-lhe com a vida após longas horas de cegueira, mas, pelo menos, não foi também perfurado, ao som de música e aplausos, por ferros com arpões.

O Sortudo – assim se chamava – foi mais uma vítima da tauromaquia, com a conivência de quem apoia esta cruel atividade, como seja a RTP.

Fonte:  Marinhenses Anti-touradas


publicado por Maluvfx às 21:19
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Quarta-feira, 8 de Agosto de 2012
Argumentos: Touradas II [Touro Bravo]
Texto exemplarmente completo e detalhado sobre todas as questões que se levantam nos debates sobre tourada, incluindo a ideia de que as touradas evitam a extinção do touro bravo:

"Não vamos entrar pelos argumentos, porque aí, lamento, mas espalham-se os aficionados. O único argumento legítimo e verdadeiro que têm, é o de a tourada ser um espectáculo legalizado e, como tal, terem todo o direito a participar. Ponto final porque acabam aí os argumentos válidos.
O sr. que fala em adrenalina ou no sangramento para alívio do touro obviamente não entende nada de biologia, de fisiologia ou de comportamento animal; percebe apenas da sua adrenalina quando assiste a espectáculos de violência. Essa dos sangramento para alívio dos humores foi uma prática médica muito em voga na Idade Média mas abandonada posteriormente. 
O que está na base do movimento anti-touradas não é claramente uma questão de gostos. Os gostos não se discutem. O pior é quando os nossos gostos colidem com a vida ou a integridade física de outros. Gostar é diferente de amar ou respeitar. É por demais evidente que os pedófilos gostam crianças; mas é uma maneira de gostar que passa pela exploração dos menores e pela negação dos seus direitos. Os que vivem da indústria tauromáquica cuidam dos touros porque vivem da sua exploração; se eles não lhes trouxessem rendimento, duvido que tratassem deles em regime pro-bono. Mas fica o desafio: vamos ver quantos aficionados amam verdadeiramente a raça taurina e se dispõem a cuidar dos exemplares existentes quando acabarem as touradas. Como fazem, por exemplo, as associações de animais por este país fora, que abnegadamente se dedicam a cuidar de cães e gatos abandonados. 
Outra falácia comum para fugir à discussão séria sobre ética é comparar a vida em liberdade que precede a tortura na arena à vida dos animais em criação intensiva. É claro que a criação intensiva é uma ignomínia, mas não invalida que as corridas de touros não constituam também uma ignomínia. Aqui podemos cair na questão de comparar coisas parvas como campos de concentração, por exemplo: seria melhor acabar em Auschwitz ou em Treblinka? É melhor morrer à nascença ou aos 4 anos? Com uma facada no peito ou afogado? Tudo isto são questões absolutamente laterais e cujo único objectivo é desviar a atenção de uma pergunta muito simples: 
É eticamente aceitável criar um animal para o massacrar publicamente e ganhar dinheiro assim?

Se respondermos sim, abrimos a porta para as lutas de cães, de galos, e até de indivíduos que, por grande carência financeira ou mesmo falta de neurónios, se disponham a entrar num recinto e participar numa luta de morte em jeito de espectáculo. Há quem goste de ver. E se vamos pela quantidade de público a assistir, nada batia os linchamentos públicos nos pelourinhos. Mas isso também acabou; houve uma altura em que passámos a considerar isso um espectáculo incorrecto e imoral. 
Vi agora que ainda há mais uns pseudo-argumentos: comparar injecções ou vacinas com as bandarilhas. Parece uma brincadeira comparar uma agulha fina com o objectivo de tratar uma doença ou evitar outra - no caso das vacinas - com a introdução de 9cm em metal grosso, cujos 3cm finais são em forma de arpão para não sair e continuar a rasgar os músculos e os ligamentos durante a lide. Das duas, três: ou está a brincar, ou não usa o raciocínio ou quer enganar os outros. 
Depois vem mais uma das bandeiras frequentemente agitadas: a da extinção do touro bravo. Como muitos dos que lutam contra a existência das touradas são pro-ambientalistas, este parece ser um argumento forte. Parece, mas obviamente não é. O que os ecologistas defendem é a não interferência nos ecossistemas porque há equilíbrios frágeis cuja totalidade das varáveis são desconhecidas e as rupturas imprevisíveis. Não tem nada a ver com o touro bravo. A extinção do touro bravo teria o mesmo impacto ambiental que a extinção do caniche. Podemos lamentá-la, claro, por razões sentimentais, mas não afectam em nada os ecossistemas. E se falamos de ambiente, as herdades onde se faz a criação extensiva de touros podiam dar lugar a montados de sobro e plantação de oliveiras. Temos um clima e um solo excelentes para a produção de azeite e cortiça e não somos autónomos na questão do azeite, o que nos traria ganhos financeiros e mais independência económica. Os toureiros, se quisessem reconverter-se, podiam ir para a apanha da azeitona com as suas calcinhas justas e a jaqueta de lantejoulas; não seria prático mas dava uma nota de cor aos campos nessa altura do ano."
Cristina d'Eça Leal

Fonte:  Texto escrito por uma Amiga e publicado em 2009 no Fórum MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal


publicado por Maluvfx às 22:21
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"... nada que se compare à dor que o touro está a sentir"
Na sua página do Facebook, Nuno Markl publicou o seguinte:
"Pode-se ser chutado para tarde por muitas razões de programação; mas ser chutado para tarde por causa de tourada dói ainda mais. Mas - lá está - nada que se compare à dor que o touro está a sentir por esta altura."
E respondeu a alguns comentários:

"... As audiências das transmissões das touradas não são mesmo nada de especial.

A RTP não é merda. Tem um notável director chamado Hugo Andrade, que sabe tudo o que eu penso sobre a tourada e que nos dá toda a liberdade para contestarmos, criticarmos e dizermos tudo o que pensamos sobre esta controversa questão. Já é um bom princípio que nos seja dado esse espaço e esta liberdade!

... pois, eu tenho é sérios problemas em respeitar qualquer coisa que envolva tortura e derrame de sangue. Por isso, peço desculpa, mas a tourada não respeito assim lá muito... 
... a questão dos contribuintes e dos impostos dava pano para mangas. Mas à partida o 5 Para a Meia-Noite, nem que seja por convidados que leva, por artistas que divulga, é mais serviço público do que um espectáculo violento e sangrento. 
- eu respeito muito a liberdade. Por isso é que adorava ver os touros a libertarem-se da arena...

... hoje não sou eu que faço o 5; é a Ana na 3. Mas estão preparadas umas bocas. Já que os aficionados reclamam tanto pela liberdade de ver a tourada, que tenhamos nós liberdade a seguir para dizer o que pensamos. Acho que os amantes da tourada não têm razão de queixa. Nós, os que contestamos, passamos a vida a fazê-lo; mas é ou não é verdade que continuam a ter o espectáculo com fartura? Então deixem-nos protestar contra ele com fartura, também. É difícil mudar quem cresceu a apreciar tourada. Permitam-nos que tentemos, pelo menos, fazer ver às gerações mais novas que Portugal tem tradições muito mais interessantes e menos violentas do que isto. Dito isto, quando chegará o argumento "a tourada é ecológica porque se não fosse isto, o touro estava extinto"?

... - eu queixo-me desde que me conheço. Nasci a queixar-me. Mas se uma pessoa não se queixa e aceita passivamente tudo, as coisas não avançam. O mal deste país é, muitas vezes, esse..."

Este foi o comentário que se destacou:

"Estamos a falar... 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o toureiro entra porque quer, sai quando desejar, mas em que o touro é obrigado a intervir, sendo empurrado para a arena, sem alternativa? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o toureiro recorre a instrumentos perfurantes e a armas letais estranhas à sua própria anatomia? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o toureiro monta um cavalo que lhe proporciona (outra) injusta vantagem no ataque ao touro 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, em que o touro, obrigado a participar, é condicionado e diminuído na sua condição natural (cornos serrados e/ou revestidos)? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, em que o touro, obrigado a participar, está sozinho contra tudo e todos? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, em que o touro, obrigado a participar, é provocado, incitado, picado e instigado a reagir? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o o toureiro age primeiro, ataca e agride, por motivos fúteis e gratuitos... até conseguir obter uma reacção de defesa (da própria vida) e de contra-ataque, por parte do touro, obrigado a participar? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o touro, obrigado a participar, luta pela própria vida, enquanto o toureiro... o toureiro luta exactamente pelo quê? 
... de uma emboscada organizada pelo homem, de forma voluntária e livre, na qual o o touro, obrigado a participar, é submetido a uma sessão de tortura e a um sofrimento dispensável, inútil, evitável e excessivo? 
É disto que estamos a falar? 
Se é disto que estamos a falar, parece-me tão-somente natural que exista quem prefira torcer pelo touro..."
por Pedro Fernandes


publicado por Maluvfx às 22:12
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Quinta-feira, 2 de Agosto de 2012
Cultura, tradições e costumes.
... Como tal fala-se em tourada.


Vamos debater então, já que é uma questão de argumentação.
Em certos países do mundo árabe é permite uma pena de forma a não por em causa os ideiais culturais e civilizacionais daquele povo, que é a Sharia, isto é, punir tanto mulheres como homens adúlteros e homossexuais através do apedrejamento.

É cultura, é tradição.


Actualmente, a circuncisão masculina ainda é praticada como ritual religioso e também social por vários povos, como judeus e muçulmanos. Consideram um acto que faz parte da sua cultura religiosa.

É cultura, é tradição.


A Mutilação Genital Feminina (sigla MGF), termo que descreve esse ato com maior exactidão, é vulgarmente conhecida por excisão feminina ou Circuncisão Feminina. É uma prática realizada em vários países principalmente da África, e da Ásia, que consiste na amputação do clítoris da mulher de modo a que esta não possa sentir prazer durante o ato sexual. A sua prática acarreta sérios riscos de saúde para a mulher, e é muito dolorosa, por vezes de forma permanente. A UNICEF revelou que três milhões de raparigas em África e no Médio Oriente são sujeitas a mutilação genital todos os anos.

É Cultura, é tradição.

Uma tradição na Índia, com mais de quinhentos anos, diz que os bebés devem ser lançados de grandes alturas para terem sorte e uma vida saudável. Devotos pais muçulmanos e hindus reúnem-se em Solapur, na província de Maharastra, para a cerimónia: atiram as crianças do cimo de uma torre, a uma altura de mais de dez metros. Como reagem? Naturalmente. O ritual, acreditam, fortalece as crianças, que caem sobre um pano branco esticado, próximo do solo, e que parece uma cama elástica. Mas conheço pessoas adultas que não se arriscariam a fazer o mesmo. Alguém perguntou aos bebés se eles queriam participar?

É cultura, é tradição.


Em Nabatiye, grupos de jovens desfilavam em frente à multidão cobertos de sangue e com as palmas batiam contra a cabeça gritando "Ali". Alguns seguravam espadas, outras navalhas. Quando sentiam que o sangramento parava, cortavam as suas testas um pouco mais. Sangrar, para eles, era um sinal de respeito. O problema é que alguns pais se encarregam de cortar seus bebés. Alguém em sã consciência acha que um bebé aprovaria tal brutalidade?

É cultura, é tradição.

Infanticídio entre indígenas. Se os outros rituais causam dor, este causa a morte. Pela tradição, muitas tribos indígenas enterram crianças vivas. Pesquisadores já detectaram a prática do infanticídio em pelo menos 13 etnias, como os ianomâmis, os apirapés e os madihas. Só os ianomâmis, em 2004, mataram 98 crianças. Os kamaiurás, a tribo de Amalé e Kamiru, matam entre 20 e 30 por ano. Os motivos para o infanticídio variam de tribo para tribo, assim como variam os métodos usados para matar as crianças. Além dos filhos de mães solteiras, também são condenados à morte os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais.

É cultura, é tradição.

Aqui torturar e matar animais de forma cobarde (sim, porque o único bravo é mesmo o touro, os outros até fogem e vão armados), só pelo belo prazer e interesse de alguns indivíduos, também acham que é cultura, é tradição.
Espero muito sinceramente que o Sr. José Carlos Abrantes, Provedor do Telespectador da RTP, tenha uma palavra séria a dizer sobre isto. Aguardamos.

por  Helder Silva


publicado por Maluvfx às 19:24
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Sábado, 28 de Julho de 2012
"Se calhar este indivíduo até tem razão."
Acho curioso o facto de, à semelhança do que a SIC fez, a RTP ou a TVI não se dignem a transmitir um documentário/reportagem apresentando argumentos anti e pró-tourada. Acho curioso, mas não acho de todo algo abstruso, pois é facilmente justificável pelo lastimável contrato que têm com os organizadores dos eventos de chacina que ao que parece vão abundar este Verão.
Uma televisão que diz prestar serviço público, deveria considerar na elaboração da programação oferecer ao telespectador a possibilidade de tomar contacto com a maior diversidade de ideias possível. Porque é que dão tempo de antena aos toureiros barrigudos (já explico a seguir) e não a quem luta pelos direitos de uma espécie animal vilmente perpetuada por um punhado de senhores dementes que se acham donos de vidas alheias? Tudo bem, não há tempo para permitir tempo de antena a toda a gente. Mas então, sejam honestos, e admitam que o que fazem não é serviço público, mas sim serviço interesseiro, na melhor defesa de determinados emolumentos, que não duvido que existirão.
É essencial permitir às pessoas tomarem contacto com ideias adversas à sua própria cultura, que procuram sempre impor acrítica e passivamente. Parecendo que não, é muito fácil no mundo actual alguém deixar-se perder intelectualmente no sensacionalismo e no prazer fácil e imediato. E claro que uma pessoa comum, ao sintonizar uma corrida de touros e ao vislumbrar o gáudio do público presente no local, não vai sequer ponderar, ou dificilmente o fará, a hipótese de toda aquele gente estar errada e de aquele espectáculo, afinal, até poder tratar-se de uma chacina descarada. É difícil remar contra a maré espontaneamente. É preciso que isso se torne um exercício de rotina. E para o poder realizar é necessário receber estímulos adequados. Se calhar se alguém disser à pessoa que está a ver a corrida de touros para atentar no sofrimento do animal que está a ser barbaramente agredido, ela até pára para pensar "Se calhar este indivíduo até tem razão.". E daí a nada poderá estar a mudar de ideias. Já para não falar no completo desplante que é a transmissão destes circos sádicos em horário nobre, deixando a mentalidade inocente e sensível das crianças à mercê da ganância de assassinos, para turvar permanentemente.
Meus amigos, de certo que quem treinava gladiadores na antiga Roma, também não ficou satisfeito quando se viu privado do seu meio de subsistência no qual se apoiou tão cegamente e desumanamente, que, não duvido, lhe conferia um certo prestígio perante a nobreza e prerrogativas condizentes. Todas as profissões estão sujeitas à extinção. A mentalidade evolui, a cultura evolui, a tecnologia evolui. Tantas e tantas profissões tradicionais e respeitáveis que estão, cada vez mais rápido, a serem extinguidas no nosso país e da nossa identidade cultural até. Mas consideram problemático que alguém que recebe remunerações numa soma exorbitante, numa soma que jamais poderia ser adquirida pela esmagadora maioria da população mundial durante uma vida inteira de trabalho digno, perca a sua ocupação, em favor do melhor respeito pela vida alheia, que tanto a nossa condição racional nos impõe? Sejam sensatos, por favor. Talvez assim, até alguns profissionais desse ramo pudessem dedicar-se à educação que nunca receberam, desde cedo sendo cultuados, dessensibilizados, lavados e manipulados, desprovidos da própria essência humana.

por  Ricardo Lopes


publicado por Maluvfx às 19:38
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Domingo, 24 de Junho de 2012
Proteger os Menores é um Imperativo do Estado, Excepto Quando Respeita a Touradas
Da maioria dos deputados que pululam a Assembleia da República não há nada que possamos esperar no que respeita aos direitos dos animais e à abolição da tauromaquia. O que é inaceitável é a hipocrisia. A maioria parlamentar é contra a proibição de transmissão de touradas pelo canal público!

O canal que é pago por todos os contribuintes deste país.

Segundo estes senhores quem “não aprecia o espectáculo tauromáquico pega no telecomando e muda de canal”.

De facto existe um comando que permite a qualquer adulto mudar de canal se não apreciar o programa em questão. Mas nós perguntamo-nos e quando quem está a assistir é um menor? Porque o objectivo deste projecto de lei é precisamente evitar que menores assistam a programas violentos.

A tourada é um espectáculo violento essa é a realidade ainda que os aficionados proclamem o contrário. Torturar um animal numa praça pública para diversão é inaceitável, é violento e é inadmissível. Um Estado que se arroga em defensor dos direitos dos menores e depois permite que esses mesmos menores possam assistir pela televisão a programas deste teor, não é um Estado protectivo dos interesses desses menores, antes pelo contrário é um Estado permissivo quando permite este tipo de programas.

Um espectáculo tauromáquico não é um filme de ficção, na praça de touros, animais de carne e osso, tal como nós, estão a ser torturados com banderilhas, ferros compridos e curtos. No fim acabam nos curros até serem conduzidos ao matadouro mais próximo para serem abatidos. Se o Estado está verdadeiramente preocupado com as crianças e não quer que as mesmas sejam confrontadas com violência então só tem que proibir este tipo de espectáculos, especialmente no canal público que todos nós pagamos.

A TVE, canal público espanhol, desde 2006 que deixou de transmitir touradas e porquê? Para proteger os menores. Mas nós ainda continuamos na cauda da Europa.

Lei: Proposta do BE não será acolhida por PSD e CDS

Maioria mantém touradas na TV
Os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, não estão receptivos à proposta de lei do BE, que quer impedir a RTP de transmitir touradas e limitar a exibição nos privados, SIC e TVI.

O tema vai ser debatido em plenário a 4 de Julho, mas, apesar de o BE contar com “o apoio do PS”, diz a deputada Catarina Martins, não tem o da maioria.

Proibir, dirigir o que as pessoas podem ver, enfim, condicionar, não respeita a liberdade de escolha”, explica ao CM Raul de Almeida. Para o deputado do CDS-PP, quem não aprecia o espectáculo tauromáquico pega no telecomando e muda de canal”.

Opinião partilhada pelo PSD. Para a deputada Francisca Almeida, “não faz sentido mudar a lei”. “Compreendemos quem está contra, mas mantemos a nossa posição de equilíbrio relativamente a esta matéria e, nessa linha, não faz sentido.”

Ainda assim, PSD e CDS garantem estar a tratar com “todo o rigor e dignidade os projectos”. “Também temos colegas da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e ainda a Comissão da Cultura a analisar com toda a atenção as propostas, uma vez que há matérias que estão no âmbito do seu trabalho”, revela ao CM Raul de Almeida.

O BE diz que a lei não é clara nesta matéria, pelo que propõe que “a RTP não transmita touradas” e que a exibição na SIC e TVI seja apenas “após as 22h30 e com a ‘bolinha vermelha’, com o objectivo de proteger as pessoas que sejam mais sensíveis”, explica Catarina Martins.


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Sábado, 23 de Junho de 2012
Os Pró-Touradas Deixam Cair a Máscara
Dia 22 de Junho, audição pública na Assembleia da República para apresentação de dois projectos de lei do Bloco de Esquerda sobre touradas. Os aficionados apelaram em redes sociais e websites à mobilização geral. A palavra de ordem era todos à Assembleia da República para mostrar que não aceitamos que toquem nas nossas “tradições” e “cultura”. Não podem segundo eles coartar a liberdade, deles, de assistiram à tortura de um animal numa praça de touros.

Os poucos que compareceram mostraram a sua verdadeira cultura que passou por ameças a deputados e insultos. Caiu-lhes a máscara.
Mostraram finalmente aquilo que são na realidade. Um bando de pessoas agressivas e violentas. Nada que possa espantar vindo de pessoas que se movimentam num mundo de violência. Porque torturar e aplaudir a tortura é próprio de pessoas violentas e agressivas.

Esperemos que os deputados deste país tenham percebido de uma vez por todas com que tipo de gente estão a lidar e se deixem de vergar a lobbies tauromáquicos. Que o dia de ontem sirva de lição para o país. O mundo da tauromaquia é um mundo povoado por pessoas violentas, agressivas e que não respeitam ninguém especialmente quando o que está em causa é a perda de subsídios do Estado e o seu negócio sangrento.

Audição pública do BE sobre touradas marcada por insultos e ameaças

Um aceso confronto de argumentos pró e contra as touradas, pontuado por insultos e ameaças, marcou esta sexta-feira a audição pública convocada pelo Bloco de Esquerda para debater o fim do apoio institucional a espetáculos tauromáquicos.

Esta matéria consta de um dos dois projetos de lei apresentados pelo BE – no outro, defende-se que seja proibida a exibição de touradas na televisão pública – que serão debatidos na Assembleia da República a 4 de julho.

A sessão começou logo com um incidente. Enquanto a deputada bloquista Catarina Martins explicava o conteúdo dos dois projetos de lei, uma assessora do BE tirou uma foto à plateia, onde se encontravam cerca de 70 pessoas, e vários dos elementos pró-tourada insurgiram-se de imediato, exigindo que a fotografia fosse eliminada à frente deles.

Após uma inflamada troca de palavras, contentaram-se, a contragosto, com a garantia do deputado bloquista que moderava o debate, Pedro Filipe Soares, de que a imagem seria apagada.

Então, é consigo que eu venho falar se a fotografia sair amanhã no jornal”, rematou um dos indignados fotografados.

Depois, seguiu-se hora e meia de intervenções de representantes de associações e movimentos e de algumas pessoas que falavam a título individual, algumas de tom mais sério, com posições fundamentadas, outras mais revoltadas e sarcásticas, com acusações e interrupções de parte a parte, recebidas com palmas e “olés” no final.

Catarina Martins sublinhou, no início da sessão e depois, novamente, no final, que nenhum dos projetos de lei do Bloco de Esquerda “sugere a proibição das touradas”, embora a realidade dos maus-tratos infligidos aos animais “não seja subjetiva”, porque existe conhecimento científico sobre o sofrimento animal.

A única coisa que o BE defende, nestes seus projetos de lei, é que o Estado, o dinheiro público, não deve financiar a exposição do sofrimento animal” e que a RTP não deve exibir espetáculos tauromáquicos, frisou.

Com estas leis, ninguém fica proibido de fazer touradas, assistir a touradas ou mesmo transmiti-las em circuito fechado, onde bem lhe aprouver. O que está aqui em causa é o apoio público”, insistiu.

Apesar destes esclarecimentos, houve quem defendesse que, como a tourada faz parte da herança cultural portuguesa, acabar com ela seria “uma medida ditatorial”, que as pessoas que se manifestam em locais públicos contra a realização de touradas são pagas, recebendo 25 euros cada uma, e que “quem gosta de toiros não é atrasado mental” – embora ninguém, durante a sessão, tenha assim designado os apoiantes da tourada.

Um acérrimo defensor da causa tauromáquica chegou mesmo a insultar a presidente da Associação ANIMAL, Rita Silva, que falara antes, acusando-a de “falta de inteligência”.

Um outro, José Reis, representante da Prótoiro – Federação Portuguesa das Associações Taurinas, classificou o debate como “do mais demagógico” a que tem assistido, porque não só “não há apoios públicos à tauromaquia”, sustentou, como “as associações de animais vivem à custa da tauromaquia”.

Por sua vez, o secretário-geral da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), João Carvalho, manifestou a sua preocupação com o facto de, a serem aprovados estes projetos, “atividades intimamente ligadas aos espaços rurais não poderem receber apoios públicos”.

Catarina Martins respondeu-lhe no final: “Há atividades ligadas à tauromaquia, sejam agrícolas ou de preservação de certos ecossistemas, cuja importância nós reconhecemos e respeitamos – apenas queremos que o Estado deixe de financiar um espetáculo de violência sobre os animais”.

Audição pública do BE sobre touradas marcada por insultos e ameaças


publicado por Maluvfx às 19:26
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